O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)

Capítulo 14 (Revisado)

Notas Iniciais: Qualquer erro de ortografia, qualquer coisa que pareça confusa, por favor me comuniquem. Boa leitura!

Encostei-me a parede gélida ao lado do elevador do quarto andar daquele prédio e deslizei até a sentar no chão, desalento. As incontáveis desgraças só reforçavam a minha hipótese de que eu estava vivendo uma espécie de Show de Truman e que havia uma enorme audiência rindo de mim pelas costas.

Uma fresta da porta se abriu poucos minutos depois, deixando metade do rosto de Sakura exposto. Ótimo, agora aquela cena de novela mexicana tinha plateia! Direcionei o meu olhar para cima, para poder encará-la, queria que as minhas palavras fossem impiedosas com ela, mas elas não saiam da minha boca ainda que eu me esforçasse.

– Oi – ela me cumprimentou, enquanto saía do seu apartamento e fechava a sua porta, deixando claro que queria conversar comigo bem ali, longe do seu território.

Seu nervosismo era evidenciado pelo seu constante estalar de dedos.

– Você estava sentada no sofá com o cara que te traiu mesmo depois de tudo que eu te contei e tudo o que você tem a me dizer é "oi"?

– Eu sabia que você não ia entender Sasuke! – disse ela, bovinamente – Saiba que eu tive as minhas razões.

– Sério? Que razões? – eu senti meu tom de voz se elevando e ela fez questão de sinalizar para que eu baixasse o volume – é por que o casamento que já tá pago? É por que você ficou bonita no vestido?

Ela continuou absorta em silêncio.

– Não me venha com essa história de "estamos quites", porque não estão! Você sabe que a porcentagem dele é muito maior que a sua.

– Ah, sim. Nós estamos! - ela ergueu as sobrancelhas, parecia finalmente ter acordado pra briga.

– De que isso importa se você ainda tá magoada? – perguntei, levantando-me.

– Nós dois fizemos coisas ruins! Cheguei à conclusão de que a ideia do casamento nos assustou por um momento e essas atitudes foram apenas uma forma de extravasar esse sentimento – disse ela – Isso não vai se repetir, principalmente depois da cerimônia.

– Você contou pra ele?– perguntei.

– Não – respondeu ela – isso fica entre a gente.

Sakura pegou a minha mão esquerda como se selássemos um pacto.

– Obrigada por ter me contado, mas quem tem que tomar as decisões sou eu. Tenho certeza que Kouchi e eu não teremos mais esse tipo de problema.

– Você está certa, você tem todo o direito de tomar as suas próprias decisões, Sakura – tentei esconder a mágoa em meu tom de voz – E eu também tenho direito de tomar as minhas, portanto eu não posso ser mais ser o seu padrinho.

– Sasuke... – ela ia começar a implorar.

– Dá pra você perdoar o fato de eu fazer algo pela minha integridade ao invés de ceder por você, como eu sempre cedo? – a interrompi antes que ela começasse à clamar por misericórdia. Daquela vez eu seria irredutível, independente das suas palavras.

No meio daquilo tudo, ouvimos o barulho da maçaneta da porta de seu apartamento. Ah, tudo havia acabo de melhorar!

– Oi, Uchiha! – Kouchi pronunciou, com um entusiasmo que não devia estar presente em sua voz – Desculpe-nos, Sakura não avisou que você viria.

Pensei em dar uma resposta ignorante e dar de costas para os dois, porém eu já não queria mais problemas.

– Tudo bem. Na verdade, eu só vim pegar algumas coisas minhas – era tão fácil mentir para um mentiroso, eu não sentia o mínimo remorso – Não quero dar trabalho durante a mudança de vocês.