Capítulo 15 (Revisado)

2.1K 207 127
                                    

Revisões retomadas no dia 28/03/2021.

Desde o dia em que eu amanheci babando no tapete púrpura de Ino Yamanaka, há uma semana, eu havia prometido que tudo voltaria ao normal. Mas todo o meu plano ia por água abaixo todas as vezes que eu chegava ao trabalho e me deparava com o calendário na minha mesa.

Faltavam exatos sete dias para o casamento.

Não havia falado ou visto Sakura a semana inteira, e, apesar da inquietude, eu sentia que era uma boa ideia começar a experimentar um pouco da sua ausência.

– Hinata pediu para eu chamar você hoje para um reunião – disse Naruto, colocando seus óculos de grau para analisar sua prancheta – Sem a Sakura.

– Hm.

– Tá na cara que vocês dois estão brigados, não precisa esconder, tá bem?

– Sério?

– Na verdade, eu perguntei para Sakura e a única coisa que ela me disse é que você não vai mais ser padrinho dela. Acabei juntando essa informação com o seu mau humor, que está acima do normal nessa semana.

– Sou um solteiro fracassado no amor e totalmente contra a instituição do casamento – falei enquanto digitava caracteres aleatórios para fingir que não estava dando a mínima para a situação – daria um péssimo padrinho.

– E é por isso que você está se comportando tão diferente desde que a Sakura noivou, com certeza. – Naruto estava sendo cínico, provavelmente ele sabia muito mais sobre a situação do que Sakura e eu estávamos deixando transparecer.

– Você sabe que eu nunca quis apoiar esse casamento.

– Eu também não gosto muito do Kouichi, mas preciso estar do lado de Sakura. Achei que você pensava o mesmo.

O meu desejo era sentar do lado de Naruto e lhe contar tudo o que havia acontecido no decorrer das últimas semanas: as crises existenciais, as brigas, as traições, as ressacas; mas isso seria assinar o atestado de óbito de minha amizade com Sakura.

– Você vai?– perguntou ele, referindo-se ao encontro que Hinata estava organizando.

– Eu vou – disse eu, tentando fugir do assunto – já faz um bom tempo que nós não saímos todos juntos.

– Eu espero que Gaara esteja lá – comentou Naruto, esfregando as palmas das mãos – eu gosto de ver um circo pegar fogo.

– Não quer tentar ser um bom amigo para Ino também?– ironizei. Confesso que seria interessante vê-los no mesmo lugar outra vez, embora eu me preocupasse com a postura de Ino em uma situação como aquelas.

Passei o resto do meu dia no computador, observando o gráfico das reações da junção entre os átomos de hidrogênio e carbono líquidos. Naruto comentava sobre seus planos do ano seguinte, como o curso de administração que estava planejando fazer no ano seguinte.

– Você devia pensar em casar também, sabe. – eu disse como se fosse algo aleatório – Há quanto tempo você a namora mesmo? Quatro anos?

Uzumaki pareceu refletir sobre uma porção de coisas ao mesmo tempo, o que não era comum para ele, coçou a cabeça como se estivesse confuso. Quase não consegui acreditar quando me ouvi incentivando, mesmo que de brincadeira, alguém a se casar.

– Cinco e meio. – respondeu ele, com o tom de voz mais baixo. Senti vontade de gargalhar por tê-lo deixado tão sem graça.

(...)

Horas depois, estávamos livres do trabalho. Descemos de elevador até a garagem, entramos em nossos carros e fomos em direção a um barzinho próximo a casa de Shikamaru e Temari. Confesso que eu só queria voltar para minha casa e terminar de ouvir a discografia da Adele que Ino havia me apresentado, mas eu precisava de um pouco de diversão para sair do fundo do poço.

O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora