Capítulo 9

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O que há de errado em ser confiante?

Confident – Demi Lovato

- Nossa! Que coincidência estranha! – ele diz parecendo um pouco surpreso com tudo o que contei. Eu expliquei a ele tudo: desde a derrubada das caixas até o show do primo da Fabiana. E descobri que o nome dele é Arthur.

- Pois é – falei.

- A gente pode conversar mais, afinal quero saber um pouco mais dessa garota que já me bati tantas vezes – ele disse. – E neta da minha patroa, também... – ele falou e fazendo uma pausa, completou – Você podia entregar umas encomendas comigo e elogiar o meu responsável trabalho à dona Denise.

Solto uma risada.

- Você é esperto – falo.

- Funcionou? Vai entregar comigo? – ele pergunta.

- Quem sabe um outro dia – eu disse. Eu queria fazer umas entregas, ia ser divertido, mas eu precisava ligar para o Caíque. Eu estava, realmente, ansiosa para saber onde aquela história toda foi parar.

- Tudo bem, você quem sabe... – ele disse descendo as escadas para pegar as encomendas.

Sinceramente, eu não sabia se realmente não queria ir. Eu estava com uma vontade de conhecer esse cara.

Desci as escadas.

- Quer saber? O que eu ia fazer pode esperar um pouco. Vamos fazer umas entregas – falei.

Por que, não? Eu estava mesmo precisando distrair um pouco a cabeça e relaxar.

*

- Não acredito que você, também, é viciada em tortas! – ele diz, surpreso.

- Juro! Se tem uma coisa que eu não consigo recusar, é torta. – eu digo soltando uma risada.

- Uma coisa que eu não recuso é batata frita. – ele falou.

- Não brinca! – surpreendo-me.

E ficamos assim o caminho inteiro até a casa de uma senhora que morava um pouco distante do litoral. É isso aí. A doceria ultrapassou a fronteira!

Após algumas casas e algumas risadas e descobertas de tantas coisas que tínhamos em comum, voltamos à casa da minha avó. Ele estacionou o carro, saltamos e fomos até a doceria. Após uma despedida rápida, ele foi embora.

- Quer dizer, então, que você conheceu, finalmente, o Arthur!

- Sim – eu disse – Gente boa – completei.

- Muito – ela disse. – Bonito, não?

- Aham – eu disse, mas acho que soou como um quase sussurro.

- Vou te deixar com seus pensamentos. Vai descansar um pouco querida. Se divertir demais com um garoto atraente gasta muita energia – ela disse indo atender uma cliente.

Ah, como eu amo essa mulher. Sempre com piadinhas! Valeu, vó!

*

13 de dezembro, segunda-feira, 15h

- Foi bem tranquilo, mas em momento algum falei sobre tentar alguma coisa – ele me disse. – Eu quero que as coisas fluam naturalmente. Ah, quando eu disse que terminamos, ela ficou muito surpresa. Pareceu até triste!

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