Ritmo Perfeito ( Fanfic Luan Santana)

Chocolate- quente.

Pov Luísa:
Tá.Doendo.Muito.
Eu nem consigo chorar. Levo a mão direita ao peito e esfrego o local na tentativa de amenizar a dor.
É inútil.
Muita gente pode me julgar se me vir agora. Alguém pode me dizer: Tá sofrendo por causa de homem?Bobeira.Você é capaz de ser feliz sozinha.Sim,eu sou.
Mas uma decepção é sempre uma decepção; é meio difícil ver o namorado beijar outra pessoa e não ficar chateada .
E eu sempre fui daquelas meninas românticas,que adorava a cor rosa quando criança; lia e relia os contos de fadas imaginando-me no lugar da princesa; ama filmes de romance e sempre torce pelo casal principal ficar junto no fim.
Não é que eu pense que uma mulher só existe se houver um homem ao lado dela,não é isso. Os tempos são outros,se a mulher não quiser casar ou ter filhos é um direito dela. Ela não será menos mulher por isso.
Mas eu quero casar,ter filhos, envelhecer com alguém do lado; esse é um sonho pessoal. E eu queria que o Luan fosse essa pessoa.
As lágrimas enchem os meus olhos e eu não consigo impedir que elas inudem meu rosto. Agradeço por meu pai não está aqui agora,eu não sei qual seria a reação dele ao me ver chorando assim.
O meu celular vibra,vejo o nome de Suzana no visor; com certeza ela quer falar comigo sobre o fato de eu ser a nova traída do mundo dos famosos, mas eu não quero falar com ninguém agora. Então desligo o celular.
Mancando, - por causa do pé imobilizado- vou até a cozinha e tomo o remédio que o médico receitou para o meu pé. Como ele dá um pouco de sonolência resolvo tentar dormir,torcendo para que tudo não passe de um sonho ruim.
Pov Luan:
Oi,aqui é a Luisa; não posso atender agora.Deixe seu recado,retornarei assim que puder.
Diz a mensagem gravada.
- Merda, a Helena não atende!- Brado, jogando o celular longe.
- Também Luanzera,o que você queria?Que ela lhe atendesse e ainda lhe chamasse de meu amor? - Rober diz - Cara, por causa de você a menina virou "corna"! No Instagram,Twitter,só se fala nisso. Já fizeram até meme.O povo não perdoa.
- Onde é que eu tava com a cabeça pra fazer isso Testa?
- E eu sei?No decote da Micaela, talvez - eu reviro os olhos.
***
Pov Luísa:
- Mas homem não tem jeito mesmo né? Não podem ver uma saia; não sabem segurar o que têm no meio das pernas!! -Babi diz. Ela e Bruna vieram pra cá pra SP,me dá um apoio.
- Meu irmão pisou na bola, feio. - É a vez de Bruna se manifestar.
- Quando ele voltar,vamos conversar; mas agora eu só quero aproveitar a compainha de vocês - envolvo as duas num abraço -  vamos ver um filme,comer chocolate,tomar sorvete?- Eu já tinha chorado tudo que tinha pra chorar,quando acordei;antes das meninas chegarem. Agora eu quero me distrair.
- Partiu diversão! - Elas exclamam animadas,indo até a cozinha. Enquanto isso eu seleciono os filmes;todos de comédia. Romance está terminantemente proibido por ora.
Ficar com as meninas me faz bem,com elas me fazendo rir eu esqueço de que tenho chifres enfeitando a minha testa. O melhor remédio pra curar um coração partido,não é um novo amor como dizem; o melhor rémedio é uma amizade verdadeira. E isso eu sei que tenho com a Babi e a Bru ao meu lado.
(...)
As meninas ficaram aqui até nesse instante, infelizmente, elas já vão voltar hoje à noite para o Rio,por que têm aula amanhã cedo.
- Quer falar sobre o que aconteceu? - Meu pai pergunta,sentando - se em minha cama.Eu estou com as pernas junto ao corpo,próxima à cabeçeira.
- Não... o Sr se incomoda?
- Claro que não boneca!Sabe o que pode lhe animar?
- O que?
- Uma caneca quentinha de chocolate quente! - ele sorri -  vou preparar uma especial para você. Ah, - ele para próximo à porta - se quiser,pode dormir em meu quarto hoje; como quando você era criança e tinha pesadelos. - Ele pisca e sai.
Enquanto meu pai prepara o chocolate, eu resolvo aceitar seu convite e vou para o quarto dele.
Aconchego-  me na cama. Na mesinha ao lado da cama, há uma foto da minha mãe, eu pego o porta retrato e fico observando -a:
- Ela era linda não? - A voz do meu pai me desperta.
-Muito - Sorrio.
- Aqui está: Uma caneca quentinha de chocolate!- Ele estende a caneca em minha direção. Eu pego o recipiente envolvendo - o com as duas mãos. A sensação do líquido descendo pela minha garganta é acalentadora, reconfortante.
- Obrigada por sempre saber do que eu preciso pai. Ele sorri terno.
-Minha boneca, alguma coisa eu tinha de ter aprendido depois de ajudá-la a curar seu coraçãozinho partido na adolescência.
Eu rio. Ou melhor eu gargalho.
Realmente a cara de pavor que meu pai fez quando eu recorri a ele depois de terminar meu primeiro namorinho,foi cômica. Ele parecia diante de um extraterrestre. Totalmente perdido.
- É bom fazê-la rir
- É bom estar aqui - Sorrio dando um gole na minha bebida.
- Ficou bom? - Ele pergunta referindo -se ao chocolate.
- Não. - Faço careta - está ótimo!- Rio.
Acabo adormecendo abraçada a meu pai.
(...)
Eu acordo e pra variar estou sozinha em casa. Levanto-me e tomo um banho. Estou tomando café,mas o som a campainha interrompe meu dejesum.
Espio pelo olho mágico e o que vejo faz a dor que estava sentindo resurgir.
Estão gostando?
Beijinhos!