Cap.04♣

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Acordei do meu rápido lapso de memória com alguma coisa lambendo meu rosto, eu olhei e Bobby na minha frente.

-O que foi em garotão?? Vamos embora? -Levantei e olhei para o relógio no meu pulso e vi que já era 3:38 da tarde, eu já estava atrasada, Olivia ia me matar, a praia e um ótimo lugar para se pensar na vida, tão bom que eu acabo perdendo a hora.

Olivia era minha avó materna,  a única pessoa no mundo que eu tenho, nunca chame ela de avó, ela diz que é nova demais pra ser avó, claro na brincadeira, ela sempre diz que ela perdeu uma filha, mais logo em seguida ganhou outra, meus avós paternos já morreram e como meu pai não tinha irmãos eu não tenho mais contato com a família dele, já a mãe ela tinha um irmão, que é meu tio, mais ele me chama de irmã ou filha, adoro ele, realmente ele é um irmão pra mim, ele é mais novo que minha mãe, 6 anos pra se exata, ele é policial investigativo.

Corri de volta pra casa, mais como eu estava a voando em pensamentos eu acabei batendo em algo ou alguém e cai com tudo na areia, ouvi um grito de raiva, eu me levantei me desculpando.

-Desculpas, sério me descupa, eu estava correndo e não...-Eu olhei para minha frente e vi além de uma cara zangada, um homem lindo de cabelos loiros e de olhos cor de mel, alto, malhado e com uma regata branca que aparecia tatuagens pelos seus braços, E que braços.

-Desculpa, mais se você quiser um guardanapo me avisa! -Eu o olhei sem entender.

-Desculpa, o que? -Ele me olha e revira os olhos.

-Se você não quer um guardanapo? -Ele pergunta.

-Porque eu quereria um? -Perguntei confusa.

-Você está me olhando de cima a baixo e de boca aberta. -Eu provavelmente fiquei vermelha, me limpei a areia do meu shorts e voltei a caminhar, tinha que estar em casa antes das 4. -Espera aí, onde você pensa que vai?

-Vou pra casa! -Disse sem olhar pra trás, Bobby estava a alguns metros a minha frente.

-Você me derruba na areia e derrama meu vinho e sai assim?! Ta achando que eu sou um saco de pancadas por acaso?  -Me virei e o olhei seria, tirei 50 dólares do meu bolso e estendi o dinheiro na direção dele, ele me olhou e olhou pro dinheiro.

-Pega logo o dinheiro! -Falei querendo resolver o mais rápido possível pra ir embora.

-Não! -Eu o olhei incrédula.

-Não?

-Não.

-Então o que você quer? -Ele se aproximou, se aproximou demais pra ser exata, eu podia ver sua íris, ele cheirava a banho tomado e bebida.

-Quero isso...-Ele do nada me puxa e me beija, eu assustada me debato, mais ele era grande e forte, então eu dou uma joelhada no meio das pernas dele e ele me solta, grito e meu cachorro de não sei aonde sai correndo e da uma mordida bem na coxa dele, eu saio correndo e meio que tropeçando nos meus próprios pés, corro o mais rápido possível sem olhar para trás, vejo meu cachorro me seguir, subo as escadas até o calçadão e corro até em casa.

Quando chego eu abro a porta com toda a força e a fecho com um baque, sinto minhas pernas amolecerem e eu cair no chão da sala, meu coração estava mais rápido do que os toques de um tambor.

-Filha? O que aconteceu? -Olivia vem até mim correndo e me ajuda a levantar.

-Um...Um...Um cara...-Nisso vejo meu tio entrar do jardim de trás pela porta de vidro da cozinha e vir até mim como um relâmpago.

-O que aconteceu? -Ele me pega no colo e me põe no sofá.

-Eu não sei, eu só escutei um barulho alto e corri até aqui e vi ela ali no chão e tremendo. -Falou olivia.

-Conta pra mim o que aconteceu, mãe pega um copo de água com açúcar. -Meu tio se ajoelhou na minha frente e olivia vai para a cozinha.

-Um homem me agarrou na praia. -Nisso eu ouso algo se quebrando na cozinha e eu viro o rosto e vejo olivia me olhar com os olhos arregalados.

-Meu deus, filha! -Ela correu e se sentou no meu lado e segurou minhas mãos.

-Calma, ele não conseguiu fazer nada além de me dar um beijo, eu dei um chute nele e o Bobby mordeu a coxa dele, então sai correndo.

-Você sabe quem era? -Meu tio perguntou.

-Não.

-Onde você foi? -Perguntou meu tio.

-No lugar de sempre, na praia, depois daquele quiosque.

-É perto daqui, geralmente não a turistas por aqui nesse período do ano, já que estamos perto do outono. -Ele disse.

-Pois é, conhecemos praticamente todos as pessoas dessa parte da cidade. -Falou minha avó, ela era dona de 3 confeitarias nessa parte da cidade, portanto saberia se a alguém novo na cidade, pelas fofocas.

-Eu quero tomar um banho e esquecer isso, por favor. -Falei, me sentindo mal em botar mais uma preocupação na cabeça deles, eu as vezes me sinto um fardo desnecessário pra eles, principalmente para meu tio, que estava com o casamento marcado quando os meus pais sofreram o acidente, ele então decidiu dar um tempo no casamento, pra ficar perto de mim e isso eu nunca vou me perdoar.

-Claro querida, pode ir, se precisar de algo é só chamar! -Me levantei do sofá ainda tremendo e com o coração acelerado, subi as escadas e ouvi meu tio falar pra minha avó.

-Vou descobrir quem fez isso com ela! -Ótimo, agora sim eu me senti mais culpada do que já sinto, mais uma preocupação.

Entrei no meu quarto e fui direto para o banheiro, tirei a roupa e liguei o chuveiro, esperei a água esquentar e entrei de baixo, comecei a pensar nele, quem era esse cara?

Um Fora Da Lei. (Justin Bieber)Onde histórias criam vida. Descubra agora