Capítulo 5 - As Coisas Estão Piorando

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Passaram - se algumas semanas, e minha paixão por Nathaniel aumentava, e como não tinha sinal de sua volta com Júlia, eu pensava que minhas chances estavam aumentando, quem sabe? Entretanto, consegui manter meu jeito sigiloso. Todos me chamariam de louca se eu contasse. Alguns dos meus amigos, principalmente Talita, reparavam nos meus devaneios e olhares "vagos"

-Olívia, por que você olha tanto pro nada hein amiga? - sorriu provocativa

- Que Talita?

- Tá olhando pra onde?

- Nada de especial - virei os olhos pros morros atrás da escola e desviei da quadra onde Nathaniel tentava jogar basquete. - só desliguei a mente.

- será que o Nathaniel faz sua mente voltar a ligar?

- O que?! - corei - cala a boca Talita! - A empurrei de leve

- aí livinha... - ela agarrou meu braço me sacudindo - por que não admite logo que você tá afinzona dele?!

Logo que Talita dissera isso, chegaram Clara, João e Tobias

- Afinzona de quem Olívia? - João sorriu malicioso, igual a Talita.

- de quem? - clara fez um eco.

- De mim, é claro - Tobias sorriu e pôs os braços em minha volta. - não é querida?

Sorri aliviada. Puxa esse menino era rápido. Ele conseguiu fazer a coisa toda se tornar uma piada

- há! Só nos seus sonhos Toby... - apertei lhe as bochechas

- não, só nos SEUS sonhos. - piscou

Todos começaram a rir. Puxa, fiquei devendo uma ao Tobias. Olhei pra ele agradecida, disfarçando enquanto os outros riam e começavam a falar de outra coisa que eu não estava prestando atenção, disse com os lábios "obrigada" recebendo outra piscadela.

Tobias era um cara caladão quando nos conhecemos, como acabamos parceiros de laboratório é uma história idiota. Simplesmente nenhum dos dois tinha parceiro, todos os meus amigos já tinham seus respectivos. O que geralmente acontecia é que eles eram parceiros fora do laboratório também, se é que me entende, eu tinha meu ex namorado, mas pelas circunstâncias... Vocês já sabem. E Talita repetira no ano anterior.

Depois de um tempo e de muitas brincadeiras idiotas que era de praxe eu fazer, Toby, como eu gosto de chama - lo, só pra provocar. Foi criando laços comigo. Apesar de ser uma pessoa diferente do que estou acostumada, acabei me afeiçoando e não largo mais.

Voltamos a sala onde teríamos uma aula que costumávamos chamar de "tempo livre", produção artística . A professora dava um tema e nos deixava livres. Não estava nem aí pra gente desde que não a perturbasse nem falássemos alto.

Eu desenhava no meu caderno enquanto ouvia um podcast com Tobias. Comecei a ignora - lo a partir de uns 5 minutos e me concentrei totalmente na folha e lápis perante mim, eu sempre levava na mochila um pequeno estojo com lápis de cor, pois sempre preferi meus desenhos coloridos. Olhava pra janela afim de copiar os traços do ypê amarelo do lado de fora, desenhei a silhueta de um casal ao longe, era um por do sol. Enquanto me perdia mesclando as cores do céu, não reparei que Tobias olhava meu trabalho.

- assim não vai dar pra te defender Olívia.

-perdão? - disse me desconcentrando do desenho.

-você está claramente afim de alguém Olívia. Seus desenhos são mais natureza morta, paisagens, algumas pessoas aleatórias, agora um casal sob uma árvore? Já é de mais.

Garotas apaixonadasOnde histórias criam vida. Descubra agora