O dia passou rápido demais para Troye e Connor, mas ambos aproveitaram cada segundo daquela tarde. O sol já estava se pondo, e estavam no carro indo para casa quando Connor fez um gesto para Troye dirigir mais devagar.
– Aquilo lá é um parque? – Perguntou Connor apontando para um lugar longe, perto da praia. Era possível enxergar uma roda gigante, e as luzes já acesas dos outros brinquedos.
– Sim, no verão sempre abre, você quer ir? – Se fosse outra pessoa, Troye não iria ter a mínima vontade de ir, mas era impossível dizer não à aquele menino de olhos verdes, que olhava encantado para o parque, como se fosse uma criança de oito anos.
– Vamos, quando ficar escuro a gente volta. – Respondeu Connor, verificando se a câmera ainda tinha bateria.
Após alguns minutos, os dois amigos chegaram em frente ao parque. Troye estava caminhando em direção à entrada quando percebeu que Connor não estava do seu lado. Quando se virou para trás, procurando-o, viu o amigo com a câmera na mão, tirando uma foto dele.
– Con, eu sei que sou maravilhoso, mas você ainda não cansou de tirar fotos minhas? – Perguntou Troye, rindo.
– Essa foi a última, juro. – Respondeu Connor enquanto corria para alcançar Troye.
Em meia hora, eles já tinham ido em quase todos brinquedos. Algumas pessoas olhavam de maneira estranha para os dois garotos, que se divertiam como crianças, e nem ligavam. Connor, assim como fez o dia todo, registrava cada momento com sua câmera.
Assim que saíram de um carrossel de unicórnios, Troye mandou Connor esperar uns minutos, e disse que já voltava. Então, dois minutos depois, Franta viu o garoto de olhos azuis voltando com um algodão doce rosa gigante, saltitando como uma menina. Os dois riram da cena, e Connor se arrependeu de não ter gravado aquilo. Eles se sentaram em um banco e dividiram o algodão doce enquanto conversavam sobre o dia.
– A gente ainda não foi na roda gigante, quero ir para tirar fotos lá de cima. – Disse Connor enquanto se levantava. Troye se pôs em pé logo em seguida, e os dois foram para a roda.
A vista lá de cima era realmente linda, dava para ver o mar, as luzes da cidade se acendendo aos poucos, e as pessoas lá embaixo. Apesar da paisagem, Troye estava com os olhos novamente focados no celular, digitando alguma coisa rapidamente.
– Quem é mais importante que eu e esta vista agora? – Perguntou Connor como se estivesse ofendido.
–Ninguém, só tava digitando uma coisa. – Respondeu Troye enquanto guardava o celular.
– Você sempre diz isso.
Os dois ficaram em silêncio por um momento, observando como tudo era pequeno lá de cima.
–Troye, obrigado por esse dia, foi incrível. Essa cidade iria ser um tédio sem você.
Ao ouvir essas palavras, Troye queria pular no colo de Connor e beijá-lo até chegarem lá embaixo, mas se conteve, e apenas retribuiu com um sorriso.
Quando voltaram ao chão, foram em direção à saída, pois já havia anoitecido. Troye observava seu amigo caminhando na frente, com uma mão no bolso e a outra segurando a câmera. Ele não tinha dúvidas que estava completamente apaixonado por aquele garoto. E quando chegaram ao lado do carro, Troye puxou Connor para trás, fazendo-o ficar de frente para ele. Então sem pensar duas vezes, beijou os lábios de Franta delicadamente. Sem ligar para a chance de ter uma pessoa vendo, ou para o que talvez iria acontecer depois. Havia sido muito difícil para Troye controlar suas vontades e andar perto de Connor desde o dia que se conheceram. Para o alívio e surpresa do garoto, Connor retribuiu o beijo, puxando-o para mais perto.
Troye mal sentia suas pernas. O mundo ao seu redor parecia estar desfocado, e só tinha olhos para aquele garoto em sua frente, que agora sorria de um jeito tímido. Os dois se abraçaram, e enfim Troye sentiu o que é beijar uma pessoa a qual você sente algo tão profundo e inexplicável.
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