Capítulo 1

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- Parabéns! - Mais uma pessoa estranha me parabenizava pelo o meu casamento.

Naquela festa, havia muitos estranhos, pelo menos pra mim, às vezes eu ficava me perguntando de onde saiu tantas pessoas. Pelo que eu saiba a maioria eram sócios do meu pai e de Gabriel. Até onde eu sei, mesmo com os negócios ilegais, que abrangem a maior parte da fortuna da minha família. Meu pai tem uma empresa de fachada para justificar a nossa fortuna, e ao que parece Gabriel também tem uma. Então as pessoas que estavam lá se misturaram com os sócios ilegais e os legais.

- Ashley, está na hora de ir. - Minha mãe falou me tirando dos meus pensamentos. Minha mãe me deu o buquê para que eu pudesse jogá-lo.

Ela chamou todas as solteiras da festa e apareceram muitas, ri quando vi algumas "amigas" minhas se espremerem tentando ficar em um lugar favorável. Olhei ao redor e vi que todos se divertiam com a cena, inclusive o meu marido que estava com alguns senhores conversando que param para olhar.

- ... Então vai ser no três. - Falei me virando de costas e fingindo tampar os meus olhos. - 1... 2... - e joguei virando para ver. Então gargalhei com o que vi, havia várias garotas no chão, o buquê iria para as mãos de Rebeca Collins, filha de Rachel e Paul Collins, mas saltou das mãos da menina e foi parar no colo de Lídia Black, a irmã mais nova de Gabriel. A cara dela foi hilária, ela abriu a boca como se fosse falar algo mas depois a fechou, as outras ficaram com uma cara triste e foram para suas mesas e eu ainda ria quando senti um par de mãos em minha cintura.

- Vamos! - Gabriel, que era o dono das mãos, falou.

- Sim. - Disse simplesmente, sentindo minhas pernas ficarem bambas. Eu sabia o que iria acontecer quando chegássemos a minha futura "casa".

Mas eu não estava pronta para aquilo, e estava torcendo pra Gabriel não querer nada. Afinal, nos conhecemos a apenas algumas semanas, e eu não quero que a minha primeira vez seja assim, por obrigação pra consumar o casamento. E, além do mais, esse casamento era por conveniência, não tinha que ter sexo pelo menos era o que eu estava torcendo, eu sei que Gabriel parece ser um cara legal, mas eu quero o conhecer melhor.

Saímos da festa sem ninguém ver e entramos numa limusine. Eu iria perguntar sobre as minhas coisas mas eu sabia que a minha querida mãe tinha providenciado tudo. Não falamos nada em toda a viagem, aquele silêncio me incomodou um pouco, mas continuei calada, só observando as árvores passando pelo lado de fora da janela. Fiquei pensando que eu nem havia me despedido dos meus pais, mas em casamento é sempre assim. Os noivos apaixonados fogem antes que a festa termine, mesmo eu e Gabriel não sendo um casal apaixonado não significava que não tínhamos que passar por todo esse ritual para que os outros acreditem que estamos nos casando por amor.

Entramos em um enorme portão de ferro, a "casa" de Gabriel era linda e um pouco maior que a minha, quer dizer a dos meus pais. Havia um enorme gramado e pra onde eu olhava tinha homens fortemente armados, mas voltando, era tudo lindo. Tinha algumas rosas em frente a casa, onde tinha um caminho de pedras, ela era toda branca com grandes janelas e na entrada uma grande porta de madeira maciça. Gabriel abriu a porta da limusine pra mim e me ajudou a descer, pois, com aquele vestido tava difícil.

Não falamos nada, entramos na casa e não vi ninguém, ele deve ter dispensado os empregados, e me guiou pela escadaria, chegamos a um corredor cheio de portas e fomos andando até o final dele, onde entramos no quarto principal. Era lindo em tons de branco, preto e cinza, a cama era enorme, tinha outras três portas no quarto. Me virei e olhei pra ele que me analisava.

- Esse é o nosso quarto. - Ele disse afrouxando sua gravata e a tirou, depois tirou seu paletó o colocando sobre uma poltrona e começou a desabotoar sua camisa.

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