Capítulo 3

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Dois dias se passaram desde que eu descobri quem Gabriel realmente era. E a cada momento que eu passava com ele, percebia o quanto eu tinha sido ingênua em cair naquele papinho da nossa primeira noite. Ele sempre que podia, jogava na minha cara o quanto que eu era burra e vadia. Burra eu até poderia ser, mas vadia jamais. Todas as vezes que ele me ofendia, eu queria bater nele com todas as minhas forças, mas sempre que eu tentava, algo acontecia. Como por exemplo, eu apanhar, eu sempre acabava humilhada, sendo usada por ele e o pior é que meu corpo gostava e muito, mas por outro lado a minha mente repudiava, eu ainda vou ficar louca com toda essa ''luta'' interna.

Fora isso, nada mudou desde o nosso primeiro dia de casado. Ele sai cedo pela manhã, me deixando trancada o dia inteiro, quando chega me "obriga" a ficar com ele, mas sempre que ele acaba me trata como a pior mulher da terra.

Eu ainda tenho lembranças daquela primeira noite, em que ele mostrou sua verdadeira face.

...

Relaxei um pouco depois das suas palavras, pelo menos a um pedido ele aceitou. Nem um minuto se passou e ele se afundou em mim de surpresa, foi impossível não gemer, pois mesmo eu não querendo, meu corpo o correspondia e eu me odiava por isso.

- Você adora isso Ashley, não fique se controlando. Eu adoro escutar o som dos seus gemidos. - Ele disse me colocando de quatro e me segurando firme pela cintura. Me segurei na cabeceira por que aquelas algemas estavam machucando o meu pulso.

...

Depois dele me fuder até não querer mais, ele me deixou completamente suja de sêmen, algemada e completamente morta de cansaço. Quando acordei eu estava limpinha, não sei como, e com marcas nos pulsos.

Durante esse dias o que eu não entendo é o por que dos meus pais não estarem me procurando. Três dias sem nenhuma noticia minha. Talvez Gabriel esteja os convencendo, pois ele é muito bom nisso, de que eu estou bem.

Hoje especialmente, eu estou pior do que nos dias anteriores. Acordei olhei para aquelas mesmas paredes brancas, os mesmos móveis e as mesma quatro portas, e uma delas eu sempre conferia pra ver se estava aberta, mas nunca estava. Levantei e fiz o que sempre fazia, tomei um banho e quando sai a bandeja do café da manhã estava no mesmo lugar de sempre, mas eu não estava com fome pois eu estava com um mal estar terrível. Deitei na cama depois de me vestir com um vestido simples amarelo bem claro quase branco, então senti um queimação, tentei puxar o ar e ele não veio, eu sabia o que era aquilo, era um ataque de asma, fazia tempo que eu não tinha, e naquele lugar fechado a sensação de sufocamento aumentava.

Tentei respirar com calma, mas eu não consegui. Então, com muito esforço, andei até a porta comecei a esmurra-la,para que alguém me ajudasse. De repente, minha visão ficou turva e eu tentei mais uma vez puxar o ar pros meus pulmões, sem sucesso e tudo escureceu.

...

Senti um cheiro forte e fui acordando lentamente. Minhas pálpebras estavam pesadas mas abri meus olhos e como sempre estava tudo embaçada. Estiquei a mão e peguei meu óculos que estavam em cima do criado mudo, coloquei e conseguir enxergar e o que mais me chamou a atenção foi Gabriel se sentando em uma poltrona próxima a porta, foi aí que percebi que ele estava com um algodão na mão, provavelmente o que ele usou para me acordar, embebido em álcool, olhando diretamente pra mim, mas diferente das outras vezes eu não conseguia decifrar o que significava aquele olhar.

- Como você está se sentindo ? - Ele perguntou baixo quase um sussurro.

- Você esta mesmo me perguntando isso? É claro que eu não estou bem, e a culpa é toda sua. Me deixa aqui sozinha trancada o dia inteiro, não me deixa falar com os meus pais ... - Comecei a acusá-lo.

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