O desespero tomou conta de mim assim que a chamada de vídeo com Kate e Ketelyn foi cancelada. Eu percebi que houve uma forte turbulência, mas de um jeito ou de outro, Ketelyn estava armada.
Avisei a todos o que aconteceu e Edgar, o pai de Kate, ligou instantaneamente para os contatos que tinha. Demorou um tempo, mas quando um dos contatos retornou, disse que tentaram entrar em contato com o avião, mas não houve resposta, era simplesmente como se o avião tivesse sumido no ar.- Pi, levanta dessa cama. -Pediu Bruna entrando em meu quarto. - Já faz um mês que você praticamente não sai do quarto.
- Me deixa aqui. -Disparo irritado.
- Desce para jantar, a mãe fez pamonha de sobremesa. -Bruna disse forçando um sorriso.
- Não estou com fome. -Murmuro virando de costas e abraçando o travesseiro e a blusa que eu praticamente roubei do quarto da Kate.
- Você sempre diz isso, até te forçármos a comer. -Disse Bruna, provavelmente, revirando os olhos. - Dá para ao menos olhar para mim?
- Você não entende, Bru. -Digo me virando para encara- la.
- Não entendo? A Kate era... -Ela para e me olha tristonha. - A Kate é minha amiga, sabia? Estou tão preocupada com ela quanto você, todos estamos! Mas não pode parar a sua vida, entende?
- Ela é a minha vida, Bruna! -Acabo me exaltando.
- Vamos descer, por favor. -Pede Bruna me olhando nos olhos. - Se você descer eu ligo para o detetive para ver se tem alguma notícia.
- Tudo bem, só vou tomar um banho. -Digo levantando e vou em direção ao banheiro.
Faço minhas higienes, tomo um banho rápido, coloco uma calça de moletom preta, uma regata e paro em frente ao espelho me olhando.
É impressionante o que um único mês fez comigo. Meus olhos estavam fundos e cheios de olheiras, eu estava bem mais pálido que o normal, meu cabelo já está bem maior que o normal e completamente embolado, minha barba já estava maior do que eu costumava usar antes de raspar e os ossos próximos ao meu pescoço já estavam altos, formando "piscinas" entre ele e meus ombros.- Que bom que sua irmã conseguiu te convencer, meu filho! -Disse minha mãe me abraçando e quase me arrastando até a cadeira da mesa de jantar. - Come bastante!
- Mamusca, eu não estou com muita fome. -Confesso sorrindo de canto, mas mesmo assim ela coloca um prato cheio em minha frente.
- Come, conforme você for comendo, a fome vai vindo. -Explica meu pai forçando um sorriso para mim, mas no meio do jantar, eu sinto uma tontura e desabo no chão.
- Luan! -Ouço minha mãe e Bruna gritarem, mas minha vista escurece de vez.
Acordo em um quarto todo branco, que logo identifico como o quarto de um hospital, espero minha vista se ajustar a luz e olho em volta, dando de cara com toda a minha família e equipe.
- Você quer nos matar do coração, garoto? -Gritou Marla irritada.
- O que aconteceu? -Pergunto confuso.
- O que todos prevíamos, você está se destruindo! -Diz Bruna irritada enquanto o Dr. Miguel entrava no quarto.
- Olá, Luan. Você lembra de mim? -Pergunta Miguel e eu apenas afirmo com a cabeça.
- Você sabe por que eu apaguei? -Perguntei levando uma das minhas mãos até minha cabeça que estava latejando na lateral, provavelmente por causa da queda.
- Você está com Anemia. -Miguel disse sorrindo de canto.
- Anemia? -Pergunta Dagmar com os olhos arregalados e eu a olho confuso.
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Desistindo por Amor
FanfictionÉ possível uma pessoa ser tão diferente no dia e na noite? Essa é uma história que vai surpreender muita gente, uma história de amor que poderá ser destruída por uma decisão. A decisão de desistir de tudo por amor, ou de desistir de um amor para não...