Capítulo 16

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- Filha! -Minha mãe praticamente grita e corre para me abraçar. - Que saudades.

- Também estava, mãe. -Digo ainda abraçada com ela.

- Edgar! Ela chegou! -Minha mãe gritou depois que me soltar.

- Vou ensurdecer! -Digo rindo e ela me olha como se estivesse brava.

- Kate! -Diz meu pai saindo do escritório animado e me abraça me elevando do chão. - Melhor notícia em dias.

- Como assim? Algum problema na boate daqui? -Digo preocupada enquanto ele me punha no chão.

- Sim e não. É em uma boate, mas não daqui. -Meu pai disse coçando a nuca.

- Isso não é hora de falar de problemas! -Reclama minha mãe. - Nos conte tudo o que aconteceu esses dias.

Sentamos todos no sofá, eles me contaram tudo o que aconteceu enquanto eu estava fora, eu contei sobre a equipe, os shows, as fãs, as loucuras que elas fazem... Tudo!

Ou quase. Preferi não contar que já transei duas vezes com meu chefe, que ele tem duas calcinhas minhas rasgadas em algum lugar e do "incidente" da balada.

- Pai, agora me conta o que está acontecendo na boate. E se não é a daqui, por que não me ligaram? -Digo enquanto sentávamos à mesa para jantar.

- Eu pedi que não ligassem, é um assunto que só vai te dar dor de cabeça. Os funcionários e as dançarinas estão querendo organizar uma greve domingo da semana que vem, eles querem um aumento, mas se eu for dar aumento para eles, tenho que dar para todas as outras boates. -Meu pai responde visivelmente irritado.

- Qual é a boate? Vou ligar para lá, me deixe resolver. -Digo tentando acalma - lo.

- É a de Recife. Você já viaja de novo sexta, filha. Deixe que eu resolvo. -Diz meu pai sorrindo de canto.

- Maravilhoso! Domingo o Luan tem show em recife, ligo para lá marcando uma reunião pela manhã. -Digo sorrindo.

- Tem certeza, filha? -Pergunta meu pai.

- Claro! Mas não me esconda mais nada das boates, você confiou em mim, lembra? -Pergunto com uma sobrancelha arqueada.

- Tudo bem, me desculpe. -Disse meu pai.

...

Cheguei em casa na segunda a tarde, mas sexta já teríamos show novamente. Não sei se não me acostumei ainda, mas parece que esse tempo em casa passou rápido demais.

- Adeus meus amores. -Digo beijando a bochecha de minha mãe e meu pai.

- Até logo, filha. -Disse meu pai.

- Não esqueça de nos ligar, viu? -Diz minha mãe me abraçando novamente.

- Pode deixar. -Digo sorrindo.

- Eu te levo no aeroporto. -Rodrigo diz me abraçando de lado.

- Não precisa, amor. O pessoal da equipe está vindo me buscar de van. -Digo sorrindo de canto.

- Posso ficar esperando com você então? -Pergunta Rodrigo com uma sobrancelha arqueada.

- Sim, claro ou com certeza, qual você prefere? -Rimos e fomos esperar no portão de casa. - Agora fala, te conheço bem.

- Você e o Luan...? -Rodrigo diz e me olha com uma sobrancelha arqueada.

- O que? Não! -Minto.

- Ou alguém da equipe? -Continua com o interrogatório.

- Não! Por que isso agora, Rodrigo? -Pergunto nervosa.

Desistindo por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora