22 | Jealous.

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"Amanhã é seu aniversário..." Luke começa. "O que quer de presente?" Ele questiona, passando a mão em seus fios dourados.


Quando chegamos em casa, a primeira coisa que fiz foi vir para o jardim. Ainda não havia vindo aqui desde que chegamos à esta casa, porém, obtive uma bela vista da janela do meu quarto. Pude notar que haviam muitas flores coloridas, algumas árvores e um balanço balanço em uma delas. O mais legal é que, pelo fato desta casa ser a mais alta, tenho uma visibilidade boa da cidade ilumidada por conta do pôr do sol e um céu lilás cá e me sentei no balanço. Luke me seguiu e ficou na parte de trás, empurrando-me para frente.


"Cante para mim." Digo, arrumando meu cabelo.


"O quê?" Ele questiona, claramente em dúvida.


"É isso que eu quero de aniversário." Digo, avaliando cada detalhe da vista esplendida à minha frente.


"Que eu cante para você?" Ele diz, com seu ego quase a tomá-lo. Tenho certeza que está sorrindo, porque é típico dele.


"Sim." Respondo simplesmente. Minha voz sai mais patética e frágil que o normal.


"Mesmo?" Ele ri.

"Sim, Luke." Reviro os olhos, balcançando a cabeça devido à impaciência. Queria estar de frente para ele, mas ficaria envergonhada de ver seu belo rosto.


"Qual música?" Ele pergunta, empurrando-me mais alto.


"Não sei. Pode escolher, se quiser. Eu só quero ouvi-lo cantar. Gosto da sua voz." Fecho meus olhos, já a sua espera para encher meus ouvidos com melodias harmoniosas que tanto amo.


"Eu não sei o que cantar." Ele diz. Sua voz está embargada, ironicamente.


"Podemos dar uma volta, então?" Questiono, me levantando e virando meu corpo para ele.


"Quer que eu chame as meninas? Posso ficar longe por um tempo, se quiser. Eu não quero ser um bobão." Ele indaga, levando suas maos ao meu quadril. Rio de sua cara de pateta e balanço a cabeça.


Luke sempre foi bonito e legal assim?


"Quero ficar com você. Acho que se eu ficar sozinha, não será bom. Se ei ficar sozinha, não será bom; se eu ficar com as meninas, elas ficarão fazendo perguntas demais." Informo, com calma. Luke só assente até eu prosseguir: "Mas você está sendo um bobão compreensivo e amável durante algum tempo. Acho que se você realmente fosse assim a todo tempo, nosso casamento seria rel, porque eu teria me apaixonando por você de verdade." Digo, com sinceridade, deitando minha cabeça em seu ombro.


"Quem te garante que eu te amaria?" Ele brinca.


"A vida dá dessas." Dou-lhe um sorriso fraco quando olho para o seu rosto. "Você pode me beijar? Eu realmente quero esquecer o que está ocorrendo." Suspiro, sem crer no que acabara de dizer. "Mas se não quiser, eu..." sou interrompida por seus lábios rosados sedentos quando ele os cola nos meus.


Luke sempre beijara bem, e sempre com vontade. E eu sempre ansiava por quando fosse preciso que o jovem louro me beijasse, porque sempre fora a melhor distração que eu ja tive. Luke, por mais babaca que sempre tivera sido, sabia bem das coisas e nunca me queixei disso.

As pequenas pausas para respirar eram insuportáveis, porque eu queria mais, mas ele também queria, então elas não duvaram em demasia... elas não duravam nem cerca de 3 segundos, na verdade.


"Sra. Young?" Ouço a voz irritante da filha da empregada, a qual esqueci seu nome, gritar-me. Me afasto de Luke e a entreolho.


"Sim?" Pergunto, quando Luke puxa minha mão e a segura com força, fazendo o desconforto e a dor se dissolverem.


"Tem uma mulher no telefone." Ela comenta, com um sorriso presunçoso e cínico em seu rosto jovem.


Piranha.


América! Você não tem o direito de pensar assim das pessoas. Meu Deus, o que está acontecendo com você? Você não pode e não deve fazer isso. Nunca fez isso antes e deveria prosseguir assim.


"Diga que estou morta." Respondo, com desdem, tanto quanto à ligação, quanto à garota.


"Diga que ela está ocupada." Luke diz, com um sorriso simpático em seu rosto.


De onde essa merda de sorriso surgiu? Ele não sorri assim para ninguém. Ele é um idiota egocêntrico com alterações de humor e personalidade, ainda mais perto de mim.


"Ok." Ela assente, mandando um sorriso malicioso para o meu marido.


"Pare de dar encima da vadiazinha mirim na minha frente." Resmungo quando a garota some. Dou um murro no peito do Luke e volto para o balanço para me sentar.


"Não fale assim dela, ciumenta." Luke ri enquanto zomba de mim.


"Como se houvesse alguma mentira no que disse." Reviro os olhos, mas ele não os pode ver.


"Sim, há. Não é de acusar as pessoas de vadias ou algo do tipo. Será que Amme Young Williams Hemmings está mostrando seu verdadeiro 'eu'?" Ele volta a zoar, com uma voz de locutor ridícula.


