Love At First Touch - Second Touch (HIATUS)

Capítulo Quatro

Minha respiração meio que, parou, eu fiquei travada em frente a porta, como se fosse uma... Bocó!

Como assim, filha? Na minha linda imaginação, ele tinha apenas uma namorada. Não era casado e muito menos tinha filhos. Quer dizer, teve filhos, comigo...

Mas que caralho, mas que caralho, MAS QUE MERDA! Respira!

Respira.

- Ah, huh... Ér... Pode en-entrar, se quiser. - Disse, tentando recuperar minha voz, que parecia estar perdida, dei espaço para que ele passasse e assim o mesmo fez. - Pode se sentar, ela ainda está dormindo, vou busca-la! - Avisei, o homem assentiu se sentando no sofá! MEU SOFÁ! Quer dizer, sofá do meu pai, mas isso não importa.

Ele estava muito bonito, usava uma calça jeans escura - e não, ela não caia em seu joelhos como no sonho - e uma camiseta branca que cobria um pouco da calça, uma jaqueta de moletom despojada por cima, e nos pés um tênis da Adidas esportivo. No entanto, parecia estar cansado e tinha cara de quem não dormia há dias! Mas, meu Jesus... Ele estava gato do mesmo jeito, seu cabelo estava penteado, devo dizer que, bem arrumado.

- Tudo bem! - suspirou.

Subi a escadas de dois em dois, quase tropeçando ao chegar no topo, abri a porta do quarto, encontrando Julie na mesma posição. Ri sozinha, vendo que seu sono era realmente pesado, qual dos dois será que são assim, seu pai ou sua mãe? Cheguei perto dela, agachando para ficar a sua altura, o sono era pesado mas dormia serenamente.

- Julie... - Sussurrei - Julie, acorde flor. - Disse no mesmo tom, passando minha mão por seu bracinho delicado. Mas nem sinal. - Julie, querida! - Exclamei, agora em um tom baixo, a mesma nem se mexeu.

Franzi o cenho, coloquei  o dedo indicador debaixo do seu nariz, verificando se ela ainda estava respirando, suspirei aliviada ao sentir sua respiração fraquinha bater em meu dedo.

- Julieee - chamei lentamente, passando a mão em seus cabelos ruivos - Julie, seu papai veio lhe buscar. - falava bem pertinho dela.

E adivinhem? Nada.

- Melhor seu pai te acordar... - Disse para mim mesma, me levantei seguindo para fora do quarto, indo para a sala chamar seu... Pai.

Seria constrangedor eu dizer a ele que não consegui acordar sua filha? Eu não sei. Só sei que nunca tive que acorda-la e não sabia que a garotinha dormia como uma pedra. Ao chegar na sala, o encontro do mesmo modo, mas mexia em algo no celular, assim que cheguei perto ele subitamente olhou para mim, senti vergonha ao ver que havia me analisado dos pés a cabeça, eu estava tão descabelada!

Mas, pelo menos havia tirado a remela dos olhos.

- Ér... Será que poderia acordar a Julie? Eu já tentei, mas ela tem o sono bem pesado. - contei, meio sem jeito, ele riu baixo e se levantou, então o guiei escada acima.

- Hum, ela é assim mesmo, difícil de acordar, mas não acho que seja tanto! - o homem riu pelo nariz, eu sorri sem mostrar os dentes. - A não ser que ela tenha chorado antes de dormir... - deu de ombros, e eu abri a porta do quarto - Sempre que ela chora assim, antes de dormir, fica com um sono mais pesado...

- Ah! - suspirei aliviada, por saber que ela não teria o sono tão pesado assim sempre - Ela chegou aqui ontem, parece que havia chorado mesmo.

Justin suspirou pesado e agachou na frente da menina.

- Julie, meu anjo? - murmurou baixinho, fazendo sua voz sair rouca, e passou a mão pelos cabelos dela - Ju, acorde! Vamos... - deu um beijo na testa da garotinha, enquanto eu apenas observava. - O papai veio te buscar, bebê! - beijou a testa dela mais uma vez.