Último (Parte II)- Morning Glory

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Notas Iniciais: Ok, certo, ainda vai ter um epílogo, mas os capítulos acaba por aqui. E eu estou profundamente emocionada! Meus agradecimentos mais emotivos estarão nas notas finais.

Capítulo 25:

Passo aí seis horas em ponto

Enviei a mensagem assim que saí do barbeiro em direção à minha casa. Após um longo banho, vesti uma camisa preta, uma jaqueta verde militar, jeans escuros e um tênis pretos casuais de sempre. Me olhei no espelho e encarei um Sasuke de exatos 26 anos. Cabelos mais curtos, barba feita, postura ereta: um verdadeiro adulto. Demorei pra me aceitar daquela forma.

Peguei a caixinha azul turquesa onde estava a minha ideia pouco brilhante da noite anterior e entrei em meu carro faltando vinte e cinco minutos para as seis horas. Não havia nenhuma ansiedade violenta em mim, apenas um nervosismo natural que me roubava o ar por meros segundos e me colocava em consciência logo depois.

Minhas contas saíram erradas e eu acabei chegando 10 minutos antes do combinado, eu havia esquecido que não morávamos tão longe um do outro. E naqueles 10 minutos, juro que Ino me mandou mais de 20 perguntas estranhas e inconvenientes, tanto que decidi silenciá-la pra poder dar atenção ao Sasuke interior e a Sakura, que estava por vir.

Um minutos para as seis horas: ela se despediu do seu porteiro com um sorriso lindo no rosto e me observou do lado de fora do carro. Seis horas em ponto e ela entrou no carro. A pontualidade milimetricamente calculada de Sakura continuava a mesma. Talvez as coisas não estivessem tão mudadas.

– Oi – ela me cumprimentou.

Ela estava com uma saia vermelha rodada que ia até o meio das coxas, uma blusa branca com mangas arregaçadas até os cotovelos e sapatilhas pretas, os cabelos estavam, como sempre, de qualquer jeito. Eu me permiti demonstrar que havia notado o quão bonita ela estava.

– Oi – retribui seu cumprimento e, meio sem graça, desviei meu rosto para prestar atenção no trânsito.

– Sasuke? – ela perguntou depois de alguns minutos de silêncio reinados por uma música da rádio local.

– O que foi?

– Você cortou o cabelo? – ela perguntou, avançando os dedos em meu cabelo, eu me esquivei e perdi um pouco do controle do carro.

Ficamos na contramão por alguns milésimos que seriam suficientes para me tirar a carteira de motorista e voltamos para a pista anterior sãos e salvos.

– Minha nossa! – Sakura exclamou – você é muito leonino, quase morremos por causa disso.

Ela estava encolhida no banco do carona, com o cabelo todo no rosto, enquanto tentava puxar o cinto de segurança para o seu corpo. Mesmo suando frio, não pude evitar soltar uma gargalhada, daquelas bem dadas.

– Leonino? – perguntei e ela só deu de ombros– eu só estou tentando ser um cara legal em um primeiro encontro.

Tentei ignorar minha visão periférico pelo resto do caminho. Uma música do Noel Gallangher's High Flying Birds havia começado a tocar e eu acompanhava a letra, palavra por palavra, imerso em incertezas.

– Meus pais se separaram – a sentença foi pronunciada quase como um "bom dia" corriqueiro. Não consegui demonstrar nada, era como se eu não tivesse captado a mensagem – você sabe, essas coisas nunca dão certo.

Sr. e Sra. Haruno tinham uma relação bonita e um casamento exemplar de mais de 25 anos. Foi como ver um composto químico sólido se tornar subitamente em gasoso sem sequer passar pelo estado líquido. Mas o rosto de Sakura não me convidou para nenhum consolo.

O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora