E D G A R F E R R A R I
Depois do clima tenso em sua casa, Cassie decidiu fingir que aquele momento nunca aconteceu.
Ignorou nossas perguntas, sobre o ocorrido até a gente desistir.
Seguimos no shopping, procurando um lugar para comer, mas foi difícil, porque cada um queria pedir em um lugar diferente. Cassie e Melissa optaram por uma pizza grande, já Enzo e eu preferimos um combo com hambúrguer, batata frita e refrigerante.
De sobremesa, todos concordamos com um sorvete caprichado para fechar com chave de ouro.De barrigas cheias, conversamos sobre várias bobagens, com assuntos divertidos e até bobos que nos fizeram esquecer do Bombardeado e de todo o resto. Quando dei por mim, já eram quase dez horas da noite e minha família deveria estar morrendo de preocupação, já que eu saí de manhã cedo, sem avisar a ninguém.
Melissa também se assustou com o horário, ela também precisava ir, pois tinha que acordar cedo para trabalhar amanhã e tentar recuperar o dia perdido de hoje no trabalho.
Como Cassie e Enzo iam voltar juntos para a mesma casa, eu ofereci carona para Melissa, e daí nos despedimos e ficamos de manter contato no whatsapp.
Deixei Melissa na porta de casa, ela me agradeceu e entrou. Depois de deixar ela em segurança eu segui para minha, acelerando a toda.
Cheguei rapidamente, estava de bom humor, o trânsito estava bom, desarmamos uma bomba, salvando várias vidas, fiz Cassie sorrir com minhas piadas terríveis, a fazendo ficar mais animada depois do episódio tenso em sua casa. O dia foi bem produtivo, penso sorrindo enquanto guardo a moto na garagem, entro na sala pendurando o capacete e as chaves, mas quando vejo Isabella e minha avó sentadas no sofá,com os rostos e olhos vermelhos, meu sorriso se desfaz.— O que houve? — Vou até elas preocupado, meu coração já estava disparado.
— Aconteceu de novo. — Isabella me respondeu fungando — Ela dirigiu bêbada, Edgar.
— Meu Deus! Ela está bem? — perguntei preocupado, encarando Isabella — Isabella, a nossa mãe está bem?
— Ela está sim, meu filho. — minha avó levanta, me respondendo — Ela está ótima, Foi um acidente leve, teve sorte. Ela só bateu em uma loja de roupas. Graças a deus a loja estava fechada e ninguém se feriu. Só que levamos um prejuízo imenso, o dono disse que ia dar queixa se a gente não pagasse o prejuízo. São oito mil reais. — ela me explicou— Ou a gente paga ou ela vai presa.
— Eu vou pagar. — falei prontamente, mesmo sem saber de onde ia tirar esse dinheiro — E onde ela está? Já levaram ela pra clínica?
— Ainda não. Desde que chegamos, ela se trancou no quarto e ficou chorando. — Isabella falou me olhando — A Hellen também dormiu chorando, porque ouviu os gritos de desespero que ela soltou enquanto chorava feito louca, quebrando todo o quarto. — minha irmã esfregou o rosto, já estava chorando — Ah, Edgar! Está ficando cada vez mais difícil. E você sumiu quando a gente mais precisava. Te ligamos feito loucas e você não nos atendeu... Sozinhas a gente não consegue...
— Ah, Isa, me perdoa... me perdoa — pedi segurando seu rosto e beijando sua testa — Eu vou conversar com ela e vai ficar tudo bem. Eu vou trabalhar e pagar essa dívida. Nós vamos ficar bem, eu prometo.
Isabella assentiu chorosa e me deixou secar suas lágrimas. — Vai descansar agora.
Isabella me abraçou e subiu para o quarto.
Fui até a minha avó, segurando suas mãos, dava para ver em seus olhos que ela estava aborrecida, magoada por mais esse deslize da minha mãe.
— Ei, minha velha, vamos ficar bem... Só precisamos ter paciência com ela, vamos ajuda-la a sair de buraco...
— Amanhã eles vêm buscar ela. Eu já liguei.— Vamos dar mais uma chance. Foi só uma recaída. — pedi ainda segurando suas mãos. — Por favor, vó. As meninas ficaram tão felizes com ela de volta.
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JOGO EXPLOSIVO - O Bombardeador ( EM REVISÃO E EDIÇÃO )
Misteri / ThrillerSérie Insane - Mentes Perversas #2 Nomeados como esquadrão - Cassie, Melissa, Enzo e Edgar- , um psicopata brinca prentenciosamente criando um jogo doentio de detetives que levam a pistas até sua verdadeira identidade e intenções.