Capítulo 5 (Revisado)

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Notas Iniciais: Qualquer erro de ortografia, qualquer coisa que pareça confusa, por favor me comuniquem. Boa leitura!

Capítulo 5

– Sinto muito– uma voz rouca e feminina pairava no frio daquela manhã de verão insistentemente cinzenta.

Eu apenas a observei pelos meus ombros e continuei a focar minha visão naquele pedaço de concreto com o nome de minha mãe gravado. Eu estava ali todos os dias, há oito dias, desde que seu corpo não pôde mais adiar o inevitável.

Quando meu pai soube disso, tentou impedir de ir até o cemitério e disse que não era lugar de criança. Depois de um pouco de desobediência, ele entendeu que cada um de nós ia lidar de uma maneira diferente. Ele chorava escondido abraçado a um travesseiro, meu irmão passava horas em frente ao álbum de família e eu visitava.

Algumas gotas de chuva começaram a pingar, deixando o túmulo mais escuro. A água caia em meu rosto e escorriam até o queixo e, por fim, pingavam no chão.

Ainda de frente para o túmulo, ouvi o barulho de sua bicicleta saindo de cena.

– Você já vai? – perguntei controlando os dentes, que insistiam em se chocar graças ao frio.

A garota assentiu, tirando alguns fios de cabelo do rosto.

– Eu quero ir com você– falei, virando meu corpo em sua direção. Ela um sinal indicando a garupa de sua bicicleta e eu subi.

Seu boné estava encharcado e não sustentava seus fios dourados, que caiam pelas suas costas. Suas pedalas eram urgentes, como se pudéssemos ficar mais molhados do que já estávamos.

Com voz oscilante e meio pé na puberdade, eu colocar a quantidade exata de água no macarrão instantâneo, não conseguia acordar com um só despertador, não sabia ir pra escola sem um afago na cabeça e um abraço apertado.Há 8 dias atrás, eu e meu irmão éramos filhos e o meu pai era marido. Nossa vida não permanece intacta para sempre, perdemos os títulos que costumávamos ter.

– As aulas vão começar– ela disse alto, de forma que eu pudesse distinguir sua voz do barulho da chuva– você não pode vir aqui todos os dias...

– Eu sei.

Naquele dia, Sakura Haruno me levou de volta para casa.

– Eu vou com o meu carro– expliquei para ela– não vou poder deixa-lo no estacionamento do trabalho, antes de voltarmos ele vai fechar.

– Você tem que estar lá às 6h– ela implorou por telefone enquanto eu ouvia diversas vozes ao fundo– por favor.

Segurei as pontas e terminei o trabalho dez minutos antes das 6h da tarde. Desviei-me de tudo que pudesse me atrasar, até evitei o elevador para que Karin não me importunasse. Desci as escadas, pulando vários e vários degraus. Liguei o meu carro e fui em direção a bendita loja de vestidos de festas onde Sakura ia comprar o bendito pedaço de pano branco.

A chuva caía forte naquele dia e o horário era completamente inconveniente para quem estivesse com pressa. Freei bruscamente o carro, senti minhas mãos suadas e meu peito acelerado com o estresse do trânsito. Tirei o blazer e a gravata que me sufocavam antes de eu sair do automóvel.

Assim que entrei naquela loja, senti um perfume de festa de rico. O ambiente tão era clássico e límpido que eu me desafiei a encontrar alguma pequena macha ou defeito nas paredes. Sem sucesso.

– Com licença– pedi a recepcionista, que me direcionou um sorriso largo e branco – Sakura Haruno já entrou?

A recepcionista me direcionou a uma sala de espera, onde encontrei Sakura, Ino e Hinata sentadas lado a lado em cadeiras douradas com estofado branco.

O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora