Capítulo 4

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Sophie caminha atrás do homem misterioso, que parecia saber algo sobre o desaparecimento da irmã. Este leva-a a uma casa pequena e velha, sem dizer uma única palavra. Mas Sophie não aguenta o silêncio. Tem de saber mais sobre aquele homem, tem de saber mais acerca do que ele sabe sobre Anne, precisa de saber muito mais.

-Ainda não me disseste o teu nome.

-Isso não é relevante. – Responde, sem parar ou sequer olhar para trás.

-Sabes o meu, é mais que justo que eu saiba o teu.

-Zayn.

Antes que Sophie quisesse responder, Zayn abre a porta da casa, que chia assim que o faz. Lá dentro encontram-se várias estantes velhas, cheias de livros livros e cujas capas começam a ficar sem cor. Também há um sofá com algumas almofadas e uma televisão daquelas que se usavam antigamente, quando ainda havia televisões a preto e branco.

Sophie fica parada à entrada, observando aquele espaço que mais parecia uma biblioteca com centenas de anos, enquanto Zayn se aproxima de uma estante e tira de uma prateleira um livro enorme e bastante largo. Parece ter umas letras numa outra língua qualquer.

-É aqui que vives?

-Sim. – Responde Zayn, sem transmitir qualquer emoção, qualquer expressão.

Sophie limita-se a observá-lo a folhear o livro que pegara sem dar um único passo ou revirar o olhar. Sophie começa a andar pela pequena divisão, dando uma olhadela aos livros expostos nas prateleiras.

O ambiente é de profundo silêncio. Apenas se ouvem as folhas a mexerem-se e o vento lá fora.

-Aqui está. – Diz o homem subitamente, fazendo Sophie dar um pequeno salto de susto.

-O quê?

-Este livro tem tudo o que precisas de saber por agora.

-É suposto eu lê-lo?

-A menos que percebas latim, devo ser eu a dizer o que está escrito neste livro.

-Nesse caso, estou a ouvir.

Zayn olha por uns instantes para Sophie, mas não diz nada. Fecha o livro e volta a colocá-lo na prateleira, no espaço vazio de onde o tinha tirado.

-Um grupo de bruxas. – Diz subitamente, seguido de uma pausa. Depois continua. – Andava em guerra contínua com vampiros que queriam exterminá-las, já que eram dos seres mais perigosos na altura.

- O que estás a dizer? – Interrompe Sophie. – Bruxas e vampiros não existem!

- Como podes saber, se nem sequer existias?

- Toda a gente sabe.

- Isso é porque ninguém quer ver a realidade, as pessoas preferem acreditar no que as outras pessoas acreditam.

- Bruxas e vampiros não existem!

- São tão reais quanto a morte dos teus pais.

Assim que Zayn o diz, Sophie não consegue entender o que ele tenta dizer. Por momentos, tenta lembrar-se dos seus pais e apercebe-se de que nenhuma memória lhe surge.

- O que sabes... sobre a morte dos meus pais?- Pergunta Sophie, com a voz trémula.

- Tudo o que tu não sabes.

- Mas eu sei! – Mente.

- Não sabes.

- Como podes ter tanta certeza disso?

- Porque eu estava lá. E eu sou a prova de pelo menos parte do que te estou a dizer.

- Como a...

Antes que pudesse terminar, Zayn muda de expressão pela primeira vez aos olhos de Sophie. Mas acontece algo que ela não esperava.

Na cara de Zayn destacam-se agora uns caninos e um encarnado leve à volta dos seus olhos. Sophie dá dois passos para trás e fica chocada com o que vê.

- Mas o que... o que raio és tu?

- Um vampiro, Sophie. – Aproxima-se. – É desta que vais acreditar em mim?


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Boa noite!

Deixo aqui o quarto capítulo da "Origins". A partir daqui os capítulos começam a ser significativamente maiores, se comparados com os quatro primeiros. É a partir deste capítulo que realmente começa a história, a "verdadeira" história.

Agradeço as vossas opiniões, são muito importantes pois podem dar uma evolução à minha história e à minha maneira de escrever. Não tenham medo de dar a vossa opinião, estamos todos aqui para também aprender!

E se gostarem, não se esqueçam de votar, e claro, como já disse, comentarem as vossas opiniões.


Boa leitura a todos! :))

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