"Vai se foder." Resmungo, tentando empurrar-me no balanço novamente.


"Tá, agora é você." Sinto as mãos dele em meus cabelos louros.


"Ha ha!" Finjo uma risada, com sarcasmo.


"Posso te fazer uma proposta irrecusável?" Ele questiona. Luke volta a empurrar-me no balanço, mas devagar.


"Sim, eu quero sorvete." Indago.


"Vamos assistir alguma série?" Ele diz, com uma voz hilária. Viro meu rosto para ele, arregalo os olhos e assinto frenticamente, com um grande sorriso no rosto.













"Oh, Deus, ela é doida?" Grito quando a mulher passa pela porta perguntando: 'tem alguém aí?'



Não queria começar uma série agora, visto que tenho uma pilha incontável para terminar, mas custa-me a prosseguir com a quantidade de nadas que tem estado a me deixar ocupada durante esse tempo. Por isso, eu e Luke decidimos assistis a algum filme de terror idiota. Bem, não tão idiota.


"É um filme. As pessoas são doidas." Luke comenta rindo da minha expressão de desespero.


"Tá, mas filmes devem ser uma cópia da vida real, não? Que idiota iria atrás de um barulho quando sabe que têm espiritos em sua casa? Isso é suicídio, Hemmings!" Grito, incoformada.


"É só um filme." Ele afaga a coberta e ri da minha cara.


A mulher é puxada por um "nada" enquanto grita. Mas que merda? Tecnicamente, ela quem pediu por isso. Eu já teria fugido dali há tempos, cara.


"Caralho, Luke." Pulo, sem querer, para o seu assim o rosto horroroso da entidade aparece na tela gigantesca.


"Se viu no espelho?" Ele brinca, apertando minha cintura na área em que sinto cócegas.


"Nossa, que engraçado." Reviro os olhos e volto para o meu lugar. "Nunca mais assisto um filme de terror, cara." Eu digo, me chegando para ele. Eu estou me cagando.


"Quer ver o quê? 'Marley & Eu'" ele debocha a rir dos meus sustos.


"Bem, não fui a única que chorei nesse." Confesso com sarcasmo. "Os olhinhos azuis do Hemmo estavam raidos de sangue." Faço uma voz direcionada à crianças e animais enquanto digo e aperto as bochechas do Luke.


"Ele era um cachorro. Por que as crianças não morreram? O cachorro é sempre mais importante, já crianças, mais irritantes." Ele diz, de forma irritante. Luke nunca teve paciência para crianças.


"Idiota." O empurro.


(...)


"Puta que me pariu!" Berro e a vasilha de pipoca cai no chão. "Qual o seu problema, sua acéfala?" Eu arregalo os olhos quando a mulher volta pra casa e a entidade tenta matá-la.


"Calma, doida." Luke ri.


"Como? Ela é retardada, Luke. Eu estaria longe desse lugar." Eu digo, voltando a deitar minha cabeça em seu braço.


"America, isso não é real." Ele diz, balançando a cabeça. Bocejo e continuo prestando atenção no filme. O quê? Por que ela está com uma faca na mão? É um espírito, não tem matéria.


"Ela é burra ou se faz? Espiritos são corpo, não tem matéria. Não ocupa lugar no espaço. É uma lei da física, Luke. Eu desisto desse filme." Desligo a tv e viro meu corpo de frente para Luke no sofá.


Ele está deitado e eu na sua frente, com a cabeça apoiada em seu braço. Antes, eu estava encolhida e virada para a tv, como ele, mas agora estou virada para os olhos azuis.


"É uma pena que esteja casada com esse babaca, porque você é tão inteligente, que deveria estar com um médico, um juiz... sei lá, algo do tipo." Ele comenta, fazendo-me sorrir.


"Nada disso se compara à um cantor de banda com um gosto musical excelente, assim como o gosto para calças apertadas..." Brinco. Na verdade, é verídico. "Sem contar que juízes e médicos não podem ter um piercing nos lábios ." Sorrio.


"Mas se tivesse, me trocaria." Ele comenta, também com um sorriso. "Desculpa por isso. Você merece melhor." Ele diz, mas em um tom sério. Luke beija minha testa com calma enquanto brinca com minha blusa de lã feita por mim que ele julga ser horrorosa.


"Algumas pessoas possuem o que merece. Eu sempre acreditei ser uma delas." Asseguro, levando meus dedos aos seus lábios rosados.


"Eu tenho mais que mereço, mesmo que não seja real. Você é muito bonita, inteligente e talentosa para mim. Eu sou o bobo da corte de uma rainha?" Ambos rimos.


"Você também é tudo isso." Indago, mexendo em seus lábios.


"E ainda é gentil... pena que é mentiro..." ele para. "Desculpa.


"Oh, Luke, não disse nada de errado." Rio.


"Vamos dormir antes que eu fale mais alguma merda." Ele me puxa para si e cola seus lábios nos meus.


Ótima maneira de terminar a noite.

Faking | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora