O sol está adentrando o quarto e espalhando seu brilho sob meus olhos e é assim que desperto. Uma manhã de sábado refrescante e com cheirinho de primavera. É com esse pensamento que me levanto para tomar um banho relaxante e seguir com meus compromissos. Preparei minha banheira e mergulhei naquela água morna e cheirosa devido aos sais de banho que a Mel me presenteou. Minha cabeça está totalmente mergulhada e quando abro meus olhos vejo apenas borrões, é exatamente assim que nosso futuro é. Borrões. São como borrões por que não podemos ver nitidamente como será, não fazemos ideia do que virá, mas sempre teremos pequenos formatos de adivinhações em nossa mente, por isso são como borrões. Você não sabe o que é, mas pode imaginar julgando pelos seus atos. E neste momento, os borrões estão tomando a forma de uma rosa. Já disse que tenho uma imaginação incrível?
Tomei um banho bem demorado e isso me relaxou bastante. De roupão fui até meu quarto e caminhei em direção ao meu armário para escolher uma roupa. A calça jeans e a regata branca estavam realçando meu corpo, a pequena tiara marrom no meu cabelo combinava perfeitamente com a maquiagem que eu elaborei e agora só faltava calçar minhas sapatilhas... Me redirecionei a sapateira e escolhi. Sai do quarto em direção a cozinha e Thomas já estava de pé tomando café na bancada.
— Bom dia. — Falei indo em sua direção e sentando ao seu lado.
— Bom dia, tome logo seu café senão vamos nos atrasar.— Fiz o que ele me pediu, e o café estava incrível. Comi algumas broas enquanto conversávamos e me veio em mente o porquê de seus pais não o acompanharem em consultas e nem em sua internação. Meus pensamentos foram interrompidos pela Melanie nos desejando um bom dia preguiçoso e com direito a remelas nos olhos.
— Bom dia, florzinha. Dormiu bem? —
— Ah... Dormi, mas preferia estar dormindo ainda. —
— E por que não volta para cama? —
— Marquei um passeio com a Eleonor. — Eleonor é sua amiga colorida que contei, aquela da festa.
— Hum, então boa sorte. Estou saindo com o Thomas para sua consulta, feche a casa, ok? — Plantei um beijo em sua testa e saímos para a consulta.
O carro de Thomas estava confortável e ele dirigia para o hospital.
— Mas me fala, Tom. Por que seus pais não te acompanham? —
— Elle, eu não quero falar sobre isso. —
— Thomas, você não pode fugir de seus problemas... E olha, você escolheu cursar psicologia, como pode ajudar alguém se você próprio não se ajuda? Não estou querendo te julgar, mas... —
— Eu sei, Elle. E eu só faço isso em homenagem á minha mãe. —
— Sua mãe morreu? — Perguntei com os olhos arregalados.
— Há cerca de dois anos, não me pergunte mais nada.— Ok, isso era tudo o que eu precisava saber para entender mais sobre a vida do Tom. Se a mãe dele morreu, o pai ainda deve estar traumatizado e por isso deve se trancar ou coisas do tipo, o que explicaria sua ausência nas consultas do filho. Tive mais compaixão por Thomas ao saber que sua mãe é falecida, esse garoto me surpreende a cada dia. A viagem foi um pouco longa, o hospital que Thomas frequentava não era o da cidade, era um bem distante e muito bonito. Suas janelas eram de vidro igualmente por todo o prédio. Aparentava ser um prédio muito alto.
Encontramos com a recepcionista que nos atendeu bem e mostrava uma caidinha pelo Thomas. Ignorei meus pensamentos e o segui até a sala de espera. Era aconchegante, havia algumas poltronas brancas de couro espalhadas pela sala, um lustre muito bonito, quadros grandes e coloridos e um vaso de plantas maravilhoso.
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Eu prometo #Wattys2016 [HIATUS]
Romantik. Uma história de luta pelo amor e pela vida... Elle uma garota de 18 anos, insegura que sente medo do futuro, mas carrega dentro de si todos os sonhos do mundo e isso basta. Acredita que todo a...