End of 1st act - The time to remember

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boa leitura.


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"Esse dia me lembra daquele... aquele de três anos atrás, o dia do acidente, o pior dia de nossas vidas... Ambos perdemos nossas mães naquele dia."

Ciel tinha o mesmo pensamento do outro e, em meio a estes devaneios, o abraço apertado que recebia de Sebastian e as gotas de chuva escorrendo pelo vidro, fez a memória daquele dia lhe vir à mente.

Flashback (POV.: Ciel Phantomhive)

Chovia forte naquela manhã, mas mesmo assim meus pais insistiram que eu deveria ir a Funtom para visitá-la. Não que já não conhecesse cada tijolo daquela construção, mas, segundo a minha psiquiatra, seria bom que eu visitasse lugares onde havia tinha tido lembranças felizes. Certo, nada contra ir até lá, mas eles bem que poderiam ter me deixado levar meu canivete... "Lembre-se da terapia, nada de objetos cortantes Ciel!" foi o que a minha mãe usou como desculpa. Ah mãe, a senhora deveria ter me deixado levar.

Bem, naquela manhã fomos a Funtom Academy e a visitação ocorreu como sempre, na verdade eu não me lembro de exatamente de todos os detalhes porque não estava prestando muita atenção no que meu pai falava, eu apenas queria voltar pra casa, não suporto que as pessoas fiquem me olhando e desde o acontecimento de dois meses atrás, ai então que ninguém mais me deixava em paz.

Enfim, depois que acabamos a nossa visita mensal, (sim, íamos todos os meses desde o ocorrido fazer essa visita ao "lugar das memórias da família Phantomhive" como o vovô, ou melhor, o mordomo Tanaka, costumava se referir à velha mansão que se tornou a universidade) retornamos ao nosso carro com destino a nossa casa ou talvez a alguma doceria, pois eu cogitava a ideia de pedi-lo aos meus pais.

A chuva parecia ter se intensificado e eu pedi para que esperássemos a chuva passar antes de entrarmos na estrada, mas minha mãe insistiu que fossemos logo porque teríamos que ir buscar minha tia Ann no aeroporto, já que ela insistia em que nós fossemos pessoalmente busca-la. A tia Annie ou Angelina Durless, estava se mudando para Londres juntamente aos meus primos Elisabeth e Edward Middleford, que perderam os pais muito novos e a pedido de minha mãe, sua irmã, ela cuidou das crianças.

No carro, já na estrada saindo da Funtom, estávamos apenas eu e meus pais. A musica, que se não me falha a memória chama-se "A morte do cisne", tocava em um volume baixo, contrastando com o barulho da chuva. Eu apenas olhava para a janela do lado direito "vendo a chuva, chover" como dizia minha mãe. Na verdade eu tentava afastar do meu pensamento as memórias ruins das coisas que haviam me acontecido, quando senti meu corpo ser empurrado com força contra o banco que estava sentado.

Tudo ocorreu muito rápido, num segundo estávamos na estrada e no outro contra uma arvore, fora da estrada. Não que na hora eu tenha agido e aceitado a situação como estou fazendo agora, a final eu entrei em pânico, mas não vou comentar sobre isso.

O carro capotou e bateu contra uma arvore. O lado direito foi quase totalmente esmagado, o vidro daquele lado se estilhaçou, mas um dos cacos atingiu meu olho, eu o fechei quando senti o sangue escorrer e tudo daquele lado ficou escuro. Tentei ainda enxergar com o outro olho, mas era difícil, então optei por gritar.

- Socorro! Alguém me ajude! Pai! Mãe! Acordem! Por favor! Alguém me ajude! - esperneei com a vaga esperança de que alguém pudesse me ajudar. Se eu pudesse me olhar em um espelho naquele momento eu tenho certeza de que meu semblante era ainda mais aterrorizado do que o som da minha voz.

Rubro como sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora