29 | Fire pit.

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Todo o pessoal chega e eu fico feliz por todos terem vindo.
Tessa se senta ao lado de May com as pernas esticadas. Pego os sacos de marshmallow e as latas de refrigerante junto as garrafas de cerveja com a ajuda de Ash, que ri comigo sobre coisas idiotas. Ele quem me ajudou a escolher o nome da pequena gatinha que ele me deu - que se tornou a melhor amiga de Max. Demos o nome de Mia, já que ela mia bastante, mesmo sendo um doce.


"Mas é sério, ela nunca mais olhou na minha cara." Ash ri, me ajudando a pôr as coisas sobre a mesa.


"Bem, depois de você ter dito que não gosta de Harry Potter e que pensou que o Dobby fosse o Harry, até eu! Isso é blasfêmia, Ashton Fletcher Irwin!" Brinco.


"Mas depois disso, eu assisti todos os filmes e até tentei ler os livros. Consegui até o sexto." Ele ri. "Depois achei meio chato. Acho que a morte do Dobby mexeu comigo."


"Com você e com o mundo. Nunca fiquei tão triste." Inclino a cabeça para o lado.


"Oh, Deus." Ele ri.


"Ei, Amme." Ouço a voz de Luke, então me viro.


"Sim?" Sorrio. "Ash, pode acender a fogueira?" Pergunto. Ele só assente e se afasta.


"O que está havendo?"


"Onde estão os violões?" Pergunto.


"Estão lá em cima, onde costumam estar." Ele usa um bom óbvio. "O que está havendo?"


"Uma fogueira, bobinho." Rio. "Vai ser legal ter todo mundo junto. Vai te animar."


"Não acho que seja necessário." Ele revira os olhos.


"Eu acho." Sorrio. "Vamos lá, Luke. Eu sou sua esposa, um dos meus deveres primordiais é te ajudar a ficar bem."


"Não precisa sentir pena de mim, America." Ele bufa.


"Eu não sinto." Inclino minha cabeça para o lado. "Eu até gosto de você e não quero te ver triste. Eu quero te ver bem, Luke. Por favor, deixe-me tentar." Imploro.


Luke permanece em silêncio por alguns minutos e parece ser convencido, revirando os olhos e assentindo.


"Só não conte para ninguém o que eu te disse, tudo bem?"


"Sem problemas." Inclino-me para poder beijar seu rosto. "Eu volto já."



(...)



Michael segura o violão e inicia uma canção que eu, incialmente, não sei qual é. Mas depois de um tempo, entendo que é uma música do Green Day. Eles amam Green Day. Luke é completamente apaixonado e eu já me acostumei a ouvir o dia todo seu som alto.

Quando a música termina, resolvo cantar uma das minhas favoritas do Sounds Good Feels Good: The Girl Who Cried Wolf.


Luke olha para mim através do fogo. Ele parece prestar muita atenção no meu rosto enquanto eu canto e eu não consigo tirar os olhos dele. Isso é estranho.


"You say you wanna, but do you wanna run away?
Your great escape, oh yeah
Where you going? Always running
Find a way to call it quits again." Canto calmamente, tocando o violão.


"So look at me in the eye
Is anyone there at all
Is anyone there at all
Cause I'm not dreaming
So look at me in the eye
Is anyone there at all
Is anyone there at all
Cause I'm not leaving." A voz de Luke se junta à minha e cantamos o refrão da música olhando um para o outro.


Suspiro quando termino e May inicia outra música. Mas eu não consigo não olhar para Luke. As chamas refletidas em seus olhos azuis, clareando seu rosto pálido e magro. Ele é lindo.
Sorrio para ele. Um sorriso compreensivo para que ele se sinta mais confortável. Já faz semanas que nos casamos e parece que agora nos odiamos menos. Eu gosto de ter uma boa convivência com ele e eu gosto de vê-lo bem. Acho que nunca havia me importado antes, mas agora eu me importo. Eu realmente me importo.
Depois de um tempo olhando pra mim, Luke se levanta e vai para dentro. Tessa demora dois minutos para fazer o mesmo e eu sei que ela vai atrás dele. Só não sei por quê.

