08 | Apologies.

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Há tantas pessoas aqui.
Ouso dizer que, a coisa que mais odeio de tudo isso são as sessões de fotos. As luzes, os flashs, os barulhos, as roupas, eu sendo o centro das atenções, todos olhando para mim. E, principalmente, a droga do photoshop. Me faz ser que não sou. Odeio isso.

Depois de mais de quarenta fotos, o vestido cinza que me deram para usar sem sutiã começa a pinicar.

Vejo Luke entrando no estúdio e parando ao lado do fotógrafo. O que faz aqui?
Ele para de braços cruzados enquanto olha para mim. Eu tenho quase certeza de que estou muito vermelha, parecendo que tenho excesso de blush.


"Ela é boa." Luke diz baixo ao fotógrafo, mas ouço um pouco e leio seus lábios.


"Ela é linda." O homem responde alto, enquanto foca em mim.


Luke diz algo a ele que não consigo saber. O homem responde baixo dessa vez e Luke revida, um pouco estressado.



(...)



Meia hora depois, chegamos, finalmente ao fim. Me alegro pelo mesmo. O fotógrafo insiste para que eu fique e veja as fotos, mas recuso.


"Vamos, America?" Mary grita entrando no camarim onde me troco.


"Não, eu a levo." Luke diz, entrando.


Caralho, eu estou de roupas íntimas.


"Batam par ou ímpar lá fora e deixem-me eu trocar em paz." Digo, pegando o vestido amarelo e tirando-o do cabide. Visto.


"Feche aqui." Peço a qualquer um dos dois.


Mary está vidrada no celular, então, sinto os dedos gelados de meu marido na minha pele quente. Me arrepio. Olho em seus profundos olhos azuis e desvio o olhar em seguida.


"Pronto. Vamos." Ele diz seriamente, encostando na parede.


"Vá com ele, porque é menos trabalho para mim." Ela diz e dá um breve sorriso. Ela acena e para na porta. "Amanhã podem ir para casa, ok?" Ela avisa. Eu tenho um ódio daquele celular.


"Sim." Digo calçando as minhas sapatilhas pretas. "Até mais." Digo, mas ela já havia saído.


"As... as fotos ficaram legais." Luke diz, se enrolando com as palavras. É inevitável não rir.


Pego meu telefone sobre a mesa e minha bolsa preta ao lado. Ponho-o dentro dela e sorrio para ele.

Ele fica bem de cabelos bagunçados.


"Obrigada." Olho em seus olhos. "Por que veio?" Pergunto-lhe, confusa, ajeitando meus cabelos.


"Minha mãe me obrigou." Ambos rimos. "É, ela notou que estávamos brigados e disse que se eu não viesse, poderia dar adeus a mãe que tinha." Sorri imaginado o mesmo. "Sabe que não devemos subestimá-la." Ele pisca.


"É, tem razão." Suspiro. "Deveríamos atuar melhor."


"Não precisa fingir gostar dos meus pais." Ele diz, certamente, triste por ter que enganá-los


"Não finjo, Luke." Junto as sobrancelhas. "Eu realmente gosto deles." Mexo em minhas mãos. "Não preciso fingir isso."


"Ah, sim. Eu não sabia." Ele põe as mãos no bolso. "Vamos?" Assinto caminhando até ele.



(...)



"Sabe..." ele começa, olhando para a estrada. "Eu meio que te devo um pedido de desculpas." Ele diz com dificuldade aparente.


"Qual a pegadinha?" Pergunto, cruzando os braços e o olhando, esperando ele me dizer qual a dele.


"O quê? Só estou pedindo desculpas por ter sido idiota." Ele afirma. "E você também foi."


E lá vamos nós...


"Luke, eu tenho medo daquilo. Sabe bem. Achou que eu ficaria ali por mais que dez minutos? Não sabe o que é ter medo?" Atiro, esperando uma resposta normal de um medo dele.


"Não tenho medo de nada." Ele se gaba. Reviro os olhos e bufo.


"É claro, senhor super-herói." Debocho. "Tenho certeza que você tem uma kriptonita. Todo mundo tem." Digo a rir.


"Eu não sou todo mundo, então, eu não tenho medos e nem uma kriptonita." Ele revira os olhos.


"Impossível, Luke."


"Não, não é. Não preciso temer a altura se a vista de lá é melhor. Não preciso ter medo de qualquer animal, pois eles são da sua maneira, sua natureza. Não preciso ter medo de escuro se é só a simples ausência de luz, nada mais." Ele responde assim que para em frente da casa de Liz.


"Mas isso é louco." Digo a rir.


"Não é." Ele se junta a mim.


Luke abre a porta e espera eu entrar. Ele fecha a porta atrás e chamava por sua mãe, mas ninguém respondeu.


"Ela não deve estar em casa." Digo e ele.


"Provavelmente." Ele responde coçando a nuca. "O que quer fazer?" Ele segue para a cozinha.


"Não sei, mas eu estou morta de fome." Falo levando as mãos a barriga a fazendo uma cara dramática.


"Bem, quer fazer uma pizza? Seria um ótimo almoço." Ele propõe, se inclinando sobre o balcão. Ele arqueia as sobrancelhas e abre um sorriso malicioso, que me faz chorar de rir.


"Eu não posso comer essas coisas." digo frustada e soltando um longo suspiro.


"Por quê?"


Me sento em uma cadeira e ele se senta no balcão, na parte à minha frente.


"Mary quer que eu mantenha a forma." Faço uma cara feia. "Ela disse 'que gorda não dá'". Reviro os olhos.


"Qual o problema em ser acima do peso considerado ideal?" Ele pergunta com firmeza.


"Eu não vejo nenhum, mas ela diz que serei julgada pelo mundo se eu engordar."


"Oh, e já não é?" Ele abre um sorriso.


"Sou, mas seria tudo... pior?" Apoio os cotovelos em minhas pernas e minha cabeça sobre minhas mãos, e o encaro.


"É, mas quem se importa, Amme?" Ele pergunta com sinceridade na voz. "São só quilos, só defeitos, só críticas. Nós somos o que somos e não adianta tentar evitar. Não morrerá por conta de críticas." Ele dá uma piscada para mim e eu sorrio e ele faz o mesmo.


"Obrigada." Me levanto.


"Então, o que acha da pizza, Sra. Hemmings?" Reviro os olhos e caminho até ele dando um soco leve em seu braço. Ambos rimos.


"Sim, mas deixe-me trocar de roupa. Você arruma todo isso aí." Ordeno e ele apenas ri e vai fazê-lo.


Visto uma calça legging e um top preto. Retiro toda a maquiagem, calço meias e prendo meus fios louros em um rabo de cavalo.






Nossa, Sr. Hemmings, logo você, O destemido e O orgulhoso, pedindo perdão à Sra. Hemmings? Que surpresa

Achei esse capítulo fofo.

QUASE 700 LEITURAAAAAAAAS, TÔ TENDO UM SURTOOOOO, GENTE !!!

Obrigada

I love all you, baes

Faking | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora