Capítulo dezoito

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Insisto para que meus olhos voltem a fechar-se, não quero acordar e ver que minha vida é um verdadeiro pesadelo, saber que aquele lugar é real e que aflição paira sob minha cabeça. Mas é impossível, aquilo é real infelizmente é bem mais que um sonho ruim, é concreto.

Aqui estou eu sentada com a cabeça entre as pernas, não faço ideia onde estou e muito menos que horas são, a única coisa que sei é que o dia deve ser dezessete de janeiro pois com certeza já faz mais de três dias que estou nesse inferno. Minha cabeça dói muito e a confusão nela criada piora ainda mais minha deplorável situação. Preciso de um banho, preciso comer pois estou faminta e água, preciso de água estou com muita sede. Meu corpo está fraco e posso imaginar o tamanho das olheiras em meu rosto.

Meu Deus com pode, por que isso está acontecendo comigo, será que não já sofri o suficiente. E quando penso que estou realmente bem acontece isso. Mas preciso confessar que no meu inconsciente só há um questionamento, ou melhor, dois:

Por que o Harry está fazendo isso, e o Zayn. Como podem estar envolvidos nessa sujeira?

E como esta minha família, o que será que fizeram com o Luke, a Angel e o Tyler?

Meus olhos marejam quando penso que podem estar mortos ou extremante machucados. Eu admito que sempre tive um pé atrás com o Harry, aquele olhar sempre me causou arrepios e obviamente um mero segurança não se comportava daquela forma.

Mais como ele conseguiu passar ileso por toda aquela seleção do papai, uma vez ouvi que ele estava lá por uma indicação de um amigo, mais não consigo entender como podem indicar um criminoso para tal cargo.

– Vim trazer seu café da manhã. – A voz familiar me desvencilha de meus pensamentos.

– Espera. – Balbucio enquanto vejo o moreno de cabelos pretos ir em direção a porta.

Nos primeiros dias confesso que tudo que menos queria em meio a esse momento tão difícil, era vê-los. Não suportava que Harry ou Zayn chegassem perto de mim. Eles mentiram e me enganaram da forma mais suja e cruel que se possa imaginar. Eu me sentia traída e derrotada. Pois uma das únicas pessoas que realmente confiava não só traiu toda confiança que depositei no mesmo, mas também estava envolvido em toda essa sujeira.

– Olha para mim Zayn. – Chamo sua atenção, noto que sua cabeça está baixa e seu olha fita o chão.

– Desculpa Milly. – Murmurou em um tom quase inaudível.

– Não me chama assim!

Grito e ele me olha envergonhado e seu olhar está fixados em meus hematomas. Ele parecia triste. Desolado.

– Eu não sabia que era você. – Ele continua e o interrompo.

– Como pode dizer isso. Você foi em minha casa e você viu o Harry, se enfrentaram. Você sabia o tempo todo, e aquele acidente com certeza foi intencional. – Dou-me conta.

– Não foi, não fala isso Milly. – Disse Zayn andando até mim.

– Não me toca. – Me encolho como se eu toque me repelisse.

Minhas palavras parecem tê-lo atingido em cheio, pois ele não fala uma só palavra apenas sai do quarto batendo a porta. Debruço-me sob a cama mergulhando a cabeça nos travesseiros que abafam meu choro, mas não a minha dor.

Mesmo que o Zayn estivesse falando a verdade coisa que com certeza não era, mas o Harry ele estava lá o tempo inteiro. Ele sabia quem eu era. Me abri para ele, contei minha história fodida, contei a porra da minha história a o homem que me sequestrou.

Stockholm Syndrome - Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora