Capítulo 7

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Filho vou sair com seu pai e voltamos às onze. – Avisou a mãe de Troye do outro lado da porta. O garoto estava incapaz de responder, mas ao ouvir a voz de Laurelle voltou à realidade. Se levantou e secou as lágrimas rapidamente, para ela não perceber que estava chorando caso abrisse a porta.

Troye tá tudo bem? – Perguntou sra. Mellet após não ter ouvido nenhuma resposta.

– Tá, eu acabei de sair do banho, até depois. – Respondeu rapidamente, esperando que ela fosse embora. Então ouviu os passos da mãe descendo as escadas.

Troye não estava bravo com Connor, mas sim com ele mesmo. Deixou os sentimentos tomarem conta de si e agiu por impulso, sem nem mesmo perguntar nada sobre a vida amorosa do amigo.

Mas Connor também nunca havia mencionado nada sobre ter uma namorada.

Troye resolveu tentar parar de pensar nisso tudo e foi para a sala de estar. Sua irmã Sage estava sentada no sofá, assistindo televisão.

– Tá entediada? – Perguntou Troye se juntando à ela.

– Muito, cansei de ficar passando os canais. – Respondeu enquanto desligava a TV.

– O que você acha da gente sair para jantar em algum lugar e depois ir em uma festa? – Sugeriu Troye, torcendo para que ela concordasse.

– Que estranho você pedir pra ir em uma festa, mas tudo bem, vai ser legal.

Troye então pela primeira vez no dia ficou animado para alguma coisa. Levantou na mesma hora e foi até a cozinha deixar um bilhete avisando que iam estar fora de casa quando Shaun e Laurelle voltassem.

***

Fazia muito tempo que os dois irmãos não saíam juntos sozinhos, e tinham esquecido de como isso era divertido. Foram em uma pizzaria, e depois no mercado comprar todo tipo de doce que viam pela frente. Quando chegaram no estacionamento, Troye olhou em volta para ver se não tinha ninguém olhando, e entrou dentro do carrinho de compras.

– Você tá meio louco hoje né? –Falou Sage enquanto observava seu irmão dentro do carrinho, como se fosse uma criança.

– Que foi? Me empurra até o carro, como nos velhos tempos.

Sage tentava empurrar enquanto ria do Troye, que com os braços pra cima.

– Vamos escrava, isso aqui tá muito lerdo.

– Ok então. – Sage empurrou Troye com toda sua força até o carro, mas acabou batendo no automóvel do lado, acionando o alarme.

– Sua louca, você nem sabe mais me empurrar direito! – Gritou Troye enquanto ria e tentava desesperadamente sair do carrinho e jogar as sacolas para Sage.

– Vem logo pra dentro do carro!

Os dois entraram no carro e Sage saiu o mais depressa possível do estacionamento.

– Será que aquele carro amassou? – Perguntou Troye.

– Sei lá, espero que as câmeras não tenham pego isso.

Troye abriu o vidro do carro para colocar a mão para fora e sentir o vento, enquanto via as luzes da cidade. Aquela noite estava sendo incrível, simplesmente por Troye ter esquecido por um momento aquela dor que ainda existia em seu coração.



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