18. Quem é aquele menino?

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O que me lembro de ter acontecido logo em seguida fora estranho, diferente de tudo que já li ou assisti em toda minha vida e além do mais nunca havia presenciado momentos tão cheios de desespero.
A curiosidade me levou longe desta vez, longe de qualquer coisa que eu pudesse imaginar, além da minha imaginação.
Jonathan se aproximou bastante de mim e já imaginava a hora de meu coração desistir de bater enlouquecido repentinamente, mas por sorte não foi isso que aconteceu.
É difícil de pensar a respeito, parece loucura, mas foi o que aconteceu, se imaginar bem até que faz sentido, não, literalmente não faz sentido, mas espero entender um dia.
  O belo garoto, Jonathan, não parecia ter algum corte visível, então fiquei contente pelo sangue que provei antes de segui-los provavelmente não ser dele, se fosse estaria espantada, de quem poderia ser as duas poças de sangue?
  Quando Jonathan se aproximava, olhou fixamente em meus olhos, me perguntava se ele sempre fazia isso antes de beijar alguém, mas ele não parecia ter esta intenção.
  Seus olhos ficaram convidativos, pareciam observadores, de repente suas pupilas se dilataram sem motivo aparente eu estava surtando por dentro, porque quem é que consegue dilatar as pupilas por completo daquela maneira tão inesperada do nada?
  Ele começou a falar, movimentando habilidosamente aqueles lábios rosados não percebi o que dizia, apenas me desliguei de mim mesma e quando me dei conta de que não estava entendendo nada que acontecia, vi o mundo de outro ângulo, como se tivesse saído de meu próprio corpo, eu continuava lá, podia ver-me, mas não enxergava tudo naquele ângulo de onde estava antes, meu corpo permanecia paralisado enquanto Jonathan parecia me dar ordens, eu podia me movimentar, mas eu não era eu mesma, mas era sim ao mesmo tempo, é como se eu fosse o poste de luz do meu lado esquerdo que iluminava toda a rua esplendorosamente com sua luz ofuscante.
  Eu era o poste de luz e eu ao mesmo tempo, eu conseguiria movimentar meu corpo verdadeiro ao meu lado, mas era como se algo me puxasse me impedindo toda vez que fazia bastante esforço para movimentar-me, eu certamente estava paralisada, não tinham capacidade de mover um músculo sequer, eu sentia como se alguém tivesse me ordenado a não me mover e era como se o que ele desejasse simplesmente acontecesse e eu sabia quem ordenara isso, porque afinal eu estava lá, eu e uma outra eu, o próprio poste, que de certa forma também era eu, pois eu via tudo no ângulo da matéria obsoleta, como se minha essência passasse para alguma matéria sem vida.
  Eu sabia quem estava me controlando.
  E esse alguém era o próprio Jonathan que dava-me diversas ordens e era como se eu não conseguisse descumpri-las enquanto estivesse presa por estar sendo um poste de luz, talvez eu não conseguisse desobedece-lo como se ele me comandasse.
  Acho que eu precisaria achar alguma maneira de sair do poste de luz e tomar só meu corpo original de volta e rápido, no entanto como eu poderia fazê-lo?

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E aí galera!!! Gostando da história?
  Annie está perdida, como ela poderia sair dessa???
:()

Vermelho Cor de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora