Capítulo 4 - O Sequestro ( Parte Um )

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Após eu pegar no sono, acabo tendo um pesadelo horrivel, onde aparece o garoto que me estuprou e ele corre atrás de mim tentando me pegar aí então aparece o Daniel e tenta segurar ele, mas ele está com uma arma na mão e na tentativa de rende-lo o Daniel acaba levando um tiro. Eu corro em direção a ele chorando e gritando e assim o pesadelo acaba.

Acordo e solto um grito assustada e o Daniel que dormia lá em baixo entra correndo e com uma arma em punho mira para todos os lados. Ele está vestido com uma regata preta e uma calça jeans cinza. Ele olha para mim e estou chorando, com a respiração ofegante e agarrada ao cobertor e então ele vem até mim.

- Você está bem Ana? O que aconteceu?! - ele pergunta assustado e eu consigo sentir seu coração e o meu bater aceleradamente.

- E-eu tive um pesadelo. - digo com a voz falhando, ele ouve atentamente. - Você havia morrido Daniel. - falando isso duas lágrimas escorrem pelo meu rosto.

- Isso não vai acontecer Ana. Eu vou estar sempre aqui para te proteger. - ele diz e apóia minha cabeça no seu peito. - Você me assustou. - ele me solta e me olha nos olhos - Eu tenho que ir trabalhar. - depois de ele dizer isso eu sinto um aperto no coração. Eu não quero que ele vá. Ele se levanta da cama e eu seguro seu braço.

- Não, Daniel. Fica aqui, por favor.

- Não dá, Ana. Eu tenho que trabalhar para nos sustentar. - ele olha para a minha mão que o está segurando e eu solto.

- Toma cuidado. Eu não quero perder você. - digo olhando para as minhas mãos.

- E não vai. - ele pega no me queixo e olha meu rosto com uma expressão abatida e assustada. - Você quer que eu deixe alguém ficar vigiando para que nada aconteça com você? - ele diz preocupado comigo.

- Não... Eu acho que não precisa. - limpo as lágrimas e olho para ele. - Eu vou ficar bem. - suspiro e ele sai.

...

Tento dormir um pouco, mas em seguida acordo com um estrondo. Levanto - me rapidamente e de fininho vou até a porta do quarto. Olho ao redor da sala e cozinha, vejo um homem grande mascarado jogando as coisas de cima da mesa pro chão, tampo minha boca para impedir um grito. Volto para o quarto, pego meu telefone e tento discar para o Daniel. Estou tremendo e gelada, a ligação tá chamando e ouço passos subindo as escadas e me escondo atrás da cama. Não consigo vê-lo direito. Alguém atende a ligação e fala alguma coisa e o homem ouve e me agarra. Começo a me debater e gritar tentando escapar dele, mas ele é muito forte. Ele aperta meus pulsos com força e não consigo mais sentir as minhas mãos e acabo derrubando o celular que se quebra na queda.

Noto que estou chorando, meus pulsos doem muito e depois o homem coloca um pano branco em minha boca e nariz, está com cheiro de álcool, tento gritar novamente mas acabo apagando.

Daniel

Saio em direção ao Departamento de Polícia onde eu trabalho, quase bato em um carro na avenida, eu não consigo parar de pensar na Ana. Estou muito preocupado com ela, com o que ela disse. Chego no departamento e logo me ocupo de ir fazer uma ronda pela cidade. Depois de uma hora fazendo ronda paramos eu e meu colega em uma lanchonete para lanchar. A secretária do departamento que tem cabelos curtos e ruivos começa a falar alguma coisa pelo rádio e eu vou até lá para saber o que é.

- Fala Abigail! - digo e uma voz sai chiando pelo rádio:

"Cabo Daniel... ligaram da sua casa... o número 4567-8921... mas não disseram nada... eu ouvi um suspiro e passos... de repente desligaram... não é nada importante?"

Prova de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora