Capítulo

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Dois meses depois.*** Acordei espantada. Num salto. A noite estava muito chuvosa. Olhei para o lado, Christopher dormia lá. Seu rosto estava entregue ao sossego "Minha barriga está doendo" estava quase insuportável. Segurei o local da dor, como se tudo fosse cair. Não quis acorda-lo. Levantei-me devagar para ir ate o banheiro. Estava tudo escuro. Minha visão era curta. Estendi meus braços para me guiar. Assim que cheguei, acendi o candelabro, e vi que estava toda molhada. Meu rosto agora estava tenso. Eu peguei no líquido em desespero "não pode ser. Ainda não esta na hora". Christopher entrou no banheiro e me viu apoiada na parede. Ele veio de imediato para o meu lado e me segurou.
Christopher: O que aconteceu? Eu me acordei com a cama toda molhada!
Dulce: Eu não aguento mais! Está doendo muito!
Christopher: calma, ainda não é a hora.
Dulce: sendo a hora ou não. A bolsa rompeu Christopher!
Ele sempre fora muito centrado. Respirando fundo. Levou-me de volta para a cama e foi avisar todos da casa. Os seus gritos eram ensurdecedores. Ele bateu em cada porta, acordando todo mundo. Maite e Annie vieram às pressas. Eu já me contorcia de um lado ao outro. Quando meus gritos foram abafados pelo som do trovão que fez tremer a janela. Christopher não parecia tão tranquilo. Ele andava de um lado ao outro enquanto Christian e Alfonso lhe diziam algo.
Maite: Dul seja forte.
Dulce: esta doendo demais!
Anahí: vai já passar. Tenha paciência.
Mercedes entrou correndo no quarto, sussurrando algo para Christopher. Que o fez esmurrar a parede. Tinha algo errado.



Christopher: Como não conseguiram chamar à Parteira?!
Mercedes: Senhor o temporal está muito forte e já é madrugada. Sebastião não chegou nem até o meio do caminho.
Christopher: Vocês acham que Dulce está em condições de esperar!?
Christian: Isso é grave Mercedes. Ela precisa de uma parteira ou um médico. Ainda está de oito meses.

Mercedes ficou calada por um tempo. Como se pensasse
-

Mercedes: Eu faço o parto da menina... Christopher: Porque não disse antes que era parteira?

Mercedes: Porque o último que fiz foi de dona Blanca... E ela acabou não tendo mais filhos. Desde então não tive mais coragem de realizar outros.

Christopher: Tudo vai correr bem – disse segurando suas mãos "era minha única alternativa"- Eu vou confiar a minha vida a você. E sei que também a ama.

ela fez que sim e foi buscar os materiais, chamou Anahí para ajuda-la, e Maite foi a caso de mais alguma coisa

.
Alfonso foi a rumo de Dulce, sentando-se ao seu lado. Tentei manter a concentração no que Christian falava, mas não houve como. Eu mantive meus olhos neles. Tentando segurar meus ciúmes, permanecendo parado. Observando-os. .
Alfonso: Vai ficar tudo bem.

Dulce: O que está acontecendo? Porque todos cochicham? - sua voz era ofegante. Quase sem som –

Alfonso: Nada de mais... Mercedes vai fazer seu parto. Por que o medico ainda esta á caminho.

Dulce: Eu quero que essa dor passe...

ela agora chorava, em desespero. Alfonso segurou seu rosto enxugando seu suor e lhe tranquilizando



Alfonso: Estamos todos aqui. Nada vai te acontecer... Meu amo...

ele pausou sua fala, em susto. Arregalando os olhos e se levantando. Dulce segurou sua mão o fazendo olhar para trás, ela o conteve


Dulce: Muito obrigada por estar aqui, comigo.