Quando já é tarde da noite e Tessa, que estava em um longa e estranha conversa com Luke na cozinha, se vai, vou para fora para pegar os copos de plástico, talheres e gravetos largados.
Luke estava disperso e enquanto todos estavam lá fora cantando e conversando, Luke estava lá dentro com a Tessa. Não que eu me importe, mas eu organizei tudo isso querendo que ele interagisse, conversasse, ficasse feliz. Mas acho que ele estava. Eles dois estava rindo bastanta e conversaram por quase uma hora. Dava para ver pela janela da cozinha que é de frente para o quintal. Eu queria ter conseguido deixá-lo melhor, mais feliz. Só isso. Estou decepcionada comigo por não conseguir nem fazer isso.
Luke a levou até seu carro e eu só vim para o lado de fora limpar tudo, já que dispensei a Rose para o dia. A casa estava arrumada e ela não tinha o que fazer. Não vejo problemas no fato dela ir para a casa e descansar. Eu posso arrumar isso sozinha. Não tem tanta coisa assim.


"Amme." A voz familiar de Luke chama meu nome e eu me viro após jogar alguns copo no saco preto que seguro.


"Sim?" Digo simplesmente.


"Bela calcinha branca." Ele diz com um sorriso sacana em seu rosto. Puxo minha calça de algodão para cima. É claro que ela desceu enquanto eu me abaixava e mostrou minha calcinha.


"Foi presente de casamento." Ironizo, abaixando para pegar mais copos.


"Obrigado." Ele diz, encostando seu corpo no portal.


"Não fiz nada. Você meio que ainda parece triste." Dou os ombros.


"Você tentou. Isso é o suficiente." Luke sorri. Ele tem um lindo sorriso.


"Não para mim. Acho que a Tessa te faz bem. Sabe, você parecia divertido em conversar com ela." Dou os ombros novamente, virando-me de costas.


"É, ela é boa de conversa. Quase tão boa quanto Ahston." Ele revira os olhos.


"É, pelo menos alguém consegue te fazer bem." Suspiro, catando os talheres e gravetos.


"É." Ele diz simplesmente. "Quer ajuda?" Ele diz. Ele está estranho.


"Não precisa. Acho que você está cansado. Eu... eu posso arrumar isso." Digo, sem olhar pra ele.


"Você está brava comigo?" Ele está chegando perto.


"Não. Por que estaria?" Solto uma risada.


"Olha pra mim." Ele pede e eu endireito minha postura, virando-me em sua direção. Ele está há dois passos de mim.


"O que foi?" Rio, pondo minha mão na cintura.


"Desculpa se eu não fiquei aqui fora. Eu sei que você organizou tudo isso pra me deixar bem e tentar me animar." Ele se aproxima mais. Estou com calor por estar perto da fogueira.


"Está tudo bem. Meu objetivo era te ver sorrir e mais pra cima. Ela conseguiu fazer isso, então..." Torço a boca. "Você pode ir descansar, sério. Termino isso em alguns minutos." Afirmo e sorrio.


"Eu te ajudo." Ele tenta dizer.


"Não, eu prefiro fazer sozinha." Fico na ponta dos pés e beijo sua bochecha. "Fique bem, ok? Eu te vejo amanhã. Fico feliz que você esteja melhor. Chame a Tessa para vir aqui amanhã; vai ser bom pra você." Balanço a cabeça. Luke se inclina e beija minha testa, envolvendo seus braços ao redor do meu corpo e puxando-me mais para si.


O aperto contra o meu corpo, sentindo uma pequena dor eletrizante por todo o mesmo. Gosto disso. Sinto-me bem quando estou com Luke.


Talvez goste dele.

Faking | Luke HemmingsOnde histórias criam vida. Descubra agora