Epílogo

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A música alta machuca meus ouvidos e tento me concentrar na bela ruiva ao meu lado. Mas minha tentativa é em vão.

Estou quebrado e completamente fodido. A única coisa que consigo pensar é em Amber.

Como fui se deixar enganar assim? Como me deixei cair completamente por uma mulher?

Viro a vodca de uma vez e nem ouço o que a ruiva diz.

- Desculpe querida. Mas hoje não é seu dia de sorte. - Deixo algumas notas no balcão e saio dali.

Vou para fora e Morais está me esperando ao lado do carro.

- Para a loja de bebidas mais próxima. - Digo quando entro. Ele arqueia a sobrancelha, mas não fala nada. Fecho os olhos e posso ver seu sorriso e sentir o cheiro de seu perfume. Puxo meu cabelo com força e tento controlar minha raiva.

Por quê? Por que ela fez isso comigo?

Aquelas imagens não saem da minha cabeça e toda vez que eu lembro meu coração se aperta e me sinto um tolo.

Antes mesmo do carro parar abro a porta e caminho até a loja. Pego uma garrafa de Uísque. Pago e abro a tampa.

Necessito de bebida para tirá-la da minha cabeça. Preciso ficar entorpecido para não sentir nada.

Ouço o som de sua risada e jogo a garrafa longe. Bato com força na janela do carro e quebro o vidro em milhões de pedacinhos. Posso ver o sangue escorrer em minhas mãos, mas não sinto dor alguma.

- Senhor? - Morais se aproxima cautelosamente e olha para meu punho.

- Me leve para casa. - Apenas digo isso.

O caminho é silencioso e às vezes noto o olhar que Morais me dá.

O ignoro e tento me concentrar em algo sem importância alguma. Fui para aquele bar pensando em pegar uma vadia qualquer e voltar á alguns dos meus velhos hábitos. Sexo com estranhas gostosas, mas não consegui.

Amber Foster me arruinou para qualquer mulher. E isso é o que mais me deixa puto. Como me deixei cair pelo o seu feitiço?

Ainda estou tentando entender do por que dela me trair com Cameron. Recebi fotos dos dois juntos quando era para ela estar almoçando comigo. E eu o idiota que fui acreditei quando disse que ia almoçar com sua amiga.

Estúpido.

Morais entra pela a garagem subterrânea por que a da frente está cheia de fotógrafos. Esses abutres ainda estão no meu pé por causa daquele maldito vídeo. Não consegui impedir o vazamento dele, mas pelo menos consegui infernizar a vida daqueles que me ameaçaram com sua existência.

Entro na minha cobertura e tudo me lembra á ela. Olho para o piano e ainda posso ouvi-la tocar suavemente.

Cerro os punhos ao pensar que provavelmente Amber e Cameron estão rindo de mim juntos. Subo para o quarto e tiro os lençóis da cama. Tiro todas as suas roupas do cabide as jogando no chão. Seu cheiro ainda está em suas roupas e por breves segundos me permito sentir sua falta, mas logo descarto esse sentimento. Termino de tomar a metade da minha garrafa de Uísque e seu nome não sai de meus lábios.

Amber, meu doce anjo. Como pode fazer isso comigo? Como pode me trocar por ele? Eu teria te dado o mundo, mas ao invés disso você preferiu brincar comigo. E com essas palavras entro na inconsciência e sonho com asas brancas e com seu rosto angelical.

Já faz cinco dias desde que expulsei Amber do meu escritório. Charlote tentou entrar em contato comigo, mas proibi sua entrada e de qualquer um em todos os meus prédios. Declan me ligou e me perguntou do por que Amber pediu demissão e simplesmente disse que terminamos e desliguei na sua cara quando quis saber o por que.

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