Stockholm Syndrome - Harry Styles

Capítulo nove

Já fazem algumas horas que sai do quarto do Harry, mas confesso que parte dos meus pensamentos ficaram lá em busca de respostas.Vê-lo sorrir foi algo diferente, tanto para mim quanto para ele. Suas reações me fizeram chegar a essa conclusão, ele parecia surpreso com o próprio ato. A cada vez que nos aproximávamos mais dúvidas se acumulavam, mais questionamentos surgiam e posso facilmente descrevê-lo como um montante de interrogações.

Por que ele nunca sorri?

Por que ele está sempre zangado?

Por que ele trata mal todas as pessoas em sua volta?

Por que ele me abraçou daquela forma?

Quem é Harry Carter?

Minha cabeça está cheia de enigmas envolvendo esse homem, e para piorar ainda mais essa situação precária não sei o porquê, mas sinto que posso confiar nele. Mesmo sendo tão rude e grosso algo nele me intriga. Vamos lá, ele não pode ser uma pessoa tão ruim assim.

(....)

Pego minha bolsa e desço para o café da manhã onde está apenas o Rick na mesa, algo que não me surpreende já que meus pais nunca estão em casa e quando estão nem olham na cara um do outro. Já faz algum tempo que eles não se suportam mais e isso me afeta em parte, pois por, mas que minha mãe seja uma megera ainda me lembro dos momentos felizes em família. Nossas viagens e comemorações em família, mesmo eu Payneando não sendo tão comunicativa, eles me fizeram ser uma pessoa melhor.

Assim que acabo de tomar o café da manhã pego a bolsa que está sob o sofá da sala e sigo a porta de entrada. Saindo logo em seguida, onde avisto Harry completamente hipnotizado no celular.

Não havia reparado antes, mas ele só veste preto. Parece não ter outra cor de roupa. Hoje como de costume ele vestia uma camisa preta que marcava seus bíceps e calças da mesma cor, justas em suas pernas. Em seu cabelo havia apenas uma bandana também de tom escuro, impedindo com que seus cabelos não ficassem sob o rosto.

– Bom dia Harry! – O cumprimento e tenho o silencio como resposta. – BOM DIA HARRY! – Repito dessa vez gritando.

– Eu ouvi.

Disse ele frio como sempre, não dando nenhuma importância.

– E por que não respondeu? – Questiono enquanto entravamos no carro.

– Porquê não estou afim. E vou logo avisando, não pensa que deixar você brincar de esconde-esconde com a sua mãe se no meu quarto, vai nos tornar amigos. – Ele aumenta o tom e me olha firme criando um nó em minha garganta.

Se Harry possuía um dom, esse definitivamente seria me decepcionar e estragar meu dia, ele faz isso como ninguém.

– Por que você é assim tão estupido?

– Porque eu não tenho saco para patricinha mimada. – Ele cospe as palavras.

– Olha cara, você não sabe nada da minha vida, então cala a boca.

Falo enquanto meus olhos enchem de lagrimas.

– Você não sabe nada da vida garota. Sempre viveu cercada por empregados, luxo e tudo que seria o sonho de qualquer um. – Disse me deixando ainda mais desolada.

– Harry você não faz ideia de cada coisa que passei, de tudo que sofri até eles me adotarem. – Grito deixando lagrimas rolarem pelo meu rosto.

– Eu não... – Desço do carro o deixando pasmo.

– Lili espera! – Ouço-o gritar mais o ignoro, apenas sigo para onde está a Angel, me distanciando dele a cada passo.

(....)