Drica

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Capítulo 13

POV Lauren.

Quase uma semana se passou. Uma semana desde que eu beijei Camila, desde a carta do meu pai e desde que eu tive noticias que 4 dos meus inimigos estão soltos e jurando vingança.

Vamos por partes, se eu me preocupo com essas ameaças? Não. Não mesmo. Fui treinada a vida toda pra isso e se eles acham que espalhar boatos do tipo: "Você vai pagar, Lauren", "Terei o prazer se ouvir seus gemidos, tanto na cama como na ponta da minha faca", vai me botar medo... Puft, não será a primeira vez que eu terei o gosto de os mandar para o hospital ou até quem sabe... pra funerária. Se eu chegaria tão longe? Não sei, fui treinada pra isso e não vou me sentir culpada se acidentalmente uma faca atingir seus corações, pulmões ou até no órgão que eles gostam tanto de exibir, seria divertido, não?

Se eu realizei o ultimo desejo do meu pai? Não, ainda não. Não que eu tenha medo de ser a chefe da maior facção do país, ou das responsabilidades e perigo que isso me traria... só que, eu simplesmente não tenho cabeça e nem vontade de me tornar a "chefão". Estou afundada até a testa nessa sujeira, minha "família" começou essa merda e no fundo todos sabem que eu faria parte dela. Querendo ou não, eu sou a peça principal nesse jogo, eu decido o futuro, não só dessa facção de merda, como de todos que fazem parte, suas rendas mensais, seus vícios, suas seguranças. Estou farta de sentir esse peso nas minhas costas e vou adiar essa decisão pra mais longe possível. Talvez um mês? Dois, três... quem sabe um ano? Marshall não se incomodaria de continuar no comando, na verdade, eu acho que é isso que ele quer, ser o chefão oficial, sem uma adolescente interferindo em suas ordens.

Camila... bem, Camila... o que falar? Eu realmente achei que não conseguiria me apegar em alguém tão fácil mas, essa garota mexe com todas as células do meu corpo. Em uma semana "juntas" parece muito mais tempo do que realmente foi. Ela tem um jeito lindo de ver tudo, é espontânea e o melhor, não me julga, não tem medo e nem se importa com minha condição criminosa. Sei que é muito bom pra ser verdade, Camila ela é do tipo de garota fiel, que estará com você enterrando um corpo se preciso, o que eu espero não acontecer, mas enfim, eu gosto muito de estar na companhia dela e mesmo estando juntas sem compromisso, escondido, na nossa, eu me sinto nas nuvens, coisa horrível de falar, mas ela me faz bem. Não é carnal, como sempre foi com minhas outras companhias, até porque, eu e ela nunca passamos de uns bons amassos, ela dá o stop e eu a respeito, pra surpresas de todos, sim, eu respeito o tempo dela e não insisto.

Ainda é cedo pra falar, puuf, uma semana? Mas, acho que eu realmente to gostando dela...

Sexta feira, aula de química, dia de entregar as tais redações sobre nossa companheira de turma. O tal trabalho que me aproximou de Camila, devo dizer que amo biologia? É... talvez.

Chego na sala 15 minutos antes do sinal, vejo Camila no lugar dela lendo um livro, como sempre a vejo. Ela nem prestou atenção em minha entrada, ao contrario de outros alunos que saíram da minha frente sem ousar me encarar, ri baixo com a atitude deles gostando de saber que boto medo, é melhor assim.

- Bom dia, princesinha. - sussurro ao sentar no meu lugar, não muito próximo dela pra não dar motivos pra fofocas. Camila levanta o olhar pra mim e revira os olhos sorrindo deslumbrante.

- Bom dia, Lo, - sorri com meu apelido - redação pronta?

- Sim, mas não vou deixar você ler. - me encosto na cadeira esticando minhas pernas pra frente.

- Por que não? - ela vira o corpo pra mim - Fala sério, deixa, por favor? - ela faz um beicinho adorável, o que me fez segurar a vontade de morde-la.

- Não insista, - sorri - não vou mostrar, não importa o que você faça.

- Idiota. - ela bufa - Então também não vou deixar você ver a minha... - eu dei de ombros.

Bad Girl ➸ CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora