Bruxos

Capítulo 14 - Escuridão Parte II

Um vampiro alto e de cabelos vermelhos se aproximou de Markel, ele sorriu e se ajoelhou.
- Fico feliz em conhecer o rei do Domínio, esperei por muito tempo que aqueles porcos italianos fossem retirados do poder. E a profecia está se cumprindo, logo teremos de volta quem merece estar lá! Sou Carlos Randolf, conte sempre comigo majestade quando precisar de campinas para lutar contra os fanáticos italianos.
- Obrigado senhor Randolf, é um privilégio saber que um vampiro de tamanho renome faça parte da minha causa, obrigado. E contarei com sua ajuda sim.
Markel sorria para algumas pessoas e tinha que ficar falando sempre palavras cordiais, essa coisa de ser rei era meio chato. Markel queria ir para a floresta logo, queria correr e sentir a natureza em volta de si.
- Markel, agora você terá que ir para a floresta, a partir de agora pode ficar mais violenta a festa. - Rebecca falou e levou Markel para a entrada da floresta. - Vou ficar por aqui, mas Isaque e Ludwig irão te acompanhar até o local certo.
Markel abraçou Rebecca, aquele abraço estava estranho, ele sentiu. Sentiu como se algo ruim aconteceria, porém simplesmente tentou ignorar o sentimento quando começou ir para dentro da floresta, conversava com Ludwig sobre a família dele e de onde ele era, até que chegaram no local em que Markel conversara com a deusa.
La haviam eles e alguns poucos bruxos que falaram com ele, eles pareceram felizes por ele estar ali, naquela parte da floresta não estava tão festivo como onde eles estavam.
Ele cumprimentou à todos e esperou um pouco para falar que os duelos estavam iniciados, Rebecca lhe falará que ele que daria o início aos duelos e ali começaram os duelos, Markel fiacara surpreso com o tanto de poder e de feitiços aqueles bruxos tinham. O se duelo seria o último, mas eles estava receoso daquele duelo, nunca tinha duelado com alguém desconhecido antes.
Os duelos estavam divertidos, mas Markel começou a ouvir uns barulhos distantes, parecia ser gritos, porém ele pensou que deveria ser da festa, mesmo que no seu interior sabia que deveria ter algo errado.
Os barulhos foram aumentando a tal ponto que o duelo qe estava acontecendo foi interrompido.
- Temos que sair daqui! - Isaque ia puxando Markel pelo braco quando uma mão gélida e forte o segurou o impedindo de ir com o Isaque.
- Não tão rápido, oh rei! - O vampiro que falara com ele mais cedo, o Carlos Randolf sorria de forma debochada.
-Agora que a festa começou... M desculpa interromper os duelos, mas eu acho meio chat ficar vendo duelo de bruxos, então não me contive em interromper.
- O que você está fazendo? Me larga. - Markel reparara agora que as roupas deles estavam molhadas e aquilo parecia ser sangue em seu braço.
- Estou segurando você para o verdadeiro rei, ele já deve estar chegando aqui. Tivemos antes que matar alguns vampiros, inclusive alguns amigos seus, acho até que aquela garota, a filha do vampiro mestre...
- Rebecca? - Markel falou gritando, tentando chamar a amiga, para ver se ela estava bem, mas se ele estava citando o nome dela não deveria ser boa coisa.
- Isso... Acho que ela já está morta. - ele riu. Isaque tentava chegar perto, mas não conseguiu, logo chegaram mais vampiros e seguraram os outro bruxos que antes só assistiam chocados ao que estava acontecendo.
- Largue o rei do Dominio! - Isaque falou tentando avançar nele, porém eles seguravam ele com força.
- Cala a boca desse humano! - Carlos falou gritando e um vampiro deu um soco tão forte que o barulho foi estrondoso, Isaque caiu imóvel no chão e Markel começou a chorar.
-Isaque! Acorda Isaque! - Markel gritou.
- O rei está chorando?! - ele riu, na verdade gargalhou e sua gargalhada era gutural. - Reis não deveriam chorar Markel.

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Igor poderia até se sentir um pouco mal pelo que acontecerá ali, mas seu avô dizia que para manter o poder tudo deveria ser feito. Igor fora treinado pelo avô, Magnus, ele tinha um ensinamento bem rígido e muito violento, seu avô via como necessidade manter o poder de qualquer forma, mesmo que isso significasse matar, ou pior banir a pessoa do convívio bruxo.

Igor tivera um amigo quando era pequeno, ele era humano, seu avô não aceitava conviver com humanos, durante muitos anos ele se isolara do convívio humano, até o seu servo humano ele se desfizera, para ele os humanos eram fracos demais para o convivo com seres sobrenaturais. O seu amigo humano se chamara Lucas, um humano que lhe fizera muito bem, eles estudavam juntos, mesmo seu avô sendo contra Lucas fora colocado numa escola junto com humanos, ele defendia o Igor, as pessoas sempre chamaram o Igor de esquisito e sempre tentavam mexer com ele, mas Lucas sempre o defendeu, sempre estava ali. Quando Magnus descobriu ficou revoltado, tirou o menino da escola e mandou os seus pais educarem ele em casa. Porém ele e Lucas nunca pararam de se ver e mesmo que ele fosse um menino, ele fora a primeira pessoa que Igor beijara. Magnus também descobriu o começo de romance que seu neto tivera com o humano e para ele aquilo era mais do que inaceitável. Foi então que o seu avô o obrigou a ir na sua casa numa madrugada fria do dia 01 de Novembro, ele estava vestido de preto e do outro lado de uma fogueira vinham gritos, gritos que o menino reconhecia, era o grito do seu primeiro amor, eram os gritos de Lucas, Igor tentou o tirar dali, tentou fazer com que ele se libertasse, mas o seu avô acorrentou Igor e o fez assistir à ele matando o seu namorado. "Humanos são menos que nada! Não devemos conviver com eles! Eles são fracos." Ele matou Lucas e o queimou, "Não quero você se relacionando com humanos novamente! Está me ouvindo, Igor?!", Igor com muito medo balançou positivamente a cabeça, " E para que se lembre..." Ele lhe deu um soco no rosto que doeu muito e deixou aquela parte quente e vermelha. Lembrando dessa dor, lembrando do seu avô e da fraqueza dos humanos, Igor olhou para o servo do Markel, um humano até bonito, mas que era humano. "Malditus Mortem" e assim Igor condenou o humano à morte.