Acordei com Mel sentada na minha cama, os olhos arregalados e me olhando fixadamente.
— O que é isso, Mel? —
— Como chegamos em casa? — Mel dispara.
— Ué, o Thomas nos deu uma carona, chegamos bem, relaxe. —
— Ufa, já me verifiquei e estou sem nenhum arranhão e viva. — Mel disse saindo da minha cama e ficando de pé. —
— Por que estaria ferida? —
— Sei lá, estava bêbada, bêbados tem a mania de se machucarem e nem se lembrar como. — Essa menina é uma graça, só diz baboseiras. Levanto-me da cama, faço minha higiene matinal, e me arrumo. Estou vestindo uma blusa de mangas de lã, calça jeans e sapatilhas. Meu cabelo solto com cachos nas pontas e nas bochechas blush. A aula começa daqui 10 minutos, então é melhor eu me apressar.
— Mel, estou saindo, minhas aulas começam agorinha. —
— Oh, me espere, vou sair também. — Sorri para Mel e saímos juntas, tranquei a porta do nosso quarto e partimos em direção ao campus. O dia está bonito, nublado do jeito que eu gosto, um vento agradável e pessoas sorrindo para todo o canto.
— Olha quem está ali — Mel aponta para Thomas. — Devemos agradecer pela carona? —
— Eu já o fiz ontem. — Respondi e respirei fundo. — Vamos Melanie, não quero me atrasar. — Aumentei o passo e segui em frente.
— Espera aí. Aconteceu alguma coisa ontem? — Mel segura meu ombro e me puxa para trás. Ficando de frente para ela avisto Thomas conversando com alguns amigos e fixo meu olhar de volta na Mel.
— Quase nos beijamos. Mas foi sem querer, só que para mim foi bom e eu não deveria me sentir assim. Sinto-me culpada pela Soph, mesmo sem nada ter acontecido. —
— AI MEU DEUS! — Mel saiu gritando e isso chamou a atenção do Thomas que bateu a mão no ombro de um rapaz que estava conversando e seguiu em nossa direção.
— Ele está vindo, Melanie para. — Olhei firme e ela se afastou cruzando os dedos e me desejando boa sorte. — Já disse que ás vezes ela me irrita?
— Oi. — Thomas diz.
— Oi, bom dia. — Respondo educadamente.
— Como se sente hoje? —
— Muito bem, obrigada, e você Thomas?
— Pode me chamar de Tom, soa melhor. Bom, eu estou mais ou menos, eu acho.
— Mas por que? — Perguntei e comecei a andar, ele foi seguindo do meu lado e o papo continuou.
— Ah... Eu e a Soph brigamos, temos brigado muito ultimamente, ela está estressada demais e eu não sei o por que, mas no final se resume em brigas. —
— Ela ficou brava por causa da carona? —
— Não, na verdade eu nem quis contar já que ela havia brigado comigo. Cheguei ontem no alojamento e vi a mensagem que ela me mandou, foi quase um término e no restaurante ela estava me tratando bem, eu não entendi. —
— Nossa, não sei o que dizer. Eu não a vi hoje. —
— Ela não voltou para o alojamento? —
— Não, ela não iria ficar na casa da mãe dela? —
— Sim, mas elas brigaram e ela me disse que voltaria para o alojamento ainda esta noite, quando te deixei lá e não a vi, achei que ela ainda estava a caminho. Obrigado por me contar Elle, nos vemos mais tarde. Ah, me ligue. — Ele anotou seu número em um pedaço de papel e me entregou com um sorriso forçado, saiu correndo e o perdi de vista. Com certeza deve ter ido atrás da Sophie. Bom, está na hora da aula e estou 2 minutos atrasada. Corri em direção a minha sala, e entrei. O professor já estava anotando coisas no quadro e a sala lotada, me sentei atrás, pois era o único lugar vazio. Por sorte o professor não me viu entrar pois estava de costas e dessa vez não levei esporro por chegar atrasada. Sr Will, um velho barbudo do nariz espichado e olhos azuis, veste uns trapos marrons que me lembra o Frodo do Senhor dos Anéis. Este, é o meu professor de FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS E BASES MORFOLÓGICAS DA MEDICINA. As horas se passaram e aula foi bem descontraída. Sr Will parece ser um senhor contente e de bem com a vida... Bate o sinal interrompendo meus pensamentos, me levanto e saio rápido da sala, procuro um lugar para sentar e logo encontro um banco debaixo de uma árvore enorme, corro e me sento. Seguro o papel com o número do Tom nas mãos, será que eu ligo? Mando uma mensagem, alguma coisa assim? Por fim decido mandar uma mensagem com a minha localização. Estou no banco debaixo de uma grande árvore, logo em frente a sala de fundamentos biológicos.
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Eu prometo #Wattys2016 [HIATUS]
Roman d'amour. Uma história de luta pelo amor e pela vida... Elle uma garota de 18 anos, insegura que sente medo do futuro, mas carrega dentro de si todos os sonhos do mundo e isso basta. Acredita que todo a...