Capítulo 7 - Festa

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Chegando no alojamento eu fui correndo para meu quarto, na verdade eu queria ir direto contar tudo o que aconteceu para a Mel. Como um furacão fui abrindo a porta e ela estava deitada em sua cama com as pernas arreganhadas.

— Que m*rda é essa, Mel?

— Nada, estava treinando uma coisa.

— Treinando? Você é realmente muito estranha. — Mas não importa, que a Mel tem parafusos a menos nós já sabemos, o que importava mesmo era a reação dela depois que contei cada detalhe da minha tarde.

— TÁ DE BRINCADEIRA? MINHA NOSSA SENHORA DOS ENCALHADOS! ESSA É SUA CHANCE ELLE! —

— Para de gritar, Melzinha. E nem vem com essas suas ideias malucas, por que o Thomas é um rapaz comprometido. — Nesse mesmo momento ela estava me olhando exatamente como a Crazy Eyes de Orange Is The New Black, o que era muito assustador.

— Cara, isso é verdade. Mas, ele não disse que iria terminar com ela? —

— Mel, não sei. Talvez ele falou da boca para fora e eu não vou torcer por isso, de forma alguma. — Eu me negaria a fazer isso, afinal de contas eu já passei por coisa parecida e eu não desejaria isso para ninguém.

— Gente, eu shippo ou não shippo? Temos que inventar um nome, que tal... — Essa loucura dela estava me assustando, fora o seu caminhar para lá e para cá dentro do quarto.

— Mel, nem vem, tá? Desiste. —

— Thomell. MARAVILHOSO! SOU UMA GÊNIA! — Não pude conter minha gargalhada frenética, essa menina era mesmo a melhor. O que seria de mim sem essa coisinha esquisita?

— Vamos, florzinha. Arrume uma fantasia por que vamos juntas nessa festa. — O olhar dela de criança feliz me deixou muito contente, parecia uma menininha de 5 anos quando os pais a deixam tomar quanto sorvete ela quiser. 

Não tínhamos muita coisa para fazer uma fantasia de última hora e muito menos um lugar para alugar. Alias, para não dizer que não tivemos opções, liguei para várias lojas de fantasias e todas estavam em falta, exceto uma...

— Eu me recuso a me vestir de maionese — Seus braços estavam cruzados e seus lábios enrugados.

— Mel, não temos outra alternativa. Até que você ficaria fofa de maionese gigante. — Depois dessa minha última frase, vi estrelinhas quando ''acidentalmente'' como diz a Mel, um livro foi parar na minha testa. Por fim, ela realmente se recusou a ir de maionese, então peguei um vestido branco velho no departamento de achados e perdidos da faculdade e anilina vermelha na sala de artes.

— Vamos, vista isso e finja que a anilina é o sangue. Você pode ir de Carrie, a Estranha. —

— TÁ DE SACANAGEM? ESTOU PARECENDO O EXORCISTA. — Eu juro que antes de chegar nessa festa eu já estou surda. Lutei, até que ela decidiu ir de exocista como ela mesma quis rotular. As horas até que passaram rápido e nós duas já estávamos arrumadas e prontas para sair. Só faltava um único detalhe, aonde seria a bendita festa? Eu não conheço nenhum Brod velho amigo do Tom e muito menos aonde fica essa casa, então a única opção que eu tive foi ligar e perguntar.

— Querido, Thomas. Já estamos prontas, aonde fica mesmo a casa do Brod? —

— Estamos? —

— A Mel vai comigo, algum problema? —

— Não, claro que não. Só perguntei por perguntar. Bom, está no alojamento? — Acho bom mesmo senhor Tom, pois se minha florzinha não fosse eu também não iria.

Eu prometo #Wattys2016 [HIATUS]Where stories live. Discover now