isso já fora demais. Não consegui me conter. Fui até eles deixando Christian sozinho.
Quando me aproximei. Alfonso apertou a mão dela e a beijou "pode contar comigo sempre" disse antes de me olhar e sair do quarto.
Eu ocupei seu lugar, me sentando próximo dela. -
Seu estado me deixava sem chão.
Ela chorava de dor. Seu olhar era de desespero.
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Christopher: Vou ter que sair. Mercedes já vai iniciar o seu parto.
Dulce: Não! Fique comigo. Não me deixe sozinha!

ela dizia com a voz fraca. Eu sabia que não se aguentava de dor. ao notar seu rosto estava ensopado de suor, decudi pegar um lenço e comecei a enxuga-lo


Christopher: Não me peça isso... Acaba comigo, sabe que não posso ficar. – Dulce me olhou de forma terna. Parecendo entender-

Dulce: Tudo bem. Mas me prometa uma coisa.

Christopher: O que você quiser.

Ela puxou meu braço me deixando a sua frente, pronunciando quase que num sussuro:

Dulce: Se algo me acontecer. Cuide bem do nosso filho. Por favor!
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Se derretendo em lágrimas logo em seguida e fazendo-me desesperar.
Segurei seu rosto com firmeza, encostando minha testa a sua, enquanto falava
-.
Christopher: Nunca mais diga isso! Eu estou aqui e nós vamos criar nosso filho juntos! Esta me ouvido?! Juntos Dulce Maria! –
Ainda em desespero senti as mãos de Anahí segurarem o meu ombro, me pedindo para sair. Eu não queria larga-la meu coração parecia pressentir algo. Mas não tive escolha, Christian me arrastou.
Me fazendo ter como última visão, o olhar sofrido de minha esposa.



Eu já estava fraca, minha visão era curta. A cada vez que fazia força.
Cada parte do meu corpo se adormecia. Anahí e Maite pareciam nervosas. Elas se seguravam uma na outra.
Maite decidiu vir para o meu lado e Annie fez o mesmo. Cada uma segurou um lado da minha mão. A chuva abafava meus gritos de dor, que ecoavam pela casa. Eu sentia que não ia conseguir. Era muito cedo.
Minha barriga era grande demais e meu bebe devia ser também. Não seria fácil nada fácil esse parto.
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Mercedes: Vamos menina! Força! – ela gritava –

Anahí: Dulce... Lembra-se da respiração que me ensinou? Vamos fazer juntas? – minha voz não existia mais. Eu só concordei com a cabeça e repeti o que ela fazia –

Mercedes: Isso! Está vindo! – eu parecia me aliviar. Já estava quase esgotada "está acabando. Seja forte Dulce" repeti a mim mesma - Agora, faça a maior força que puder que ele vai sair!

Obedeci.
Serrei os dentes, dando um gemido alto, que foi seguido pelo choro do bebê.
Maite e Anahí respiraram em alívio.
Mercedes segurou meu filho, fazendo alguns cuidados, Ela o envolveu numa manta e colocou sobre meu peito
- É um varão! "Disse ela".
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Eu mal podia abrir os olhos, ele era perfeito, mas era pequeno "pensei que seria maior"
Meu choro de felicidade o recepcionou, mas uma forte pontada ben no ventre, seguido de muita dor fez a alegria cessar.
"as meninas não falaram que após o nascimento isso passava?" pensei.
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Mercedes foi examinar para retirar a placenta. Mas seu semblante se endureceu.
Ela me olhou em temor, mesmo com a vista embaçada pude ver.
A mulher chamou Anahí e Maite. Que ao se aproximar repetiram a mesma expressão.
.
Eu estava tonta, o esforço me deixou assim. Anahí pegou meu filho de cima de mim e levou para fora.
Maite veio para o meu lado. Segurando-me as mãos, em acalento.Eu já estava ficando nervosa, contudo o que estava acontecendo.
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Juntei as forças que me restavam para perguntar



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O QUE SERÁ QUE ACONTECEU COM DULCE??


✔7 pecados + rbd [editando]Onde histórias criam vida. Descubra agora