Capítulo 2

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Me levantei daquele chão não acreditando que aquilo estava acontecendo comigo. Como eu me enganei tanto com ele?! E ainda eu pensando que ele era legal, mas legal era tudo que ele não era. Me convenceu a ficar com ele, sei que fui fácil mais me chamar de vadia, foi o cúmulo do absurdo e o pior me bater, aquilo não ia ficar assim.

Assim que levantei, comecei a procurar o banheiro no quarto. A primeira porta que abri era um closet cheio de roupas masculinas, a segunda era onde estava as minhas coisas, todas arrumadas e na terceira porta encontrei o banheiro, olhei no espelho e vi em meu rosto, que no lado em que ele tinha batido estava avermelhado e no meu pescoço a marca dos seus dedos, o que me deu mais ódio. Tirei aquela blusa que estava me enojando por ser dele e também aquelas malditas lentes.

Entrei no box e abri o registro esperando que todos os meus problemas fosse embora com a aquela água, mas infelizmente problemas não se resolvem assim. Me esfreguei com força pra tirar qualquer vestígio dele, mas não importa o que eu fizesse ele ainda estava lá. Depois de um demorado banho sai limpinha, agora não tinha "nada" no meu corpo que me lembrasse ele, quer dizer, meus rosto assim como meu pescoço ainda tinham as marcas que estavam mais claras e na minha cintura também tinha, que com certeza ficariam rochas, dos dedos dele.

Não fiquei olhando muito pro meu corpo, se não era capaz de enlouquecer de ódio. Vesti um shorts folgadinho preto e um moletom azul, e encontrei o meu óculos, também coloquei uma sapatilha bege. Depois de pronta procurei meu celular e não achei, desisti de procurar e fui até a porta pra poder sair daquele quarto e daquela casa o mais depressa possível. Mas girei a maçaneta e ela não abriu tentei umas três vezes e nada. Aquele desgraçado deve ter trancado, fui pra segunda alternativa as janelas, mas parece que aquelas coisas estavam emperradas pois não consegui abrir nenhuma. Isso era tudo um plano dele, ele queira me deixar aqui trancada, eu odeio ficar sozinha me da um pouco de medo, mas o que ele queria com aquilo?! Olhei ao redor do quarto e não vi alternativa, então comecei a gritar batendo na porta pra ver se alguma alma boa abria a porta, mas nada.

Sentei em frente a porta olhando pra ela. Queria ver se ele ia me matar de fome aqui dentro, desisti de ficar quieta, então fui até o closet onde estava minhas coisas e achei o meu diário, minha mãe tinha comprado um novo pra mim, eu amava escrever sempre me relaxava e me tirava do ar e era apenas eu e o pequeno caderno marrom, peguei a caneta que estava do lado e me sentei, comecei a escrever.

"Querido diário, sempre achei uma forma boba de começar uma confissão mas não há outro jeito então vai ser assim. Querido diário, hoje o meu dia não começou muito bom, o que você precisa saber é que eu me casei, mas não por amor e sim por um acordo comercial. O conheci no dia do nosso noivado e a princípio ele parecia ser alguém legal, divertido e até apaixonável, ele continuou assim durando o nosso casamento e á tão sonhada noite de núpcias, mesmo que no começo eu não queria muito que acontecesse, mas ele soube me envolver e não foi ruim, na verdade, foi até bom demais apesar dele ser um completo safado. Ele até quis que eu ... Você sabe, é vergonhoso até de escrever ... Colocasse a boca no GJ ... E eu fiz, e o pior é que eu gostei de fazer ... Mas voltando , foi tudo perfeito. Porém o efeito Cinderela aconteceu quando o dia amanheceu, ele virou abóbora. Foi terrível, me chamou de vadia, que na primeira oportunidade eu abri as pernas pra ele ... Mas antes dele eu nunca tive ninguém e além disso ele me bateu, sim me bateu, e doeu mais no meu orgulho do que no meu rosto, mais isso não vai ficar assim, Gabriel Black vai me pagar caro por isso. Como ele pode me tratar assim?! Eu nunca fiz nada com ele ... Mas ele que me aguarde porque "A minha vingança será maligna" como diz Chico Anysio. "

Parei de escrever pois escutei a porta abrindo, corri pra ver quem era, mas quando cheguei só havia uma bandeja de café da manha em frente a porta. Então minha barriga roncou, só agora é que eu percebi que eu estava morrendo de fome, comi tudo. Depois de saciada voltei ao closet e peguei meu diário e o escondi, não queria que Gabriel visse aquilo. Passei a manhã inteira naquele quarto sem fazer nada, só me deprimindo por causa da minha vida que agora estava destruída, quando percebi adormeci.

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