Love At First Touch - Second Touch (HIATUS)

Capítulo Seis

Folga? Não, meu querido, folgar para que? Vai trabalhar, precisa sustentar a família! Por que ficar em casa e ter uma ótima tarde com sua lindíssima filha?

Céus, não poderia ser pior!

Ah, pelo amor de Deus, Melissa, não se sinta tão incomodada. Que mal há? Ele quer passar apenas um dia com sua filha. Argh, merda!

Engoli em seco.

- Não seria má ideia. - respondi, tentando não demonstrar nada a respeito de sua idéia - Ela vai ficar muito feliz...

- Sim, muito! - concordou, com um sorriso no canto dos lábios - Acho melhor eu ir dormir, estou muito cansado. - suspirou, olhando para o relógio de ouro em seu pulso, que antes era coberto pela manga de sua camisa social.

- Bem, vou subindo. - falei baixo, olhando meio nervosa paras os lados - Tenha uma boa noite senh... Justin! - interrompi a mim mesma, assim que ele me olhou franzindo o cenho, após quase chamá-lo de senhor.

- Vem cá, você acha que eu tenho quantos anos? - sua voz saiu meio rouca, ele afrouxou a gravata, me olhando com diversão.

Certeza que corei instantâneamente com isso, eu havia o chamado de velho? Ao meu ver, ele não passa de seus vinte e sete anos. Mas não acho que seria impossível, ser formado, rico e ter apenas essa idade. Se bem que, ele pode vir de uma família rica, assim como a esposa. Enfim. Então, fui no chute:

- Vinte e três? - indaguei, fazendo uma careta meio sem graça. Ele riu baixo, balançando sua cabeça negativamente.

- Passou um pouco longe e um pouco perto... - Arqueei as sobrancelhas - Vinte e sete. - Esperava que ele dissesse uns vinte e quatro... Ou, sei lá.

- Nossa! - exclamei surpresa, ele riu pelo nariz - Tem certeza? - franzi o cenho.

- Tenho. Mas obrigada pela idade. - balançou a cabeça negativamente, ri em baixo som - Pois então - mudou de assunto -, apenas Justin!

- Ok! - assenti, me sentindo acanhada. - É... Boa noite! - levantei-me apressada e me martirizei por estar usando um pijama tão curto, cruzei meus braços por cima de meus seios, fiz um movimento com a cabeça sentindo minhas bochechas esquentarem por mais uma vez.

Qual o tamanho da minha falta de noção ter trago esse pijama? Certo de que achei que não toparia com ele na casa esse horário, mas mesmo assim...

Ele piscou um olho para mim.

Dei um sorriso rápido e sai quase que correndo de dentro da cozinha! Subi as escadas em passos rápidos e entrei rapidamente em meu quarto, me joguei na cama, cobrindo-me por inteiro.

Alguns minutos ali e eu não conseguia pregar os olhos. Mantinha meus pensamentos naquela bela piscadela que havia recebido.

Senti que o sono estava chegando, meus olhos foram se fechando aos poucos, mas antes que os pudessem se fechar por completo, ouvi o ranger da porta e abri os olhos rapidamente.

A porta abriu, fazendo entrar frestas da luz do corredor no quarto, eu vi aquela pulguinha parada na mesma, com seu ursinho em mãos, levantei rapidamente. Um pouco assustada, claro.

- O que foi, Ju? - senti até uma tontura por ter me levantado tão rápido.

- Posso dumi com você? - perguntou baixinho. Ri fraco, peguei-a no colo e acendi a luz do abajur.

- Está com medo? - perguntei de volta, a colocando na cama, e ela se acomodou.

- Não, tia Mel! - colocou seu ursinho entre nós duas. - Eu sonhei ti o papai tava aqui... Mas ele não chegou ainda, né?