Epílogo

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" Morte, uma palavra pequena porém com um significado grandioso, admito que não entendo o porque de alguém nascer para morrer, mas é um pouco óbvio que ninguém vive para sempre e não se pode reclamar disso por que parece até que tem uma força superior lhe sussurrando: " Morreu mesmo e se discutir o mato novamente. ", sei que parece algo sem sentido mas minha mãe sempre me dizia que tudo acontece por alguma razão. Acho que imagino a razão da morte de Gabriel.

Mas não posso deixar de ficar atormentada com a sua morte, pode parecer uma mentira sem procedências, mas eu o amava de verdade e só fui perceber quando era tarde demais e agora a minha tormenta principal se resumi aos pensamentos "e se".

E se ele não tivesse morrido? E se eu não tivesse fugido? E se eu não tivesse acreditado? E se eu nunca tivesse casado com ele? E se ele estivesse vivo, será que estaríamos juntos? E se?

Não posso dizer que Gabriel era um santo, não gosto da santificação que as pessoas normalmente fazem com os falecidos, por que a morte dele não apaga as coisas que ele fez.

Eu sei que se ele não estivesse morto nós de toda certeza não estaríamos juntos, afinal um relacionamento precisa de confiança e eu nunca seria capaz de depositar minha confiança nele e posso apostar que ele retribuiria esse sentimento.

E também não posso esquecer das coisas que ele me fez, sei que ele era um vítima das barbáries dos outros, mas não é por que você fez uma coisa boa que as outras ruins se apagam.

Passei bom tempo dos meus dias pensando em como foi injusto sua morte, no quanto eu daria para que eu tivesse morta e ele vivo, por que só ele sabia resolver tudo ao seu redor, só ele conseguia colocar sentido nas coisas.

É provável que eu nunca vá entender, mas o que eu posso fazer agora é me conformar. As coisas nem sempre são como esperamos que seja, decepção é algo que se deve conviver por que a vida é assim, sempre tem uma barreira pra ser quebrada, sempre tem uma surpresa nova, sempre tem uma nova dor.

Minha dor e a de todos os que o amavam verdadeiramente nunca vai passar, e de certa forma isso me conforta por que sei que não estou sozinha nessa, afinal a vida não é um conto de fadas.

Apesar de me encontrar totalmente desacreditada em finais felizes, acho que agora estou realmente feliz, depois de tanto sofrimento acho que encontrei algo em mim que me torna feliz de verdade sem ter que me apoiar em mais alguém além de mim para alcançar isso.

O Gabriel tinha me passado o poder de tudo, mas eu não queria nada daquilo, então deixei alguns acionistas durante um tempo cuidando de tudo, eu sempre quis fazer algo que eu realmente gostasse não que me mandassem como foi minha faculdade de administração, então tranquei ela e fui fazer o que realmente gostava, entrei numa universidade de medicina que sempre foi o meu sonho.

Parece estranho a vida de uma pessoa mudar tanto de uma hora para outra, mas eu precisava disso, de mudança. 6 anos depois da morte dele já estava formada pronta para fazer uma especialização. Mas isso tudo sem desviar dos meus deveres para com os meus filhos e os negócios, como nem eu nem o Peter queríamos aquele império criminoso, pois crime só trás a morte e estou cansada dela.

Então decidimos que iríamos vender tudo e nos desfazer dos negócios ilícitos, conseguimos um bom dinheiro, ele sabendo dos meus planos quanto a obstetrícia, propôs que ao invés dos Cooper e Black fazerem o mal como faziam antes, agora iriam ajudar a salvar vidas. Ele era um administrador nato, então fez um negócio com uma rede de hospitais que estava quase falida por conta das ações beneficentes, ajudamos com a ala pública dos hospitais com o dinheiro e agora somos parceiros deles. Não lucramos tanto quanta era antes, mas agora podemos ter uma vida tranquila, atualmente sou residente da cirurgia num desses hospitais, e me sinto realizada comigo mesmo.

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