Stockholm Syndrome - Harry Styles

Capítulo dezessete

Abri os olhos com dificuldade enquanto levantava a cabeça visualizando o lugar onde estava, o cômodo era pequeno e carente de iluminação, havia duas camas uma mais ou menos dois passos de distância da outra onde me encontrava deitada em uma delas. Uma pequena janela gradeada no alto da parede logo acima de um armário antigo, que ao que parece está trancado já que podia ver o cadeado fechado.

Levanto com ainda mais dificuldade que abri os olhos o que ocasionou uma leve tontura, fazendo com que novamente voltasse a me apoiar na cama. Minha cabeça dói igualmente meu maxilar pelo soco que levei mais cedo. Assim que dou o primeiro passo lembro-me do sonho ou alucinação que meu inconsciente produziu fazendo meu estômago embrulhar e lágrimas intensificarem ainda mais.

– Você tem que ser forte Lili. – Balbucio a mim mesmo quase inauditivel, enquanto limpo as lágrimas de meu rosto e ergo a cabeça levantando-me daquela cama.

Caminho em direção porta em passos mais silenciosos possíveis, giro a maçaneta abrindo-a e eu dou um pequeno pulo para trás, surpresa ao ver que estava destrancada. Não posso evitar receio pelo mesmo motivo. Olho para os corredores e o silêncio é ainda mais assustador que as paredes sujas daquela casa velha, o piso range e a poeira faz-me soltar um espirro que contenho levando a mão ao nariz rapidamente.

Mesmo relutante sigo pelo corredor e o silêncio continua deixando a casa mais assustadora que o normal, por um momento pude até jurar ouvir passos, mas logo chego à conclusão que deveria ser fruto da minha imaginação. Viro à esquerda na quarta porta e visualizando uma enorme sala de jantar que se parece mais um labirinto dos horrores, continuo andando e torcendo para que não aparecesse ninguém em meio às lagrimas incessantes.

Não demora muito para que avistasse uma das várias janelas abertas. – É a minha chance. – Corro sem hesitar, mesmo estando fraca sigo cambaleando. Lá fora chove forte e o frio faz-me arrepiar, mas isso não me impede de seguir em frente, preciso sair daquele inferno, custe o que custar. Por mais suspeito que isso venha parecer.

Apoio-me na cômoda abaixo da janela e dou um impulso para fora, o que me faz cair de cara em uma enorme possa de lama que estava bem debaixo da janela. Levanto rapidamente e retiro toda a lama do meu rosto e roupa enquanto corro o mais rápido que posso, mesmo não sabendo por onde estou indo isso não importa agora. Tudo que preciso é sair desse pesadelo. Sigo em meio àquela floresta fria e escura, cada pequeno barulho dos galhos a chocar-se entre si fazia meu coração palpitar. Sem cessar os passos me distancio acho que pelo menos um quilometro do local onde estava presa, não posso afirmar com precisão devido a escuridão e a chuva extremamente forte que confundia ainda mais meu senso de direção.

Continuo no mesmo ritmo seguindo pela pequena e estreita estrada de terra quando meu coração acelera, ao ver faróis incandescer a completa escuridão noite me fazendo correr rapidamente. Não penso duas vezes quando sigo em direção a pequena estrada em busca de qualquer um que possa me tirar desse inferno. aceno em meio a gritos de socorro quando vejo uma silhueta masculina dentro do carro. De certa forma meu corpo enrijece com um certo receio, mas nada podia ser pior que aquilo, e qualquer ajuda seria bem-vinda naquele momento de terror. Seja ele quem for.

– Me ajuda, por favor! – Suplico quando um homem mais velho para o carro em minha frente. Não conseguia visualizá-lo nitidamente graças a escuridão da noite, o que por sua vez fazia com que os faróis encandeassem minha visão, dificultando qualquer forma de reconhecer alguém.
– Entra! – Ele grita gesticulando dentro do veículo, mesmo relutante não penso duas vezes. Corro para porta do carona e logo adentro o veículo.

– Graças a Deus, você salvou minha vida. – Minha voz sai esganiçada e ofegante graças ao choro.

– Calma querida, me conta o que aconteceu. – O homem tenta me acalmar estendendo uma garrafa com água pela metade.