Capítulo

553 35 0
                                    

O sol ja havia saído. Uma parte do gelo se derretia. "Amanheceu" E nada de Dulce. Mandei Maite ir dormir, garantindo que avisaria a ela, quaisquer novas notícias. O café que Mercedes me trazia a cada hora, estava ajudando. Ela também estava aflita. Anahi e Alfonso foram convencidos da mesma forma. Decidi pegar um cavalo e percorrer toda a fazenda. "Ela pode ter ido ao riacho!". Sai em desparrada. Enquanto montava, tentei recapitular tudo daquela noite. Maite havia me dito algo que me fez ficar desconfiado.
.
------------Recordação ON
.
Christopher: Não notou nada de estranho nela? Você foi a ultima a falar com ela.
Maite: Não ja disse. Ela parecia normal. Só achei estranho ela perguntar por uma tal de Amanda. Foi só. - Amanda?! Dulce ouvira a conversa? Ela tinha que manter distância dessa mulher. Uma mulher traída é capaz de tudo-.
.
------------Recordação OFF

Será que ela tinha alguma coisa haver com o que estava acontecendo? Fiquei martelando a cabeça durante o percurso até o riacho. Eu iria descobrir. --
.
*No chalé*

Eu estava exausta da noite em claro. Sentia-me desfalecer pela fraqueza que consumia meu corpo.
Dulce: me solta! Socorro! Alguém me ajuda!
Amanda: cale a boca! Mais que Inferno! - ela pegou a mordaça colocando-a de volta em mim. Debati-me. Mais foi em vão. Vi que mais alguém chegou, era Emanuel. Usava os mesmos trajes da noite anterior -.


Emanuel: Olá meu bem - ele à beijou com fervor e ela retribuiu à altura, me causando repulsa -
Amanda: Você merece. Fez um bom trabalho! Distraiu nosso Dom ruan.
.
Emanuel: Olhe que foi difícil. Ele não tirava os olhos dela.
.
Amanda: Eu estava esperando por você. Quero que a leve para aquele "lugarzinho" especial. Minha força acabou ontem quando tive o trabalho de trazê-la até aqui! Sozinha!

Emanuel: Tudo bem eu faço. - ele me agarrou pelos braços me arrastando pelo chalé. Eu consegui lhe acertar um chute na canela que o fez parar, segurando o local com dor. Amanda gargalhava, olhando a cena de longe - Uma pena fazer isto com um rosto tão gracioso quanto o seu Ma chérie (minha querida, em francês)
.
- ele me deu uma tapa no rosto, que me fez virar. Começou a ardência, que se misturou com a dor que sentia pelo golpe na cabeça. Emanuel se recompôs e voltou a me puxar. Quando chegamos atrás do chalé, ele me posicionou de uma espécie de poço, mais era mais raso que os comuns-.
.
Amanda: Isso é novo pra você, não é? Mandei cavar a alguns dias. Estava só te esperando. Agradeço-te pelo lugar deserto que me ensinou. Por mais que grite ninguém irá ouvi-la. A e antes de joga-la. Faltou lhe dizer uma coisinha que com certeza não sabe.
.




Ela se aproximou de mim segurando seu vestido com delicadeza e porte.

Amanda: Não devia ter dado uma chance a Christopher querida. Ele nunca irá mudar o ser "promíscuo" que é por essência. Ainda mais se cresceu vendo isso com a própria mãe. - eu pausei a vista "ele nunca falava sobre sua mãe"- Pela sua expressão, você realmente não sabe! - disse empolgada - Precisa conhecer melhor seu marido. -nisso ela tinha razão. Eu pouco sabia de Christopher -.
.
Emanuel: Jogue ela de uma vez nesse buraco e vamos embora Amanda!
.
Amanda: Calma meu amor! - disse acariciando o rosto de Emanuel - Sabes que gosto de contar histórias! Por isso, deixe-me terminar! - ele parecia inquieto, e minha agonia ainda mais - A mãe o molestava. Por isso, ele sempre ignorou as mulheres, as tratava como objetos. Achava que se sua mãe não valia nada, quem dirá as demais. Por isso eu repito. Devia ter desistido. Uma hora ou outra, ele ia voltar a ser como antes – eu agora estava em choque. Meu "leviano" ele havia sofrido. Sua dor se tornou minha. Por isso não me disse nada. Ele havia ter vergonha e repulsa, do seu passado - Agora sim meu amor! Pode joga-la.
.



Tentei me debater mais foi em vão, ele em segundos, abriu a tampa e me jogou dentro do poço, ainda amarrada. Senti minha pele se ferir pela queda. Fecharam à metade do buraco, com a tampa, deixando uma brecha de luz. Senti-me sufocar. Pela claustrofobia que eu tinha -
.
.
Amanda: Se não morrer pelo seu probleminha, sinto muito, mais ira morrer pelo frio. Por isso vou deixar essa brechinha, para cada floquinho cair e te congelar - ela gargalhou da mesma forma maléfica e saiu.Deixando-me com o ar por um fio -
.
.
"Preciso manter a calma" Pensei enquanto o sentimento de morte se apossava de mim, mais uma vez. As horas se passaram. Mantive a concentração para tentar retirar a mordaça. Empurrei com força a língua, repetindo várias vezes o movimento. Até enfim conseguir. Minha respiração era ofegante. Os sintomas do pânico ja se manifestavam. Estava com sensação de desmaio "tenha calma" repeti a mim mesma. A "chuva de gelo" iniciava novamente. Vindo em direção ao buraco. Minha sensação térmica era altíssima, senti muito frio. A ponto de enfraquecer mais. Minha voz era quase imperceptível, enquato gritava por ajuda.





Eu estava mal pelo sumiço de Dulce. "Onde você esta?" Anahi havia ficado deitada, cansada pela noite conturbada. Mais o sono não me alcançou. Eu cavalgava com os pensamentos distantes. Estava indo ao local que quase todos os dias eu frequentava. Mais que ultimamente não fui, pela correria dos compromissos. Lá me trazia paz, tranquilidade, E me lembrava dos bons momentos com Dulce.

Quando me aproximei do chalé. Vi que a porta estava forçada. Por reflexo, entrei devagar, analisando o ambiente "está vazio" tudo estava estranho e fora do lugar. Tinham duas cadeiras uma frente à outra. Dando mais uns passos vi que havia gotas de sangue na saída dos fundos. "socorro! Alguém!" são gritos? A voz era fraca, rouca. Tentei seguir seu som. Que me levou até um buraco semelhante a um poço. Quando afastei a tampa me aterrorizei com o que vi. "Era Dulce! Por Deus" a arranquei de lá com uma corda presa à cintura. Ela estava ensanguentada e roxa. Seus lábios rachados pelo frio, mal podiam falar.

Alfonso: Fique calma. Eu estou aqui! Vai ficar tudo bem agora. - Puxei o casaco que cobria o meu corpo e joguei sobre ela que ja adormecia pelo esgotamento físico



A levei as pressas de volta ao chalé, percebi que ainda havia restos de brasa na lareira "alguém realmente esteve aqui". Ela ja estava sobre a cama desacordada. Fui até a cozinha preparar algo quente para ela beber e uma compressa morna. Suas roupas estavam úmidas. Mais não conseguia ter o atrevimento de toca-la "se eu não o fizer ela vai piorar" minha consciência estava em guerra, ainda existia roupa minha no local, tentei fazer tudo bem devagar. Desamarrei o laço do seu vestido, e abri bem devagar.

Tentei fazer tudo com o lençol por cima do seu corpo. Quando minhas mãos entraram pelas suas costas nuas na tentativa de baixar seu vestido, ela abriu os olhos, que mostravam dor. Ela me encarou por alguns segundos, em seguida, assentindo que eu continuasse o que estava a fazer.
.
Mesmo com sua permissão, minhas mãos tremiam "eu recordei da sua pele, que antes me era estranha. Meu coração acelerou sem explicação." Recordei da noite que passamos juntos, na mesma cama. Seu corpo estava marcado por ferimentos que decidi não tocar, isso seria demais. Peguei as roupas limpas e a vesti.

✔7 pecados + rbd [editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora