Capítulo IV

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VOLTAMOS !!! Por problemas técnicos rsrsrsr o Ruivo e a Pequena ficaram um tempo sem aparecer, mas cá estão novamente a todo vapor ... cometem , votem ... a opinião de cada um é muito importante ...



Hospitais. Podem ser grandes, pequenos, super equipados ou precários, sempre tinham aquele cheiro de produtos de limpeza, semblantes tristes ou ansiosos por noticias, paredes brancas, pessoas vestidas de branco e em sua "nuvem" como ela costuma chamar seus pensamentos ficava imaginando que se colocassem cor nesses uniformes com certeza esse local seria muito menos deprimente. Sentada no corredor depois de fazer uma bateria de exames Rebeca esperava para conversar com Marco ,médico que fazia parte do "clã" Callazans. Ele havia cuidado de Ana quando essa descobrira a doença, na época ela trabalhava na biblioteca municipal e aos sábados em uma livraria sonhando em um dia ter a sua propria. Com a doença de Ana ela largara o emprego da livraria para ter mais tempo com a amiga. Lembrar dela sempre a fazia sorrir, eram opostas em quase tudo, Ana era daquelas morenas super brancas e Rebeca era negra queimada no forninho de Deus como sempre dizia, uma tinha 1,75 e a outra 1,60. Ana era tímida e reservada até voce conhece la melhor , Rebeca era extrovertida, com uma facilidade enorme de se comunicar. Ana evita ao máximo os confrontos, ao contrário dela que não levava desaforos pra casa. Mas ambas amavam livros, arquitetura antiga e filmes , ela se lembrou do primeiro aniversário de Pedro onde as duas decidiram tudo ,dona Leonara não conseguia entender como sua nora dava tantas oportunidades para participar de tudo. Dona Leonora, aquela mulher lhe dava nos nervos, era fria, se achava superior as pessoas que não tinham a mesma classe social que ela e não gostava nem um pouco dela, o que pra ela não fazia nenhuma diferença . Durante o aniversário ela estava sentada à mesa junto com os pais de Ana , sr. Arnaldo e Lucila quando o sr. Rodolfo lhe disse com um sorriso.

- Nunca vi duas pessoas tão diferentes e tão parecidas como você e Ana.

- Elas são irmãs de alma Rodolfo - respondeu Arnaldo , ela se lembrava de seus olhos se encherem de lágrimas

- Sim, nós somos - Vê la dia apos dia lutando contra a doença, se esforçando pra acompanhar as brincadeiras do filho de três anos lhe partia o coração, ela manteve aquela fachada otimista e forte durante até dois meses depois da morte dela, quando desmaiara no trabalho e fora levada ao hospital. Estava quase se levantando do leito para ir embora quando um assustado e furioso Guilherme entrara na enfermaria onde mais três mulheres estavam internadas, postura rígida e mãos na cintura ele lhe passara um "senhor" sermão.

- Acabei de conversar com o médico e ele me disse que você está com claros sinais de fatiga, tudo indica que não tem dormido e nem se alimentado de forma adequada. Ja resolvi tudo, vai ficar la em casa até se recuperar. E nem pense em discutir preciso de você por perto para manter os olhos em você.

- Seu marido ? - perguntou uma das enfermeiras que estava no quarto.

- Não , um dos meus melhores amigos - ela percebeu a cara de incredulidade das mulheres ao ver a cena que ele vez - Sim eu sei , deveria discutir com ele, mas não da pra discutir com gente de cabelos vermelhos, você nunca ganha a discussão .

Quando dera por si ja estava fora do hospital , e Guilherme a carregava para um dos quartos e a sentara na cama encostada na cabeceira , ele saira e quando voltou com uma caneca de café nas mãos , ele a viu com o olhar perdido para alem da janela , ele se sentou na beirada da cama e a puxou para um abraço, foi nesse momento que suas barreiras caíram e com ela um infinidade de lágrimas represadas , quando tempo passou com o rosto no ombro dele nunca saberia dizer mas o cansado cobrou sua parcela e ela apenas se lembrava de ser acomodada no travesseiro .

Reencontrando o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora