Você é doido...

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Uma semana depois de ter conhecido os pais de Daniel, passei a ir lá com frequência, passar o tempo com eles já que meus pais estavam trabalhando, eles por outro lado, como tinham empresa própria, entraram de férias cedo, mas não deixam de trabalhar em casa. Nestes ultinos dias, marcamos de ir para um chalé em seattle, perto de um lago, eu não achei uma má idéia, nem Daniel, eu só tinha que falar com meus pais, iríamos depois do natal, faltava apenas dois dias.

Desci as escada com roupas de dormir e um par de pantufas amarelas no meu pé. Eu abri várias vezes a boca para dizer a eles sobre a viagem durante o jantar, mas nada saia, eles perceberam, me fitaram por algum momento...
- Diz logo o que tem pra falar Camilly!- disse meu pai de saco cheio.

Eu os olhei meia incerra se falaria ou não, se eu não falar, não saberia se eles topariam ir ou não...
- Então...- comecei a falar...
- Sem dar voltas.- bufou meu pai me interrompendo. Dei uma longa respirada e...
- Os pais de Daniel nos convidou para passar as férias com eles em seattle!- soltei o ar de alívio por te falado logo.

Respirei várias vezes ante de voltar a encarar meus pais. Olhei primeiro minha mãe, que estava de boca aberta, em seguida meu pai, que me olhava com uma sobrancelha erguida, isso não era bom... Era?
- Nem os conhecemos querida!- disse minha mãe cortando o silêncio ensurdecedor entre nós.
- É.. E também vamos trabalhar até o natal querida!- falou meu pai.
- Mas é depois do natal...- Olhei triste para eles- e também se conhecer não é o problema aqui!- insisti.

Os dois se olharam por alguns segundos, até parece que estão lendo a mente um do outro. Por fim, deram de ombro.
- Daremos a resposta amanhã.- avisou minha mãe, e meu pai concordou com um aceno de cabeça.
- Ok!

Eles não confirmaram, mas era um progresso, eu vou conseguir um sim deles antes dos três dias. Subi para o banheiro do meu quarto para escovar os dentes, e depois avisar Daniel no Facebook...

Bate-papo.
Dan: será mesmo que vão ir, ou pelo menos deixar você ir com agente?
Senti uma tristeza no que escreveu
Mily: talvez sim... Talvez não!
Dan: meus pais já até compraram as nossa passagem aqui, seria chato eu não ir...
Mily: eu sei :(
Dan: posso ir aí conversar com eles :/
Mily: eu vou tentar primeiro.
Dan: tudo bem!
Dan: minha mãe está mandando um beijo :* :D
Mily: manda outro pra ela. :* :'D
Dan: e pra mim...? U.U
Mily: pra você, tem que ser pessoalmente n.n
Dan: meus lábios até formigaram...
Mily: kkk quer dar uma passadinha aqui?
Provoquei, mas sei que não iria vir, afinal, meus pais estão dormindo.
Dan: calma ae!
Offline.
Fim de papo.

Nossa, me deixou falando, nunca me deixou falando sozinha... Olhei furiosa para a tela do computador, o que será que foi fazer que teve que desligar o Facebook, nunca foi disso. Minutos se passaram, nada dele entrar... Será que... Não! Não pense besteiras, ele só foi ali e já volta... Não é? Fiquei meia incerta. Mais minutos se passaram, ouvi um barulo de moto em frente à minha casa meio silênciosa. Meu coração foi à mil, corri para a janela... Daniel, sim era ele vindo em minha direção fazendo gestão para que eu descesse. Não pensei duas vezes... Quer dizer eu nem pensei só agi.

Desci de fininho nas escada para não acordar meus pais que estava dormindo em seus quarto. Abri a porta para ele entrar. Daniel entrou me agarrando e me beijando... Isso que era sentir saudades.
-calma...- disse entre seus lábios tentando me separar dele.
- Eu não aguentei.- sussurrou ele para mim, ainda agarrado em mim. Tive que fechar a porta com esse carrapatão grudado em mim...

Subimos para o meu quarto de fininho, sem fazer nenhum barulho. Fechei a porta atrás de mim com meu sangue fervendo de tanta adrenalina, se meus pais o pegasse aqui, me colocaria de castigo na hora, por uma semana sem ver Daniel, não iríamos para seattle com meus sogros... O que seria trágico.
- Se meus pais te pegam aqui...- me aproximei dele passando meus braços em seu pescoço.
- Não vão!- mordeu meus lábios e apoiou suas mãos em minha cintura.
- Você é louco.- sorri.
- Sou sim- me abraçou- por você!- sorriu.

Nossos lábios entraram em sincronia um com o outro em direções opostas, seguidas vezes.
- Eu quero muito que você vá com agente... Comigo!- Sussurou depois de terminar nossos beijos com uma chupada em meus lábios.
- Eu quero muito ir.- sussurrei para ele devolta.
- posso pedir para os meus pais vir conversar com eles amanhã...
- Não, eu posso fazer isso- me larguei dele para me sentar na minha cama- é só questão de tempo.- cruzei minhas pernas encima da cama.
- Ok!- sentou do meu lado com uma perna dobrada encima da minha cama virado para mim.

Trocamos olhares por vários minutos, os dele, em vezes de falar, estavam gritando silenciosamente, Daniel já não conseguia mais esconder seus desejos eróticos por mim, estava estampado em seu rosto. Eu estou apenas torturando ele, já estamos juntos um mês e uma semana, e ele está sem sexo todo esse tempo. As vezes ele me evitava quando sabia que não irá se controlar. Tenho meio que pena dele por isso...
- Seu aniversário é amanhã não é?- perguntei.
- Como sabe?- me olhou com uma sobrancelha erguida.
- Ficha escolar...- menti, mordi meus lábios segurando meu riso ao ver a cara de espanto de Daniel.- estou brincando, foi Ana quem falou.
- que susto!- colocou a mão no coração- achei que estava namorando com uma indelinquente.- riu.
- Xiii! Meus pais estão dormindo!- falei colocando minha mãe em sua boca.
- Melhor eu ir!- me deu um selinho assim que tirei minha mão de sua boca.
- Ok, te levo lá embaixo.

No dia seguinte, desci toda feliz por Daniel ter vindo me ver durante a noite. O sorriso não deixava meu rosto, venha tempestade que vier, nada é nem ninguém tiraria este sorriso.
- Acordou de bom humor hoje querida!- disse minha mãe assim que me sentei na mesa para tomar café com ela e meu pai.
- Viu o passarinho verde?- perguntou meu pai.
-Não!- respondi pegando pão no cesto cheio de pães franceses.- pensaram...?
- Sobre?- perguntou meu pai dando um de desentendido.
- A viagem nas férias- revirei os olhos e bufei.
- Agente vai!- respondeu minha mãe.

Eu pulei na cadeira dando gritinhos de felicidade e batendo palmas aprovando a decisão deles. Meus pais deram risada da minha reação, mas eu não liguei, eu precisava falar com Daniel. Quando me levantei para subir as escadas, fui parada por meu pai...
- O café primeiro.- me adverteu, não posso retrucar.
- Ok!- voltei para a cadeira e tomei meu café da manhã ansiosa para falar com Daniel

De Repende VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora