NOTA DA AUTORA: O último capítulo ficou enoooooorme, tive que dividir. Prestem atenção nas referências hehe (incluindo o título). Espero que gostem =*
Acordar de manhã e preparar o café era terapêutico, sempre me trazia uma sensação de maturidade. Era a única refeição que me fazia entrar na cozinha, gastar um pouco mais de gás do que se gasta em macarrão instantâneo e usar minhas próprias louças e talheres ao invés das mãos.
Recapitulei a noite anterior várias vezes enquanto separava um waffle do outro e calculava o quão forte deveria ser o café pra combater aquela leve dor de cabeça e indisposição de ressaca. Reencontro desastroso, crise de ansiedade no elevador, conversa constrangedora altar, conversa constrangedora na mesa, conversa constrangedora na pista de dança e conversa constrangedora em meu apartamento. Não havia assimilado bem os resultados de todas aquelas conversas constrangedoras, acho que havíamos estabelecido uma trégua, no mínimo.
Eu estava mexendo diluindo o pó de café na água ao fogo, quando, de repente, meu celular resolveu tocar em cima da mesa. Rapidamente, desliguei o despertador da "Faxina de Domingo". Respirei fundo de alívio e quando a adrenalina baixou e eu pude sentir uma dor da em na lateral da minha mão. Eu havia me queimado na borda da frigideira onde estava o waffle. Liguei a torneira e coloquei a minha pele na água corrente, resmungando os palavrões que me vinham na mente.
Devia desativar aquele despertador de domingo, eu sempre começava a varrer o apartamento, mas depois desistia e pagava alguém para limpá-lo ou esquecia completamente e saia pra comer em algum lugar.
– O bacon estava começando a queimar – falou Samara Blogueira Nova Iorquina Alternativa estava perto do fogão e havia desligado a boca onde estava a frigideira. Mais um susto e minha manhã não havia tido sequer 15 minutos.
– Ele é melhor quando está meio torrado – comentei e em seguida, tentando não perder a pose de chef, voltei a mexer no café.
– Você estava ouvindo The Killers de madrugada? – perguntou ela.
– Meu ritual calmante de sempre – respondi, enquanto colocava o café na garrafa térmica. Ela sabia exatamente que ritual era aquele.
Servi nossas xícaras e coloquei mais leite na de Sakura. Ela resmungou e eu perguntei se ela queria que a gastrite da qual ela havia se queixado virasse uma úlcera.
– Obrigada por se importar – ela falou baixinho depois de um tempo, sem a intenção de ser ouvida, em seguida colocou a xícara entre os lábios e deu um gole.
– Sua mãe vai matar você quando souber que você tem sido tão descuidada.
– Não nos falamos mais – ela disse. A normalidade do seu tom de voz chegava a doer – já faz um ano.
– O que houve? – questionei.
– Não houve, Sasuke – ela umedeceu os lábios e continuou – o casamento não aconteceu.
– Se você está tentando consertar coisas comigo, devia tentar consertar as coisas com ela também.
– Já tentei conversar e fui interrompida. Já tentei mandar e-mail e não obtive resposta – ela olhava balançava a colherzinha dentro de sua xícara – ela ficou bem magoada com toda essa reviravolta, talvez tenha deixado ela meio envergonhada.
– Sinto muito – eu não sabia o que dizer. Sra. Haruno era uma mulher dócil que tinha seu lado exigente, porém eu não conseguia imaginar motivos para ela ter se afastado bruscamente da filha.
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O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)
FanfictionEm um dia simples da rotina milimetricamente calculada de Sasuke Uchiha, ele descobre que Sakura, sua melhor amiga, irá casar! Um bom emprego, um apartamento em uma cidade metropolitana, uma beleza ímpar e liberdade já não sossegam mais alma do Uchi...