Acordar cedo nunca foi o meu forte, principalmente quando se tem uma festa de despedidas por vir. Eu odeio despedidas. Odeio ter que deixar meus amigos e a vida que eu tenho aqui. Mas será bom, vou recomeçar.
Me chamo Elle. Elle Hermanni, tenho cabelos loiros e longos, olhos cor de mar, sobrancelhas grossas e escuras o que acabou se tornando minha marca. Um pouco alta e insegura demais para viver longe dos meus pais. Porém forte. Uma mistura um pouco complicada. Carrego comigo todos os sonhos do mundo; Tenho medos, receios. Tem dias que quero sair do meu corpo, mas apenas adormeço. Enfim sou totalmente humana. Moro com meus pais, família tradicional, sabe como é, aquele apego todo, preocupações desnecessárias e festas de despedidas e cá para nós, nunca fui boa com despedidas. Sou filha única e tenho a melhor amiga do mundo.Acabei de completar dezoito anos e amanhã estou embarcando para Cambridge, Massachusetts fui aprovada no curso de medicina em Harvad.
— Cara, nem acredito, estamos indo juntas! — Melanie entra no meu quarto totalmente eufórica. Ela tem essa mania de sair entrando sem antes bater na porta. É isso que dá, intimidade é uma coisa complicada muita das vezes, mas confesso que eu gosto desse jeitinho dela.
— É pode acreditar. Sinceramente sou insegura demais, mel. Vou sentir falta dos meus pais, dessa cidade maravilhosa!
— Isso é normal, El. Pode se levantar, sua festa já vai começar. —
— Mel, o que eu visto? Não tenho nada novo para vestir.
— Achei que já estivesse levantado na verdade, mas vamos lá. Primeiro passo é sair dessa cama né queridinha. — Melanie me olha com sua famosa cara de paisagem.
— Ah... — Soltei um resmungo e levantei, fiz minha higiene e em minutos já estava vestida. De pé na frente do espelho me reparo, estou vestindo um jeans levemente rasgado nos joelhos e uma blusa branca lisa, calço uma sapatilha preta e meu cabelo está solto.
— Ele vem, você sabia? — Melanie me lança um olhar sério que já me diz tudo. Vai dar merda.
— Eu não quero aquele traste aqui. Meu rosto se fechou rapidamente e eu já estava soltando fumaça pelas minhas narinas. Isso tem cheiro da Dona Lily, aposto que foi minha mãe que o convidou. Ela sempre diz que devemos perdoar o próximo e que rancor dá rugas. Jesus Cristo, acho que joguei muita pedra na cruz para merecer tudo isso. Não estou reclamando da minha mãe, pelo contrário, admiro essa qualidade que ela tem de perdoar facilmente as pessoas. Mesmo quem tenha magoado sua doce e unica filha. ''Ele, traste'' uma simples referência ao rapaz que me deixou no fundo do poço, quase literalmente. Por sorte ainda restava um pouco de amor próprio em mim e eu consegui me recompor. O traste se chama Pedro e é um filho da mãe lindo, cabelos castanhos e olhos cor de amêndoas, quase um Deus grego. Éramos melhores amigos, a coisa ficou séria e acabamos nos envolvendo demais, e quando digo ''demais'' me refiro á ''bastante''. Ele era como uma onda forte, revirava meus sentimentos, revirava meu estômago, me revirava por inteira, tinha um efeito incrível sobre mim. Namoramos por 3 anos, eu era completamente louca por ele, do tipo que esquecia de viver para mim e vivia exclusivamente para ele. Pedro me levava as alturas quando dizia que me amava, não podia dar errado, éramos melhores amigos, mesma idade, sua mãe é melhor amiga da minha mãe, moramos na mesma rua e a casa dele é de frente da minha. Era para sido tudo perfeito, mas não foi. Alguns meses atrás, quando ele escolheu acabar com tudo...
12/08/2015
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Eu prometo #Wattys2016 [HIATUS]
Romantik. Uma história de luta pelo amor e pela vida... Elle uma garota de 18 anos, insegura que sente medo do futuro, mas carrega dentro de si todos os sonhos do mundo e isso basta. Acredita que todo a...