Keet
Hoje é sábado, então resolvi a levar ela em um lugar que eu adoro visitar. Um parque, onde tem uma árvore onde eu sempre sento embaixo dela e relaxo.
Estamos no carro, é uma hora até chegarmos no parque.
- Onde você está me levando? - Alice me pergunta.
- A um do meus lugares preferidos.
- Então será nosso lugar. - Ela fala sorrindo e vira e fica olhando pela janela.
Fizemos o resto da viagem quietos. Estaciono o carro, e saímos. Está um dia de outono, um pouco frio. Chego perto dela e seguro sua mão.
A levo para minha árvore, sentamos no chão e ficamos um tempo nos olhando. Queria saber o que passava na sua cabeça.
- O que está pessando? - Pergunto.
- Eu não sei, simplesmente não quero voltar para minha casa, não quero voltar para a escola, não quero voltar para minha vida. Sabe nada nela vale a pena, só você. - Ela fala olhando em meu olhos.
- Mais você tem que voltar, seu pai deve estar preocupado.
- Ele nem deve ter percebido que eu não estou em casa, ele não liga só trabalha é como se não tivesse família, meu irmão nunca para em casa. Mesmo você me conhecendo a pouco, acho que sabe mais de mim do que minha família. Desde que minha mãe morreu tem sido só eu, meu pai e meu irmão, não falamos com o resto da minha família, nem os conheço, é estranho. E a sua?Alice
Assim que eu pergunto, vejo seu rosto mudar, ele fica estranho.
- Olha desculpa, não precisa falar se não quiser.
Ele olho para as folhas caídas no chão.
- Meu pai me abandonou quando nasci, e minha mãe morreu quando eu tinha 5 anos. Então a dona Luci cuidou de mim e me dava aulas particulares, quando fiz 15 anos descobri que minha mãe tinha muito dinheiro no banco, então comprei meu apartamento, dona Luci fez um cartão onde todo mês me vem um tanto em dinheiro e desde então moro sozinho, mas às vezes a visito. Só isso, está com fome?
Vejo que ele fica muito agoniado quando fala disso, e logo quer mudar de assunto.
- Estou sim.
Pego um salgadinho e abro. Ficamos a manhã inteira conversando rindo, nos beijando até que é meio dia. Vamos em um Mc Donald's, e levamos para comer no apartamento do Keet.
Chegando lá, sentamos no sofá e começamos a comer nosso Hambúrguer. Então meu WhatsApp apita. Olho e vejo que o Jason um guri que era apaixonado por mim, mas nunca dei bola para ele, ele tinha ido morar em outra cidade. Abro a mensagem "voltei a morar perto da sua casa, estou com saudades a gente podia se ver?"
- Quem é? - Keet pergunta.
- O Jason, um guri que me amava e voltou a morar aqui. - Digo rindo.
Mais ele me olha sério.
- Ele queria me ver. - Digo.
- E você vai? - Ele diz preocupado.
- Óbvio que não, ele é um chato.
Ele parece a ficar mais aliviado.
Abro a conversa e mando "Não vai dar To na casa do meu namorado". - Escrevo a mensagem falando em voz alta para que ele me escute.
- Eu mudei de sala. - Ele diz, mas não entendo.
Faço uma cara de interrogação.
- Na escola, eu pedi para mudar de sala, sabe antes eu não estava aguentando estar na mesma sala que você pois estava sentindo algo por você.
Vou até ele e me sento em seu colo, e o beijo.
- Tudo bem agora você me tem.Quatro meses depois...
Keet
Eu e Alice estava tudo maravilhoso, na escola nos encontrávamos no recreio, toda quarta íamos jantar em algum lugar, e aos finais de semana ela ia para meu apartamento.
Hoje era domingo, estávamos dormindo quando meu celular toca, olho no visor e vejo que é a dona Luci. Levanto e vou Para sala para não acordar ela.
- Alo.
- Keet que saudades, você não veio mais me visitar.
- Então é que eu tenho andado muito ocupado.
- Eu sei, só queria saber se você está bem.
- Eu estou.
- Tudo bem, venha me visitar logo.
- Vou sim.
- Beijo.
- Tchau.
Volto para cama, e ela ainda está dormindo. Já são quatro meses que não torturo ninguém, achei que agora com Alice não ia mais pensar nisso e nem querer mais, mas vejo que não. Já estou ficando maluco sem isso.
Durmo mais um pouco.
- Keet acorda, ACORDA
Dou um pulo, me levanto rápido e vejo que estou todo suado, tive um pesadelo horrível. Nele eu precisava torturar alguém e não tinha ninguém só Alice, então a machuquei tanto. Mais eu sei que esse sonho é só uma prévia do que eu realmente posso fazer com ela, e eu não quero a feri-la e enquanto ela estiver comigo não está segura. Eu sei que é difícil mais não dá para seguir em diante.
- Acabou. - Digo.
- Como assim acabou? - Ela me olha desacreditada.
- Eu não quero mais, acabou não quero mais.
- Você não pode simplesmente não querer mais e me mandar embora.
- Posso sim, pega suas coisas te espero no carro para te levar.
Quando vou sair do quarto ela fala - Eu não quero que me leve, gaste seu precioso tempo fazendo outra coisa.
Ela sai do apartamento e bate à porta.
Eu sei que a magoei, mas era tudo para protegê-la. Protegê-la de mim
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Um Amor Psicopata
HorrorEu sou forte e cruel não sinto nada por ninguém. Eu já matei e não me arrependo apenas me fortalece. Mais ela Ta me mudando e tenho medo disso, ela pode acabar destruindo o que mais lutei para ser, para me transformar. Tenho que acabar com isso ten...