Capítulo 8 (Revisado)

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Notas Iniciais: Qualquer erro de ortografia, qualquer coisa que pareça confusa, por favor me comuniquem. Boa leitura!

Capítulo 8

– Vem um pouquinho mais pra frente – Sakura sinalizava o meu estacionamento na garagem de seu prédio, já que as lanternas da frente do carro haviam queimado com o impacto– Ok, pare.

Desci do carro vermelho de ódio. Era sábado, meu dia de desintoxicação! Eu segurava uma sacola com três garrafas de cerveja que eu havia comprado na mercearia do lado do prédio. Era o que eu podia fazer para lidar com isso.

– Não quer que eu contribua com você pra pagar esse para-choque? – para piorar a situação, Sakura me lembrava do ocorrido hora ou outra– com certeza estava te atrapalhando.

– Não se preocupe com isso, Sakura– falei. Dei-lhe o melhor sorriso que pude para que ela se sentisse menos culpada. A responsabilidade era minha, um bom motorista não se distrai com uma passageira cantante.

Subimos de elevador em silêncio e assim que Sakura abriu a porta do seu apartamento, sentei-me. Derrotado.

– Sabe o que o porteiro do meu prédio fez um dia desses?– perguntou Sakura, mexendo no controle da televisão e se sentando ao meu lado em seu sofá cinza, aninhando-se o meu lado. Isso era algo tão comum e agora parecia tão desconfortável, sequer coloquei meu braço a sua volta.

– Perguntou se eu estava noivando com você.

Eu não gostava de transparecer, mas essas suposições estavam me cansando um pouco. Respirei fundo e resolvi me controlar pra não falar nada grosseiro.

– Se você comprasse outro apartamento no meu prédio, como eu sugeri que você, as coisas não seriam assim.

– Seria o mesmo que morar com você. Eu sairia do meu andar pra te pedir açúcar, viveríamos um na casa do outro. Eu precisava de um pouco independência.

Quando saímos da faculdade, resolvemos morar juntos e eu passei um bom tempo achando que aquela situação era permanente, mas Sakura se mudou seis meses depois. Foi muito difícil me adaptar a uma rotina solitária, mas depois que isso aconteceu eu virei praticamente um ermitão globalizado.

Sakura recebeu um toque da portaria e foi atender.

– Pedi uma pizza. Por minha conta! – ela disse – já que você não quer que eu te ajude com o para-choque.

– Se preocupe com o seu carro com seis parcelas pagas – falei – vai levar seus filhos pra escola com eles.

Sakura saiu para buscar a pizza e eu fiquei sozinho por alguns minutos. Abri a minha primeira garrafa de cerveja e a virei rapidamente em minha boca. Eu costumava me sentir muito a vontade no apartamento de Sakura, mas naquele momento álcool era tudo o que precisava para ficar um pouco relaxado.

Quando Sakura chegou, eu já tinha terminado a primeira Heineken. Meu corpo inteiro estava mais leve, mas a minha mente ainda não tinha recebido o suficiente.

– O que você acha de assistirmos um filme que a gente assistia quando a gente era adolescente? – ela sugeriu com a cabeça inclinada, como se vasculhasse em sua mente quais filmes assistíamos na sala da casa dos pais dela.

­– Vamos ver Eurotrip – um besteirol sem grandes dilemas. Sakura concordou e começou a procurar o filme na televisão enquanto mordia sua fatia de pizza.

Havia ketchup na lateral de seu queixo e no canto da sua boca. Estendi meu dedo indicador para limpá-la, porém, assim que toquei em sua pele, ela apertou o sachê de maionese em meu rosto. Limpei o condimento do meu rosto e a olhei com o maior desprezo do mundo. Ela se sentiria intimidada se ela não me conhecesse, mas ao invés disso ela colocou a cabeça pra trás e começou a rir. Joguei uma azeitona em sua boca e Sakura está longe de ser fã de azeitona. Ela engoliu as tossidas, me olhando com raiva.

O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora