Safe Haven.

I do not want to lose you again.

"Ter Camila de volta mesmo sem ser namorada dela era proveitoso e algo que me deixa bem. Eu preciso dela e todo mundo sabe disso, Camila é a garota da minha vida e eu vou fazer de tudo pra conquistar seu coração novamente e especialmente sua confiança. Me deu vontade de sair daquele Polo e ir com ela pra qualquer outro lugar onde só existisse eu e ela, preciso ficar com ela e não quero perder ela de novo. Ficar sem Camila por esses dias foi como uma música sem melodia por mais clichê que isso pareça, Camila é o amor da minha vida. Eu fiquei tão alucinada sem ela que pensei até em casamento, e filhos e todas essas coisas de maluco que achava desnecessário, pra mim só era importante arte e eu, mas eu descobri que agora eu penso por duas, eu faço tudo pensando no bem de Camila e no meu, e mesmo esse ano passando tão rápido eu preciso dela comigo e eu não quero que o tempo passe, o tempo só pode passar assim quando estou do lado da garota que me faz sorrir, que me faz ver o mundo com outros olhos que me faz viva."

- Branquela. Opa, Lauren. Tem essas papeladas aqui, acho melhor você assinar todas. - Disse Dinah entrando na sala e eu revirei os olhos observando o tamanho da apostila.

- Que droga Dinah, quebra essa pra mim assina vai. - Disse me jogando na mesa e ela arqueou as sobrancelhas.

- Srta. Jauregui, meu papel não é esse. - Dinah disse zoando com meu desespero e eu dei o dedo do meio começando a assinar aquela enorme pilha de papéis. E ela deu uma risada saindo da sala.

Eu assinei tantos papéis que quase me joguei na mesa gritando socorro, estava muito cansada. Fico pensando se é isso mesmo que meu pai quer pra minha vida perdendo a juventude dentro de um escritório fechado, enquanto poderia estar viajando e espalhando minha arte pelo mundo. É isso que quero fazer, e é o que eu preciso, que as pessoas consigam olhar pros meus desenhos e sentir algo diferente de tudo, e eu vou fazer esse sonho acontecer. 

- Laur? - Camila disse abrindo a porta e me vendo estirada na mesa eu apenas levantei o rosto e assoprei a mecha que estava na minha cara.

- Oi Camz. - Disse dando um sorriso desajeitado, e ela deu uma risada gostosa me trazendo um Capuccino.

- Tome, vai te animar. - Camila disse continuando rindo, e eu suspirei quase tomando tudo de uma vez. E ela franziu o cenho.

- Uh, aconteceu algo? - Disse sentando na cadeira em minha frente, e eu a olhei respirando fundo.

- Sabe? Queria sair desse Polo, viajar o mundo. Jogar tudo pro alto, fazer o que eu gosto de verdade. - Disse me levantando e encostando na cadeira fechando os olhos, e Camila entortou a boca.

- Você sabe que precisa ter uma base não é? - Disse, e eu suspirei. As vezes ela falava que nem meu pai, por isso se dão bem. 

- A única estrutura que eu tenho e que me deixa firme é você Camz, e eu não sei o que faço se te perder novamente. - Disse e Camila me olhou fixamente dando um sorriso bobo e abaixando a cabeça.

- Laur, você nunca me perdeu e eu queria tanto ter confiança o bastante pra poder ficar em seus braços e esquecer de tud... - Disse Camila e eu interrompi com um dedo em seu lábio e ela contraiu, eu a puxei devagar e dei um beijo, fazendo ela se levantar e ir até meu colo, logo eu coloquei a mão em sua bunda e ela continuou a beijar o meu pescoço com todo aquele jeito dela, quando estávamos desconfortáveis com a posição coloquei ela na mesa e fiquei por cima sem parar os beijos, deslizei a minha mão por todo o seu corpo e beijei o seus seios pela roupa, e apertei sua cintura com força fazendo ela contrair. Voltei pros seus lábios e os mordi, fazendo ela gemer abafado. Só ela sabia que quando ela fazia isso o meu corpo inteiro respondia, já estava quase tirando a roupa social de Camila quando...

- Vadia!!! - Um grito abriu a porta e Normani arregalou os olhos quando eu e Camila quase caímos da mesa. - Uou nossa! - Normani disse dando uma risada escandalosa e tanto eu como Camila mudamos de cor e arrumamos a roupa.

- Merda o que faz aqui? Quem te deixou entrar? - Disse arrumando meu terno, e Camila limpando o batom da boca e abaixando a cabeça.

- Precisa de permissão pra entrar aqui é? E Camila relaxa nada que eu nunca tenha visto em porno, so que ao vivo é bem melhor. - Disse Normani e Camila suspirou e escondeu o rosto com as mãos saindo da sala sem nem me olhar direito. Merda.

- Que merda Normani, droga a gente estava quase... - Disse suspirando e Normani deu risada se jogando na cadeira.

- Desculpa, eu não queria atrapalhar a transa de vocês em um Polo, só queria vir visitar, se não teria ficado com Dinah e nem vinha te ver lixo. - Normani disse e eu revirei os olhos cruzando os braços que nem uma criança.

- Mas você gostou do meu escritório maravilhoso que a Taylor Jauregui projetou? - Disse falando irônica e Normani assobiou olhando o meu escritório e eu girei a cadeira dando um sorriso. 

- Maravilhoso, principalmente sua mesa cama de motel. - Normani falou e eu dei o dedo do meio.

Falar com Normani sempre era bom, ela me zoava demais apesar de tudo, eu acabava rindo dos apelidos que ela mesmo me dava. Mas estava preocupada com a Camila, ela odiava qualquer coisa que invadisse a sua privacidade, e é isso que eu amo nela a sua pureza.

Na hora que estávamos saindo, eu fui atrás da Camila, não gostaria que ela ficasse com vergonha demais e me ignorasse, não posso pensar na possibilidade de vê-la com raiva de mim mesmo eu não tendo culpa, eu preciso dela demais.

- Hey Camz, acho que vai chover. Eu vim com o carro do Clark, posso te levar em casa o que acha? - Disse quando vi Camila arrumando a bolsa e ela me olhou e ainda corou um pouco, eu sorri. Ela assentiu com um sorriso.

Entramos dentro do carro e estava começando a chover, pelo visto ela tinha feito bem em vir no carro, meu único medo era que a polícia parasse por eu ser menor de idade ainda, mas acho que isso não é perigo. Camila ia olhando pelo vidro e fazendo desenhos no vidro que estava fosco por conta da chuva, e eu soltei um sorriso parecia uma criança.

- As vezes acho que você foi feita pra mim. - Disse do nada e ela me olhou e soltou um sorriso colocando a mão na minha perna e eu entrelacei nossos dedos, e começamos a cantarolar a música da rádio.

"O mundo pode dizer que não, mas é o seu sorriso que me diz sim todos os dias."