LUCAS
Algumas semanas se passaram, desde que me estabeleci definitivamente aqui, por isso posso dizer que a cidade já é familiar, mas a verdade é que sempre estive em hotéis e lugares sem apego algum. Dessa vez é diferente, vim para ficar, morar. Viver na Cidade dos Anjos. Organizar um bom apartamento onde possa realmente me sentir em casa, não foi tão fácil quanto imaginei. Contudo, o resultado valeu à pena.
Dona Alice, minha secretária, é um verdadeiro anjo. Ajuda-me com tudo e, na medida do possível, faço o mesmo por ela, juntos encontramos um local decente e seguro, mesmo que ela tenha morado comigo na primeira semana. Isso não seria mais possível, porque como ela mesma já previa, seu sobrinho Fernando, não conseguiu ficar no Brasil sem a tia querida.
Minha rotina no escritório também começou a tomar mais tempo do que previa, afinal não é tão fácil cuidar das coisas no Brasil, sem estar lá, mas estou me adaptando, é só uma questão de tempo.
Esse dia específico está passando veloz como um raio. Saio da minha sala e dou de cara com um homem conversando com minha secretária. O fato de conversarem em português, já deixa claro de quem se trata.
— Boa tarde — cumprimento, interrompendo a conversa entre os dois.
O rapaz levanta-se e vem em minha direção, esticando a mão para me cumprimentar.
— Boa tarde, Sr. Brandini. — Seu aperto de mão é firme e educado.
— Esse é Fernando, meu sobrinho, Sr. Brandini, veio me buscar para irmos juntos para a casa — Dona Alice completa e fico feliz em saber que ela agora não está mais sozinha.
Não é uma coisa que estivesse me tirando o sono, mas tenho uma certa afeição por essa mulher e o fato de estar sozinha por aí, andando em uma cidade estranha, não é algo que estivesse me deixando à vontade.
— Muito prazer, Fernando. Seja bem-vindo à LA. Espero que goste e que se adapte à cidade.
— Tenho certeza que sim, Sr. Brandini, já vivi fora do Brasil, estudando, não acredito que sentirei tanto a diferença. Dessa vez tenho essa minha tia maluquinha, não posso deixar esse avião voando por ares internacionais sem monitoramento, não é mesmo? — ele completa sorrindo para a tia que fica vermelha. Resolvo apoiá-lo.
— Isso com toda certeza. Dona Alice é um perigo para os jovens desavisados de LA. Realmente acho que você deve rastrear os passos dela pela cidade, todo cuidado é pouco — digo fingindo uma seriedade, enquanto Dona Alice parece indignada com a conversa.
— Olhem aqui vocês dois. Eu sou uma jovem senhora na flor da idade, então, não quero saber de ninguém me vigiando, estou sendo clara! — ela diz enfática olhando entre mim e Fernando.
— Minha amada tia, não estamos dizendo isso por mal, muito pelo contrário, não queremos que ninguém se aproveite de sua inocência, por isso estamos fazendo esse acordo, não é mesmo, Sr. Brandini? — eu concordo com um movimento de cabeça, segurando o riso com todas as forças, vendo Dona Alice ficar vermelha de raiva. — Eu e ele ficaremos de olho na senhora, titia.
— Eu acho isso tudo muito engraçado. Dois homens adultos, lindos, que poderiam estar cuidando de suas vidas, arranjando várias namoradas, querendo vigiar uma senhora que está doida para ser abusada por esses jovens saradões que LA tem — ela diz indignada e somos obrigados a liberar o riso preso.
— Quem diria, hein, dona Alice! Uma senhora tão tranquila, colocando as asinhas de fora assim tão rápido — digo, fazendo com que Fernando me acompanhe no comentário.
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Paixão Impossível (Livro 2 da duologia Paixão) - DEGUSTAÇÃO
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