A Verdade

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Annabell:

Atravessamos os corredores da escola, percorrendo o caminho para a sala de Lúcifer, eu estava nervosa, se ele descobrisse o que eu havia tentado fazer, eu estaria morta, chegando lá Lúcifer estava vestido como se estivesse voltado de uma festa, com uma blusa preta e calça jeans azul, que realçava seus olhos e cabelos.

- Obrigado Ariel – ele disse num tom tranquilo – pode se retirar.

Ariel assentiu e virou-se indo na direção oposta a nós.

- Não fique assustada Anna, eu quero sua opinião para uma coisa.

Aquela frase não me tranquilizou.

- O-o que é? – gaguejei tentando disfarçar o nervosismo.

- Você e seu irmão são um dos anjos mais fortes que existem por aqui, - ele me olhava tão fixamente que parecia que ia ler minha mente – O que acha de se juntar ao exército oficial, e lutarem ao meu lado.

- E o que esse exército tem como objetivo? – perguntei cautelosa.

- Temos como principal objetivo o completo extermínio da raça humana e demoníaca.

Como assim?

Aquelas palavras soaram como uma flecha atravessando meus ouvidos, fiquei sem reação por um momento, a única coisa que consegui pensar numa situação daquelas foi me levantar e ir em direção a porta.

- Onde pensa que vai sem me dar uma resposta? – ele perguntou me segurando pelo braço.

- Me solta. – disse puxando meu braço – Eu não posso fazer isso. –

- A Família Vielmont sempre se recusa a matar humanos. – sussurrou Lúcifer para si mesmo.

Família Vielmont?

Ao notar que eu havia ouvido aquilo ele desviou o olhar e foi até a estante que se encontrava em sua sala, ele pegou um livro e, suspirando, voltou novamente o olhar para mim.

- Tem certeza que não vai aceitar minha proposta?

- Desculpa Lúcifer – disse com seriedade – mas eu não vou concordar com alguém que deseja ferir os humanos, a vida deles é tão importante quanto a nossa.

- Mesmo que isso vá contra as minhas regras?

- Eu sou uma anja, - retruquei o encarando nos olhos – sirvo a Deus e não a você.

- Anjos não são obrigados a servir a ninguém. – ele disse num tom de seriedade, como se discordasse de tudo o que eu dizia.

- Mesmo que eu fosse obrigada, você seria a última opção.

Lúcifer me encarava com um olhar assassino, como se estivesse pronto para me atacar a qualquer momento, a iraem seus olhos era perceptível de longe.

- Se me der licença, eu preciso voltar ao meu dormitório. – disse me virando quando ele apareceu entre mim e a porta.

- Como você ousa ir embora? – perguntou num tom baixo e suave.

- Não foi você que disse que anjos são seres livres? – debochei observando-o se aproximar.

- Você é livre até minhas segundas ordens. – respondeu sussurrando enquanto nossos lábios se tocavam lentamente e sua língua pedia permissão para se entrelaçar com a minha numa valsa lenta e sedutora.

Eu passava uma de minhas mãos por suas costas, arranhando-as lentamente com minhas unhas, o fazendo arrepiar-se, enquanto passava minha outra mão em seu membro que já pulsava dentro de sua calça.

TraídaOnde histórias criam vida. Descubra agora