Meu poema, meu apocalipse

55 8 2
                                    


Sons de Guerra
Gritos de inocentes
Clamor por cessação, dor dos atribulados
Perplexo nexo, complexo eixo

Arte de amar
Trocada pela arte de guerrear
Lobos fingindo, ovelhas caindo
Paz presas em correntes
Fraternidade enterrada

Sussuros de desespero
Lamento na alma o amargo do sumo
Humanidade sem rumo

Civilização Babilonicamente perdida
Dividida entre dimensões do nada
Vou no Desejo, Ignoro o [pecado]
Salário na ponta da espada
Teu bem é meu mal
Teu mal é meu bem

Vou pra Luz
Escuridão também é Luz
Confusa decisão que me conduz
Sangue sacrificado em vão
Teus caminhos cortam o seu Coração

Bandos de errantes
Desviando do certo
Amantes da Criação
Os mentidos da escuridão

O que seguem, o que se passa?
Sei lá, só oiço Gritos de Guerra
De longe vejo a Glória da Vitória

Não há Esperânça
Vi o dizimar da Pandora
Só há injustiça
Só há desforra.
Meu poema, meu apocalipse.

By Vicente Jacinto & António Jaime dos Reis

Sentimentos Das PalavrasOnde histórias criam vida. Descubra agora