14 | New house.

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"Ele te disse que era aqui?" Pergunto ao Luke, assim que nós entramos em uma rua.

"Sim, America, ele disse." Ele suspira, sem paciência.

"Eu espero que eles não tenham exagerado quanto a casa. Não gosto de coisas extravagantes." Digo, roendo as unhas. Ou tentando, ao menos.

"Eu também." Ele concorda, olhado para a estrada.

"Já chegamos?" Pergunto novamente.

"America, eu não sei se notou, mas nos últimos cinco minutos, você me perguntou este mesmo caralho vinte vezes... literalmente." Ele diz, soltando outro suspiro impaciente. "Está me irritando."

"Eu só queria saber se chegamos." Levanto as mãos em sinal de rendimento.

"Nem notei..." ele ironiza.

"Você é tão chato." Digo e ele ri.

Sinto meu celular vibrar no meu colo. Pego-o e vejo uma ligação de Tessa. Atendo-a.

"Alô?" Digo.

"Amme, a May terminou com o Tyler." Ela me avisa. Tyler é o namo... ex-namorado de May. Eles namoraram por três anos. Se conhecerem há tanto tempo, e até planejavam se casar este ano. Que pena.

"O quê? Por quê?" Pergunto, abismada.

"Eu não sei. Acho que eles brigaram e ela disse que ficariam melhor um sem o outro." Tessa lamenta.

"Onde ela está?" Pergunto.

"Acho que ela havia ido para Amsterdã, com ele. Mas ela me ligou e disse que está voltando." Tessa me informa. Sua preocupação é notável.

"Meu Deus! Eu irei ligar para ela, ok?" Aviso.

"Ok. Espero que ela fique bem. Eu já liguei para a Amber, está bem?" Ela me informa.

"Sim, tudo bem. Até mais." Suspiro e desligo.

"O que houve?" Luke me pergunta, parando o carro. Eu estou digitando apressadamente o número de May em meu telefone. Ela deve estar tão arrasada. Eu não sei, esse negócio de "dor do amor" nunca ocorreu comigo.

"May terminou com o Tyler." Digo, soltando um suspiro quando cai na caixa postal.

"Oh, sério? Eles não iriam se casar?" Ele pergunta, desviando seu olhar para mim.

"Sim, esse ano."

"Bem, um amor verdadeiro não deve ser desperdiçado. Daqui a pouco, eles devem voltar. É bem aparente que eles se amam de verdade." Luke põe a mão em meu ombro.

"Tem razão. Mas ela deve estar acabada, não é? Digo, quando você tem seu coração partido, deve doer, não deve?" O encaro. Não foi uma pergunta retórica, mas ele só percebe isso alguns segundos depois.

"Sim, dói bastante." Ele diz. Talvez esteja falando por experiência própria, ou não. "Nunca teve seu coração partido?" Ele me pergunta, em singela duvida.

"Não." Digo vitoriosa.

"Você tem sorte." Ele ri. "Mas daqui a um tempo, alguém irá partir seu coração." Ele me alerta, seriamente.

"Bem, você não será." Digo, abrindo a porta do carro.

"Eu sei. É ruim partir corações, mas não tão ruim quanto ter o seu partido." Ele pisca e abre a porta também.

"Oh, sim. Eu já parti corações. É uma sensação horrível. Me sentia um monstro." Digo, me lembrando do colégio, onde os meninos sempre gostavam de mim, mas eu nunca gostava de ninguém. "Mas também, que resiste a America Young Williams, não é mesmo?" Brinco e pisco.

Faking | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora