Olá, tudo bem ? Só para avisar que o uso repetitivo do nome e sobrenome do carinha a seguir é feito para dar um toque legal no final do conto da Dinah.Enjoy ^^
-hofftmisteryContinuou descendo as escadas, até chegar a um amplo salão,ricamente decorado.Deslumbrante! A luz da lanterna revelava pinturas a ouro, de um fino traçado, que recobriam as paredes. Tapetes e mantos bordados com incrível talento mantinham-se quase intactos, preservados apesar dos séculos de sepultamento. Ânforas, jarros e escrínios ricamente trabalhados guardavam fortunas em jóias...A beleza eterna daquelas riquezas mostrava também a eternidade da beleza de
Amah-thep.Onde estaria a câmara funerária?Aquele salão tinha várias saídas. Escolheu uma delas, que parecia a principal.Depois de perder horas caminhando por labirintos de pedra, teve que voltar e escolher outra passagem.A sede começava a afetá-lo, mas ele não tinha tempo de pensar emágua. Sua missão era mais importante. Sua determinação era inabalável. Percorreu corredores, descobriu outras salas, extasiou-se com novostesouros, até encontrar uma porta de ébano, recamada de ouro e guardada por dois cães enormes, esculpidos também em ébano."Aqui! É aqui, tenho certeza..."Iluminou a porta dupla, oval. Em ouro, novos hieróglifos. Não precisou perder muito tempo até descobrir que aquelas inscrições eram as mesmas gravadas na pedra da entrada principal.Já sabia como abri-la. tocou as palavras "Amah-thep" e"Eternidade".Desta vez, porem, a porta não se mexeu."Deve haver uma combinação semelhante àquela...", raciocinou ele. Não precisou passar da segunda tentativa. Ao tocar as palavras"Escolhido" e "Amor", a porta dupla destrancou-se e suavemente recuou para dentro com a simples pressão das palmas de suas mãos. Nervosamente, suando frio pela expectativa, Jeremy Prescott iluminou o interior da câmara funerária.Lá estava o sarcófago! Ah, lá estava ele! Ah, lá estava ELA!Correu até o sarcófago. Era uma das mais belas peças da antiguidade egípcia que ele jamais vira. E muito mais rica, toda em ébano, ouro, marfime pedras preciosas de várias cores.Lindo! Belo como nenhum outro. Mas a Beleza verdadeira estava norosto esculpido no sarcófago.
- Amah-thep-Suas mãos tremeram por um segundo, hesitantes, mas Jeremy não recuaria depois de ter chegado tão longe.Com a lanterna em uma das mãos, com a outra procurava sofregamente os fechos que lacravam o sarcófago.
Estava difícil. Depois de muito tempo de tentativas, a tarefa pareciam possível. Não prestava atenção à sede, que já teria derrubado qualquer pessoa que não estivesse tomada pela obsessão de Jeremy Prescott.
- Amah-thep-Sua cabeça estava zonza pelo cansaço e seus lábios secos de sede começaram a tremer. As lágrimas correram por suas faces.Desesperado, Jeremy Prescott debruçou-se sobre o sarcófago,abraçando-o.A boca esculpida em ébano estava a centímetros da sua.
- Amah-thep...Em lágrimas, abraçado ao sarcófago, Jeremy Prescott tocou com seus lábios a boca da efígie de Amah-thep.Era aquele o segredo!Os fechos da urna estalaram, como se quisessem expulsar a tampa.
- Aberto! O sarcófago está aberto!Tremendo, agarrou-se à tampa pesada e esforçou-se para deslocá-la.A tampa escorregou e caiu de lado, com um estrondo.Para usar as duas mãos, deixara a lanterna apoiada numa coluna. A luz revelava a lateral do sarcófago mas não iluminava seu interior.Estendeu o braço, pegou a lanterna e jogou a luz em cheio paradentro do rico caixão.E o grito de Jeremy Prescott ecoou pela tumba, profanando o silêncio que reinara por séculos em todos os corredores do túmulo da suma-sacerdotisa: - Ahhhhh! Não, não foi uma múmia ressecada por séculos de sepultamento o que encontrou. Lá, deitada no caixão, estava a mulher mais linda que seus olhos já tinham visto!
- Sua face nunca será destruída, dizia a inscrição! Amah-thep... A Beleza de Amah-thep é eterna!Bela, plácida, com os lábios úmidos como uma virgem adormecida,Amah-thep deslumbrava!Em sua infância, Jeremy Prescott nunca tivera tempo para os contos de fadas. Se tivesse, haveria de sentir-se como um príncipe encantado ao descobrir sua bela adormecida.
- Amah-thep!Aproximou-se religiosamente da bela suma-sacerdotisa. Tocou deleve as mãos cruzadas que seguravam dois báculos de ouro à frente dosseios fartos.Estavam quentes!
- Amah-thep!
Excitado, Jeremy Prescott debruçou-se sobre o corpo inerte damulher e, delicadamente, beijou-lhe os lábios, como havia feito com aimagem da tampa do sarcófago.
- Amah-thep!De olhos fechados, sentiu a boca quente daquela maravilha de mulher. No mesmo instante, percebeu que o beijo era correspondido.Amah-thep estava viva!Recuou, assombrado, admirando com paixão aqueles olhos negrosque se abriam para eles. O sorriso abriu-se em seguida, revelando dentes perfeitos.
- Jeremy...A voz cristalina ressoou pela tumba como sinos de anjos.Ela falava! E sabia o seu nome!
- Amah-thep...Lentamente, o corpo da suma-sacerdotisa ergueu-se no sarcófago.Seus braços morenos estenderam-se para ele, convidando:
- Jeremy, minha espera terminou... Tu és o Escolhido que veio para resgatar para a Vida a tua sacerdotisa. A tua Virgem, a tua Mulher...Vem, teu é o meu corpo. Tua é a Beleza e a Eternidade que eu guardo para ti...Ergueu-se da tumba, deixando cair as roupas intactas, como novas,que vestia. O corpo de Amah-thep era a escultura mais linda que Jeremy Prescott jamais imaginara.A sacerdotisa levantava-se, nua, magicamente iluminada por baixo pela lanterna caída no chão. Jeremy precipitou-se para ela, abraçando-a frenética,apaixonadamente...Sim! Amah-thep era sua! Sua era a Beleza, sua era a Eternidade!***Finalmente, depois de horas de trabalho, a equipe de arqueólogos eoperários conseguiu remover a pedra da entrada.Munidos de lanternas, a equipe dividiu-se em grupos, procurando ansiosamente a pista do chefe da expedição.Chegaram aos cães de ébano e à negra porta dupla, escancarada.O principal assistente do cientista foi o primeiro a entrar, com a potente lanterna à frente:
- Barbaridade! Nu, o cadáver de Jeremy Prescott abraçava os restos putrefatos deuma múmia...
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It Has Called Darkness, My Love
FanfictionO que fazer quando uma viagem entre amigos se torna um pesadelo ? Isso mesmo, contar histórias de terror.