Capítulo 7 - Estudando

22 0 0
                                    

Folheei os livros que ele dispunha e reparei que todos eram de espanhol básico. Ri, minha fluência não me deixava ser compreensível. E a cada erro catastrófico que ele dava nas pronúncias me arrepiavam e irritavam. Por Díos! espanhol não é tão difícil assim, mas ainda sim consegui a respirar fundo e ensinar o que devia: lenta e dolorosamente, ai!
Entretanto, como todo mundo chega ao seu limite...

- não é possível! - gritei - você deve estar fazendo de propósito!

- o que? - respondeu ajeitando os óculos.

- é praticamente impossível um brasileiro que fala português ser tão péssimo! - disse prendendo os cabelos visivelmente frustrada. - tô com vontade de enfiar o livro pela sua garganta. - o olhei furiosamente.

- há! - disse ele levantando e (mas hein?) tirando os óculos - sabia que você não ia aguentar muito tempo - dito isso desatou a rir da minha cara. Desgraçado, ele estava mesmo fazendo de propósito.

- então você está REALMENTE fazendo de propósito! Seu... - não consegui terminar a frase e avancei nele com muita raiva. Eu podia estar estudando pra tentar passar em física e aquele babaca me fazendo uma pegadinha.

Fechei a mão e soquei seu braço com toda a força que tinha, afinal, as aulas de boxe que fui obrigada a fazer no primeiro ano serviriam pra alguma coisa. Quando senti ele se recolhendo e soltando um leve gemido de dor comecei a esboçar um sorriso. Mas minha alegria durara pouco, mais uma vez ele me enganou. Segurou meu braço e me puxou pra si, me deixando totalmente sem reação ou palavras. Olhou-me diretamente, dentro dos meus olhos, de forma paralisante.

- eu quero que me ajude Liv... - sussurou pausadamente.

Eu ainda me fazendo de burra, não querendo acreditar no que viria a seguir e ao mesmo tempo desejando mais que tudo que ele fosse logo ao que nós dois evidentemente queríamos.

- você não é tão ruim em espanhol quanto pensei. - respondi virando o rosto,o rubor ardendo em minha pele

- na verdade eu sou ruim, mas nem tanto. Mas eu não sabia como te trazer pra cá. - Ele continuava segurando firme meu braço, entretanto tinha um sorriso doce nos lábios e o tom zombeteiro que me quebrava.

- eu sempre venho pra cá...

- você tá se fazendo de burra pra me provocar ou seu nível de lerdeza aumentou e eu não notei?

Sorri em meio ao nervosismo e consegui puxar meu sarcasmo, mesmo eu estando totalmente dominada por seu olhar e pelo som de sua voz. Não ia me deixar vencer assim fácil.

- quero ver até onde você aguenta.

- acho que assim ficamos empatados Olívia.

- trégua? - disse corajosa, pondo a mão livre em seu ombro, me achegando a ele.

- trégua com você? - riu, soltou minha mão pondo as em minhas costas deixando meu corpo colado ao dele. - jamais.

Dito isso, se inclinou, olhou em meus olhos como se pudesse ver minha alma e sentir meu desejo por ele prestes a explodir, senti sua respiração em meu rosto, seu hálito de menta me deixava tonta. E era o que eu era: uma completa e irredutível tonta. Eu não queria ser fácil para ele, queria jogar sujo, ser durona, mas era impossível. tudo nele para mim era convidativo e difícil de negar.

ah Nath... - gemi - isso não é justo.

pôs um dedo em meus lábios - As vezes você pensa de mais Olívia. E outra coisa, nao sei se alguém te contou, mas a vida não é justa.

Dito isso colou sua boca na minha. É claro que correspondi. Ah como eu queria sentir aqueles lábios nos meus novamente e lá estávamos, com as armas baixadas e os desejos lá no alto. Suas mãos eram grandes e pareciam famintas pra me tocar.

E tocaram, lenta e sedutoramente, passando pelas minhas costas, barriga, cintura... como se pra me provocar. Encaixei uma mão em seu pescoço e com a outra corri por seu peito, eu queria explora - lo também. Pôs sua mão sobre a minha e colocou sobre sua camisa levantando - a afim de retira - la. E o fez, fizemos juntos. Tão rápido que só deu tempo de me separar dele e ver um vulto de pano pousando aos pés da cama. Me tirou do chão, enlacei minhas pernas em sua cintura. Enquanto ele descia dos meus lábios ao meu pescoço.

Sentando na cama ainda comigo no colo ele solta meu cabelo e o deixa cair em meu rosto.

- não consigo segurar mais Liv... Quero você - disse pondo uma mecha atrás da minha orelha e me dando um selinho.

Seus olhos, seu nariz, seus lábios. Eram perfeitamente desenhados pra mim. Eu estava presa aos seus encantos. Como um inseto é atraído a uma planta carnívora assim era eu. Tomada de vontades carnais,eu o queria. Queria muito. Sabia no que ia dar, sabia que uma hora a planta se fecharia e me deixaria apenas com a carcaça. Mas não me importei. Dois podiam jogar esse jogo. Eu conseguiria me manter forte quando tudo acabasse. Cheia de coragem respondi.

- Então não se segure.

- você tem certeza?

- tenho.

Ele se virou comigo, fazendo uma manobra afim de me deitar e me deixar por baixo dele. Cada célula do meu corpo se agitava. Nossos beijos e movimentos me deixavam quente. Nathaniel colocou as mãos na barra da minha camisa me ajudando a retira - la. Eu mal raciocinava, apenas meu corpo respondia.

Entre beijos, toques nos mais diversos lugares, suspiros, e alguns gemidos. Sentia claramente a excitação vinda da sua bermuda, pressionando contra mim em alguns momentos. Notei que entre toques, uma de suas mãos foi em direção a parte de dentro do meu short e imediatamente minha mente se ascendeu.

Se não parássemos, as coisas iriam pro último nível. Será que era pra ser? Eu estava ciente que quando o dia se findasse, seria apenas A Olívia e O Nathaniel, e não Olívia E Nathaniel. A primeira vez era uma coisa importante pra mim. Devia ser feito com alguém que fosse "O" alguém. Eu gostava muito dele, não consigo imaginar alguém tão importante pra mim como ele. Eu estava apaixonada, mas ainda precisava ser racional. E não podia demorar.

Garotas apaixonadasOnde histórias criam vida. Descubra agora